Texto dos coordenadores do Projeto Jaraqui e NCPAM
No sábado, 26 de novembro, das 10 às 12h, o Projeto Jaraqui recepcionará as lideranças indígenas do Amazonas para discutir as PECs, as Portarias, as Resoluções e a omissão do governo federal quanto a não efetivação dos programas de sustentabilidades, bem como o descaso da saúde, educação, programa alimentar e o futuro dos povos indígenas.
O Jaraqui deste sábado, na Praça da Polícia, na República Livre do Pina, no Centro Histórico de Manaus, reencontra-se com o seu passado histórico, quando há 30 anos, a Questão Indígena era a grande pauta na Tribuna do Jaraqui, posicionando-se contra os Direitos Fundamentais desses povos violados pelo Estado Brasileiro, no curso da construção da Transamazônica, das hidrelétricas, em particular contra o dano ambiental que Balbina causou ao meio ambiente, a vida e cultura dos povos Waimiri-Atroari e demais Nações que se encontravam na rota da expansão dos megaprojetos da Ditadura no interior da Amazônia e no sertão do Brasil. Os fatos dessa época denunciam o genocídio e as diversas formas de acelerar o mais rápido possível “a limpeza étnica” promovida pela política de integração do Estado Nacional, bem como a ocupação da Amazônia pela pata do boi sob a ordem dos financiamentos das Agencias de Estado representada, sobretudo, pela Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia e o Banco da Amazônia.
Na conjuntura do atual governo, as ameaças também se multiplicam seja no Congresso Nacional, na Corte de Justiça e pelos próprios Governantes, que pouco caso fazem para o cumprimento da Constituição Federal e muito menos pela formulação de políticas que venham garantir a integridade e o usufruto dos Territórios Indígenas seguido de programas de etnodesenvolvimento em favor da sustentabilidade destas comunidades tradicionais da Amazônia. O golpe maior dos latifundiários, dos ruralistas e demais malfeitores dos povos indígenas é tomar de assalto as Terras tradicionalmente ocupadas por esses povos, reafirmando mais uma vez que a política ambiental e a tutela desses direitos lavrados no Art. 231 e 232 da Constituição Federal devem ser violados em benefícios desses oportunistas travestidos de empresários que primam pelo lucro fácil, achando que todo homem tem o seu preço e por isso é capaz de pressionar bancadas de Deputados e Senadores para satisfazer a vontade desses poderosos, que muitas vezes encontram-se aliados com o governo federal e local pela troca do voto e pelo investimento que é feito nas campanhas eleitorais.
No sábado, 26 de novembro, o Projeto Jaraqui recepcionará as lideranças indígenas do Amazonas para discutir as PECs, as Portarias, as Resoluções e a omissão do governo federal quanto a não efetivação dos programas de sustentabilidades, bem como o descaso da saúde, educação, programa alimentar e o futuro dos povos indígenas quanto á sua integridade física, cultural e coletiva, em cumprimento a Constituição Federal e os Tratados Internacionais do qual o Brasil é signatário. Foram convidados os índios da cidade e das regiões culturais do Madeira, Baixo-Amazonas, Solimões, Rio Negro, representantes da Secretaria de Estado dos Povos Indígenas e da própria Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira.
Postado por NCPAM à
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