Comento abaixo, algumas das
coisas em que procurei ser no passado, mas, nunca alcancei, pois, espelhei-me
naquilo em que os outros possuíam de melhor, esquecendo que o meu melhor, era
simplesmente, escrever – será, mano velho?
Pois bem, irmãozinhos da
nossa aldeia - fui fã de carteirinha dos irmãos Piola (Zequinha, Antônio e
Edson) – quantas e, quantas vezes eu fiquei a imaginar dentro dos gramados,
jogando um bolão com esses craques, no “Parque Amazonense” e também no
“Tartarugão”, fazendo gols de montão, para o “Fast Clube”, o meu time do
coração – apesar de querer muito, não passei apenas de um mediano jogador de
‘futebol de totó’ e de ‘carroço de tucumã’.
Trabalhei durante dezessete
anos com o meu saudoso pai, o Luthier Rochinha, ficava a imaginar, fazendo um
maravilhoso violão acústico, – serrei, raspei, colei, pintei e consertei, mas, ficou
tudo ficou apenas na intenção, pois, eu não tinha nem um pouco de vocação, para
fazer um simples violão.
Fiz faculdade de estudos
sociais, ambicionava ser um administrador de empresas - exercer plenamente esta
belíssima profissão, espelhando-me na atuação do Nelson Azedo (fábrica Moto Honda
da Amazônia), José Carlos Lima (Importadora Souza Arnaud) e no Ulisses Tapajós
(fábrica Consul) – eram os três grandes administradores da minha época de
estudante da UFAM – não consegui exercer plenamente as funções POC3
(planejamento, organização, coordenação, comando e controle), muito menos, em
levar em frente os ensinamentos dos meus mestres Randolpho de Souza Bittencourt,
José da Silva Seráfico, Carlos Alberto dos Santos e Isa Assef dos Santos.
Queria ser um poliglota,
falar fluentemente as línguas inglesa, francesa e espanhola - ficava babando da
versatilidade dos meus amigos Klinger Peninha e Zezinho da Marta (antigos
vizinhos do Conjunto dos Jornalistas), além dos profissionais da imprensa, o
Humberto Amorim e o Dudu de Paula – procurei, mas, não passei da condição de
monoglota, com um ‘português muito ruim’, carregado até ‘o tucupi’ do nosso ‘Amazonês’.
Queria cantar, pegar um microfone e saltar a
voz, ser aplaudido pelo grande público - imaginava ter uma voz igual a dos
cantores Abílio Farias, Mário Jorge Bringel, Carlinho da Dez de Julho, Jander
do Blue Birds e do Salim Gonçalves, mas, não conseguia tirar a ‘espinha de
peixe da minha garganta’, sendo um eterno ‘cantador de banheiro’ - fazer o quê?
Num certo dia, fiquei a
conversar com os meus botões, tentando entender as minhas desilusões – tudo o
que eu quisera ser um dia, nada aconteceu, nem mesmo tardia.
Resolvi ser ‘bloqueiro’ e,
em quatro anos já fiz mais de mil postagens no ‘blogdorocha’ – recebi durantes
esses anos, centenas de mensagens no meu correio eletrônico, parabenizando
sobre o tema proposto (resgate cultural da nossa querida cidade Manaus).
Ousei em escrever um livro,
mas, ainda nem chegou ‘no prelo’ – a esperança é de um dia terminar o ‘Zé
Mundão de Manaus’ (onde narro passagens da infância, adolescência e adulta de
um caboclo manauara) – tenho ainda outros três que ainda estão apenas no campo
das ideias: o ‘Amor de Anita’ (um sublime caso de amor entre um professor e a
sua amada Anita), ‘A Morte da Ária’ (versando sobre os carnavais do início do
século passado e, a misteriosa morte da violonista Ária) e`O Luthier Rochinha´
(será sobre o meu pai, um grande profissional do ramo de fabricação de instrumentos
de cordas).
Tentei um dia ser jogador de
futebol, luthier, administrador de
empresas, poliglota e cantor, mas, nada vingou - apesar do ´meu português ruim` (uma crítica que recebi tempo atrás) acalento ainda a ideia de um dia tornar-me um escritor, pois, já plantei diversas árvores, tenho três filhos e dois netos, falta somente publicar um livro, estou sempre tentando um dia ser. É isso ai.
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