terça-feira, 17 de abril de 2012

A BICA DO ALÉM


Na “Celebração da Esperança – 7º dia” do nosso Armando Dias Soares, na Igreja de São Sebastião, nos agradecimentos finais, o Sr. Deocleciano Bentes de Souza, diretor da Banda Independente da Confraria do Armando (BICA), contrariando a vontade do eterno patrono da agremiação, anunciou o fim da mais famosa banda de carnaval de Manaus, sendo assim, que tal imaginarmos a formação da nossa BICA DO ALÉM.

A BICA DO ALÉM não se refere ao além-mar (Portugal), país  de origem do nosso saudoso Armando, mas do que vem depois da morte, ou seja, do além-mundo, onde está reunida uma galera que já passou para o andar de cima.

Com a recém chegada do Armando, houve uma reunião dos ex-biqueiros e, resolveram fundar a BICA DO ALÉM, estavam presentes para a assinatura da Ata: Armando Dias Soares, Celito Chaves, Anibal Beça, Nestor Nascimento, Leomar Salinac, Walter Salgado, Celeste Pereira, Áureo Nonato, Euler Silva “Cocota”, Aldemar Bonates (Porta-Bandeira), Zé da Capri, Pepeta Close (Princesa), Sabazinho Raposo, Antístenes Pinto, Padre Nonato, Carlinhos Genesino, Jorge Mota, Hiram Caminha, José Fernandes, Elaine Ramos, Alberto Simonetti Filho, Anísio Mello, Theodoro Botinelly.

O Leomar Salinac ficou responsável em dar boas vindas ao Armando: - Você é luz, é raio, estrela e luar, manhã de sol, meu Iaiá, meu ioiô...

Os advogados Nestor Nascimento e Alberto Simonetti Filho redigiram os termos do Livro de Ouro, com a caligrafia impecável do Celito Chaves: “Foi fundada no dia 16.04.2012 (data da morte da BICA dos biqueiros vivos de Manaus) a BICA DO ALÉM, com fins meramente recreativos, situado no infinito céu azul, sem número - não haverá nas convocações, em hipótese alguma, a utilização de bebidas alcoólicas, carne de porco ou queijo bola, bandas de metal, homens fantasiados e mulheres seminuas, muito menos, confetes e serpentinas, pois tudo isto é coisa do passado, ficou para trás - quem se comportar ou utilizar dessas artimanhas, irá direto para a companhia do Demo, onde o carnaval corre solto, mas, terá de comer uma lata de excrementos todo o santo dia...

A ala dos compositores, formada pelo Celito Chaves, José Fernandes, Walter Salgado e Anibal Beça, começaram a fazer os enredos das marchinhas: Na terra Sefaz, no inferno se paga / Vai, vai, vai, Satanás, vai animar o carnaval da BICA lá em Cascáis/ Celestiou em teu olhar, com Graça e louvação, salve São Sebastião / Na casa do senhor, não existe Satanás, Xô Satanás, Xô Satanás!

Brincadeiras a parte, com todo o respeito aos biqueiros que se foram, principalmente ao nosso saudoso Armando, acredito que a Bica não morrerá, mesmo a do além. Eu, Hein! 

Um comentário:

dembsp disse...

Salve, Rocha.

Muito boa a ideia; mas procurei e não vi o nome do Aureo Nonato.

Abraços e saúde.