Estou morando, provisoriamente, na Cidade Nova II, na Zona Norte de Manaus, distante uma hora de ônibus do centro da cidade – o Museu da Amazônia, fica no Jardim Botânico Adolpho Ducke, que por sua vez, fica dentro da Reserva Ducke – com a uma caminhada de uma hora.
Não aconselho ninguém fazer essa caminhada sozinho, pois o local fica na fronteira de Manaus com a mata virgem e, por outro lado, a violência urbana já chegou por essas bandas – na realidade fui só, pois era cedo da manhã e, acho difícil encontrar alguém que queira caminhar por esses lugares tão distantes.
Passei pelo Conjunto
Canarana, depois, bairro Francisca Mendes e parte da Nova Cidade - peguei a
direita e, segui pela Avenida Margarida – onde é possível ver “in loco” até
onde Manaus foi devastada, num lado, milhares e milhares de casas, com pouca
arborização e, no outro, a mata ainda intocável.
Na sua extensão, encontrei
algumas pousadas (motéis) e, a que mais me chamou a atenção foi a “Pousada Alma
Gêmea”, motivando-me a seguir em frente - quem sabe, poderia até encontrar a
minha pelo caminho!
Parei numa bodega para
tomar água de coco, perguntei para o dono se o Museu estava próximo, ele falou:
- Fica bem ali acima, depois da ladeira – fazendo um beiço e apontando com o
rosto. Subi a ladeira, desci, subi outra, desci e, nada! Ele não falou que era na
quarta ladeira!
Enfim, encontrei a entrada
do Museu, ele fica na Avenida Uirapuru, no birro Cidade de Deus, podemos dizer
que, fica “no fim do mundo”, no ponto final dos ônibus 448 e 052.
Na entrada, um guia me
perguntou se eu iria entrar nas trilhas, respondi que não, pois a minha
intenção era conhecer apenas o museu e tirar algumas fotografias - ele fica aberto de
terça a domingo, das oito às dezessete horas – quem quiser conhecer as trilhas,
deve ir de tênis ou botas – são 998 mil metros quadrados de área!
O que mais me chamou a
atenção foi uma tenda indígena, onde o tema é o peixe, o alimento básico dos
nossos irmãos - na entrada, existe a montagem de um “Cacuri”, um instrumento de
pesca feito taquara – entrei e, fiquei preso dentro dele!
Dentro da tenda, fiquei
encantado com os instrumentos de pesca indígenas, móveis e cestarias, além da
tecnologia utilizada (TV´s de LED e sistemas de áudio e vídeo) – recebi uma verdadeira
aula sobre peixes!
Visitei outra tenda, onde
é possível conhecer uma “urna funerária”; fragmentos de cerâmicas encontradas
no Rio Negro e Solimões; duas folhas gigantes e dois aquários grandes, com
peixes amazônicos, dentre eles, o pirarucu, o tambaqui e o tucunaré.
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