É um prédio histórico, faz
parte do nosso patrimônio cultural - está localizado na esquina da Avenida Sete
de Setembro (antiga Rua Municipal) com a Rua Marechal Deodoro, funcionou na
fase áurea da borracha (início do século passado) como o “Grande Hotel - Manaós”,
o maior da região de Norte, com 150 aposentos confortáveis, pertencia a família
“Araújo e Irmãos” – conseguiu resistir durante mais de um século -, sofreu um
grande incêndio e, está sendo finalizado a sua recuperação, voltando ao seu esplendor
em 2012.
Com o fim do nosso monopólio de produção do látex (o ouro branco do fausto e da opulência), a cidade de Manaus mergulhou nos caos, ficando o prédio, consequentemente, abandonado durante muitos anos.
Com o advento da Zona
Franca de Manaus, o imóvel voltou a ser valorizado, construíram diversos boxes,
onde funcionavam lojas de vendas de produtos importados. Com a abertura do
mercado brasileiro ao exterior, o comércio manauara sofre um tremendo baque,
forçando os empresários a um fechamento em massa das lojas importadoras – a utilização do prédio também sofreu
com essas turbulências do mercado.
No dia 15 de Abril de
2010, numa tarde triste, ocorreu um incêndio de grandes proporções no local,
tudo no seu interior virou cinzas, com a destruição de 12 lojas varejistas de
calçados, roupas, confecções, vendas de joias e de importados - resistindo
somente a fachada do prédio, deixando duzentos empregados na rua da amargura.
Um laudo favorável ao prédio, assinado pelo
engenheiro civil e mestre em Engenharia de Estruturas da USP, Francisco Anastásio
Cantisani de Carvalho, contratado pela Secretaria de Cultura do Estado do Amazonas (SEC),
foi o suficiente para o governo autorizar a recuperação da sua fachada.
Segundo o proprietário atual
do imóvel, o Sr. Pedro Sefair, foram vencidas muitas barreiras burocráticas,
relacionadas ao pagamento do seguro, de autorizações e acompanhamentos da SEC
(estadual), IMPLURB (municipal) e IPHAN (federal) e, após dois anos do incêndio, o
prédio encontra-se em fase final de recuperação, com a implantação de seis
lojas comerciais.
Este prédio é guerreiro,
resistiu a tudo! Na realidade, demonstra que, está existindo uma preocupação,
ainda que tardia, em preservar e revitalizar o nosso patrimônio histórico e, o
prédio do Grande Hotel Manaós é uma prova disso. É isso ai.
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