Na “Celebração da
Esperança – 7º dia” do nosso Armando Dias Soares, na Igreja de São Sebastião,
nos agradecimentos finais, o Sr. Deocleciano Bentes de Souza, diretor da Banda
Independente da Confraria do Armando (BICA), contrariando a vontade do eterno patrono
da agremiação, anunciou o fim da mais famosa banda de carnaval de Manaus, sendo
assim, que tal imaginarmos a formação da nossa BICA DO ALÉM.
A BICA DO ALÉM não se refere ao além-mar (Portugal), país de origem do nosso saudoso Armando, mas do que vem depois da morte, ou seja, do além-mundo, onde está reunida uma galera que já passou para o andar de cima.
Com a recém chegada do Armando, houve uma reunião dos
ex-biqueiros e, resolveram fundar a BICA DO ALÉM, estavam presentes para a
assinatura da Ata: Armando Dias Soares, Celito Chaves, Anibal Beça, Nestor
Nascimento, Leomar Salinac, Walter Salgado, Celeste Pereira, Áureo Nonato, Euler Silva “Cocota”, Aldemar Bonates
(Porta-Bandeira), Zé da Capri, Pepeta Close (Princesa), Sabazinho Raposo, Antístenes Pinto, Padre Nonato, Carlinhos Genesino, Jorge Mota, Hiram Caminha, José Fernandes, Elaine Ramos, Alberto Simonetti Filho, Anísio Mello,
Theodoro Botinelly.
O Leomar Salinac ficou responsável em dar boas vindas ao
Armando: - Você é luz, é raio, estrela e luar, manhã de sol, meu Iaiá, meu ioiô...
Os advogados Nestor Nascimento e Alberto Simonetti Filho
redigiram os termos do Livro de Ouro, com a caligrafia impecável do Celito
Chaves: “Foi fundada no dia 16.04.2012
(data da morte da BICA dos biqueiros vivos de Manaus) a BICA DO ALÉM, com fins
meramente recreativos, situado no infinito céu azul, sem número - não haverá nas
convocações, em hipótese alguma, a utilização de bebidas alcoólicas, carne de
porco ou queijo bola, bandas de metal, homens fantasiados e mulheres seminuas,
muito menos, confetes e serpentinas, pois tudo isto é coisa do passado, ficou para
trás - quem se comportar ou utilizar dessas artimanhas, irá direto para a
companhia do Demo, onde o carnaval corre solto, mas, terá de comer uma lata de excrementos
todo o santo dia...
A ala dos compositores, formada pelo Celito Chaves, José
Fernandes, Walter Salgado e Anibal Beça, começaram a fazer os enredos das
marchinhas: Na terra Sefaz, no inferno se paga / Vai, vai, vai, Satanás, vai
animar o carnaval da BICA lá em Cascáis/ Celestiou em teu olhar, com Graça e
louvação, salve São Sebastião / Na casa do senhor, não existe Satanás, Xô Satanás, Xô Satanás!
Brincadeiras a parte, com todo o respeito aos biqueiros que
se foram, principalmente ao nosso saudoso Armando, acredito que a Bica não
morrerá, mesmo a do além. Eu, Hein!
Um comentário:
Salve, Rocha.
Muito boa a ideia; mas procurei e não vi o nome do Aureo Nonato.
Abraços e saúde.
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