Sabemos que o termo
folclore é o conjunto de tradições e manifestações populares, uma junção das
palavras inglesas folk (povo) e lore
(sabedoria ou conhecimento), agora, um cara folclórico, refere-se a
determinadas características pitorescas relacionadas a uma pessoa – quando a
nossa cidade era pequena, conhecíamos quase todas as pessoas folclóricas, tais
como: Peixeiro do Juizado de Menores, Goiaba, Boca de Bilha, Mococa, Carapeta, Gregório
Dias da SHAM, dentre outros – na atualidade, ainda existem muitos, mas, são
poucos conhecidos, ficam restritos as empresas, as faculdades, aos bairros e nas
ruas onde trabalham, estudam ou moram.
Através de um amigo, que à
época era gerente de uma grande empresa de revenda e aluguel de automóveis,
fiquei sabendo da existência de um senhor altamente folclórico, ele é o sócio
majoritário da empresa, mas, diariamente faz poucas e boas.
Apareceu por lá um
representante de aparelhos denominados de Sistema de Posicionamento Global, o
conhecido GPS, oferecendo aparelhos de última geração, mostrando ao empresário
as facilidades para os seus clientes com relação à praticidade de escolha de
rotas, como encontrar pontos de referência e chegar mais rápido ao destino.
Pois bem, antes de comprar
centenas deles, o empresário resolveu fazer o teste. Foi até o Aeroporto
Eduardo Gomes, onde possui uma loja e, ligou o bicho, seguiu as instruções
conforme manda o figurino - determinou o ponto de partida e do destino,
colocando-o em viva voz.
Ao chegar bem ao meio do
Viaduto Ayrton Senna, conhecido como “Viaduto da UNIP”, o aparelho deu a ordem:
- Dobre a direita! O empresário gritou: - Dobrar a direita, nem com nojo, vá matar
o caralho!
Ao chegar ao seu
estabelecimento, o representante estava lá aguardando o resultado do teste e,
foi logo perguntando: - E ai, patrão, tudo certo? Ele detonou a bomba: - Tudo
errado, essa porra queria me matar, onde já se viu dobrar a direita no meio
daquele viaduto! Pode levar essas geringonças, não quero ouvir falar dessas
merdas nunca mais!
Outra vez, resolveu
colocar um sistema de vigilância eletrônica em toda a sua loja, o famoso “Big Brother
Baré” – ele monitorava tudo pela internet. Num belo dia, fez uma viagem para o
Rio Janeiro e ficou hospedado num hotel de luxo, era um sábado à tarde e, não
tendo nada para fazer, ficou a observar toda a movimentação no interior da sua
empresa.
Um lavador de carros
aproveitou o momento e, resolveu entrar no gabinete do patrão, sentou na
cadeira tipo executiva, colocou as pernas em cima da mesa, ligou a televisão e
ficou numa boa coçando o saco. Mal sabia que estava sendo monitorado lá do Rio
de Janeiro.
O patrão ficou puto da
vida, ligou para a central e pediu para transferir para o seu gabinete.
-
Pois não!
-
Quem fala?
-
E o lavador João.
-
O que você está fazendo ai no meu gabinete?
-
Desculpe patrão, mas, passei o dia todo lavando os carros e, ainda resolvi
varrer e limpar o seu gabinete - está tudo no jeito!
-
Deixa de onda, tô vendo tudo daqui! E ai, a minha poltrona é confortável? Fala
sério! Sai daí, agora mesmo, porra!
Pois é, o gaiato do lavador
foi demitido por telefone e, depois dessa, o patrão ficava o tempo mais em
casa, monitorando tudo e dando ordens sempre à distância. Muito neguinho pegou
a conta por causa do big brother - sem
chance de ser feliz!
O empresário era
considerado um coroa boa pinta por parte do sexo feminino, aliás, estou por ver
um homem rico ser feio para a mulherada. Ele possuía uma mulher bem mais nova
do que ele (é claro!) – certa vez, estavam no saguão do aeroporto de Manaus –
ela tinha acabado de sair da academia e estava com aquela roupa coladinha no
corpo. Um cara recém-chegado parou e, ficou a observar atento o traseiro da
madame - o velho não gostou da cena e,
cuspiu fogo:
- Gostou do monumento, quer ficar com ela? Pode levar, só tem uma coisa:
ela gasta todo mês cinco mil reais somente no cartão de crédito, sem precisar
justificar! Vai encarar a fera?
O turista balançou
negativamente a cabeça e, saiu em disparada sem olhar para trás!
Numa das suas viagens,
resolveu comprar um par de tênis numa
loja “free shop” de um aeroporto do Brasil, viu na papeleta o preço de R$
250,00, gostou e, pediu para faturar, no caixa a pessoa falou: - São mil reais, senhor! Ele respondeu: O quê?
Vi o valor de R$ 250,00! Ela replicou: Na realidade, são quatro parcelas de
duzentos e cinqüenta reais! O homem ficou puto, mas, como tem “bala na
agulha” e nunca quer ficar por baixo, passou o cartão.
Aos sábados, ele gostava
de sair com o citado tênis, quando estava em sua loja e numa rodada de amigos,
cruzava uma das pernas, dava um tapa no “pisante” e, mandava ver: - Sapato enganador, fio de uma égua!
Quando ele era mais jovem,
gostava de detonar mulheres de programa, escolhia a dedo somente aquelas que
eram o filé do boi. Ficava se gabando para os amigos: - Não sou homem de dar dinheiro para raparigas, abro a carteira, tirou
uns trezentos paus e digo: toma o do táxi! Pois é, pago o transporte de volta,
mas, não dou um centavo pelo programa, nem que a vaca tussa!
É sempre bom lembrar da nossa gente, dos causos, do modo ser das pessoas, aliás, posso afirma que, todos nos temos um pouco de folclórico em nossas vidas! É isso ai.
Um comentário:
Boa meu caro rocinha, mas faltou uma figura: Cassiano Cirilo Anunciação mais conhecido como Batará, te conto umas pérolas dessa figura qdo estivermos degustando umas ampolas beeeeeeeeeem geladas.
Abs valeu.
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