Fui convidado por um amigo para
irmos até a cidade de Manacapuru, ele foi a serviço e, aproveitei para fazer
turismo, fomos na sexta-feira, pela manhã, um dia calmo e tranquilo, pois com a
inauguração da ponte Manaus-Iranduba, o movimento cresce enormemente nos
sábados e domingos, – a viagem foi muito legal, apesar da grande buraqueira da
Estrada Manoel Urbano (AM-070), mas é muito bom voltar novamente a “Terra das
Cirandas”, a nossa queridinha “Princesinha do Solimões”.
A cidade de Manacapuru fica a 84
km de Manaus, na margem esquerda do Rio Solimões - o acesso por via fluvial chega
aos 157 km, pode-se também ir por via aérea - possui uma área territorial de
7.270 km2, com a uma população estimada em 82.309 (segundo o IBGE) – ela é
conhecida no mundo inteiro em decorrência do maior e melhor Festival de
Cirandas do Brasil.
Ao chegar, fomos direto a um
restaurante, o prato foi “Peixe Frito & Baião de Dois”, estava uma delícia,
com um preço bem camarada, depois, aproveitamos para fazer um tour pela cidade, pois ela para ao
meio-dia e, o meu amigo tinha que fechar um negócio somente à tarde.
Tentamos comprar laranja, mamão,
açaí, pupunha e queijo, mas, os preços estavam salgados – tudo em decorrência
da grande cheia deste ano, a qual provocou alagamentos e destruição da maioria
das plantações dos ribeirinhos.
Tirei várias fotografias das
casas antigas da cidade e, fomos até a “Orla do Miriti”, um paraíso que fica
dentro da cidade, apesar do abandono por parte da Prefeitura.
Aproveitamos para obter
informações e conhecer o “Hotel Evanstour”, localizado as margens do Rio
Miriti, são 50.000m2 de área, com piscinas, balneário, salão de eventos,
auditório, área de lazer etc. - o gerente é um paulista da melhor qualidade -
eles estão fazendo reformas no hotel, pois ficou um bom tempo fechado, em
decorrência da grande cheia dos rios – quem quiser fazer reservas, basta ligar
para o telefone 92 9252-2745, o preço da diária é de R$ 98,00 e R$ 128,00
(capacidade para cinco pessoas, com TV a cabo e frigobar).
A cidade está se preparando para
o “XVI Festival de Cirandas de Manacapuru”, um evento que acontecerá nos dias
24, 25 e 26 de Agosto – serão três dias para “lavar a burrinha”, pois haverá um
fluxo enorme de turistas na cidade, com muito trabalho e renda para aquele povo
bom e hospitaleiro.
Este grande evento será
transmitido para todo o mundo, pelo canal de TV “Amazon Sat” – segundo um
folheto que recebi no restaurante, as três agremiações terão os seguintes
temas:
- Ciranda Guerreiros Mura – através da história, lendas e mitos a Guerreiros Mura celebra o amor – o amor físico, amor platônico, amor materno, amor à vida e o amor a Deus. É o tipo de amor que tem relação com o caráter da própria pessoa e motiva a amar (no sentido de querer bem e agir em prol). A ciranda através dos mitos e lendas da Amazônia fala desse amor sentido e retratado em todos os lugares por mais recônditos que sejam e também, de amores que atravessaram barreiras intransponíveis. Amor apaixonado, espiritual, brincalhão, afetuoso, pragmático, emocional e, outros tantos que nos farão apaixonar na arena do Parque do Ingá (o Cirandródomo).
- Ciranda Tradicional – Arquimedes o
filósofo popular contador de estórias das terras de Manacá – Arquimedes de
Siracusa (grego), um homem sábio dotado de conhecimentos, foi matemático,
físico, engenheiro, inventor e astrônomo. O Arquimedes de Manacá é um nome
fictício nascido na comunidade da Ilha do Paratari, a 6 horas de barco da
sede do município, um homem sábio dotado de conhecimentos populares, a
partir de suas estórias, passou a ser o maior contador de causos e contos
das terras de Manacá, foi também agricultor, seringueiro e pescador. A
cultura popular vai ser cantada e bailada, com a lenda do corta água, o
chute certeiro na porta do céu, duelo das águas (a iara, o bacurau e a
sucuri), o Sarapó e a canoa voadora.
- Ciranda Flor Matizada - O elo do Rio
Negro e os encantos de um novo El Dorado – Em 24 de Outubro de 2011 foi
inaugurado a Ponte Rio Negro. Um cenário mágico se delineou no imaginário
coletivo e impôs a inevitável viagem dos sonhos para muitos e a ponte se
torna um fabuloso elo entre o mundo da capital e o mundo do interior, mas
a realidade encontrada frustrou as aspirações coletivas. A Flor Matizada
se propõe ao desafio de revelar ao grande público o verdadeiro sentido do
novo “Eldorado”: a singeleza da tipicidade interiorana, local que ainda
não foi vista, em uma viagem pitoresca pelos mais significativos aspectos
da cultura concreta, fervilhante e característica de Iranduba, Caapiranga,
Novo Airão, Anamã, Beruri, Anori, Codajás e Manacapuru.
Hora de voltar, paramos numa
fazenda de gado, para comprar queijo coalho, coalhada, doce de leite, goiaba e
cheiro verde, depois, entramos num ramal do Laranjal, numa longa estrada toda
asfaltada, indo até a beira do majestoso Rio Solimões, tentamos comprar
laranjas, mas, não foi possível, pois o Sol estava a pino, forçando a todos os
trabalhadores a ficarem intocados em suas casas.
Muito boa a viagem, já estou com
saudades – quem sabe, posso voltar e, assistir ao Festival de Cirandas de
Manacapuru. É isso ai.
Um comentário:
Saudações, José Rocha.
Manacapuru faz parte do meu roteiro, mas fiquei abalado com os preços; bem superiores ao que encontrei no nível alto, em Boa Vista-RR, no mês de novembro de 2011. Não há hipertensão que aguente com tanto sal.
E durante a Ciranda, deve ter calibre grosso no sódio, para manter a gordura.
Parabéns, pela postagem.
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