Um amazonense dos bons, jornalista, professor universitário aposentado, presidente eterno da Banda Independente da Confraria do Armando (BICA), duas vezes presidente do Sindicato dos Jornalistas, amante da sétima arte (cinema) e, conhecedor profundo da vida política e social de Manaus (décadas de 60, 70 e 80)
Estudou no famoso Colégio Estadual do Amazonas, na época em que o ensino público era de qualidade superior; passou no concorrido vestibular de jornalismo da antiga Universidade do Amazonas. Antes de seguir a sua brilhante carreira de jornalista, trabalhou em agências de publicidade, a primeira, foi na empresa “Quarteto Propaganda”, como diretor de arte, depois, foi chamado para fazer parte dos quadros da “Saga Publicidade”.
Ainda muito jovem foi chamado para implantar um sistema de impressão off-set (fora do lugar) no “Jornal do Commercio”, sendo pioneiro neste tipo de impressão (a tinta passa por um cilindro intermediário, antes de atingir a superfície, este método tornou-se principal na impressão de grandes tiragens).
Na qualidade de professor da Universidade Federal do Amazonas, formou várias gerações de jornalistas – chegou a trabalhar também em jornais de renome nacional. Certa vez, deu uma entrevista a um jornal de Manaus e, fez a seguinte declaração: “Eu fui professor do curso de Jornalismo na Ufam por muitos anos e cheguei também a conhecer alguns cursos em faculdades americanas. Lá as próprias empresas de comunicação financiam os cursos de Jornalismo. São elas que têm interesse em ter nas redações mão-de-obra qualificada, por isso fazem tudo para que o ensino de Jornalismo seja o melhor possível. Ainda como aluno, o futuro jornalista passa pelas três mídias, rádio, televisão e jornal, exercitando e praticando tudo aquilo com que vai se deparar quando efetivamente chegar ao mercado de trabalho. Aqui no Brasil isso só acontece com a Faculdade Cásper Líbero e a Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) em São Paulo. Na Cásper Líbero os alunos, depois de alguns períodos, têm a sua disposição a TV Gazeta, a Rádio Gazeta, o jornal Gazeta e a Gazeta Esportiva, que é um jornal diário. Os alunos depois de formados chegam ao mercado de trabalho prontos para disputar com todas as condições favoráveis possíveis. Isso acontece também na Faap – foi lá que estudei depois que transferi meu curso para São Paulo. Para mim foi bom, porque enquanto estudava eu também trabalhava nos grandes jornais, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário da Tarde e Diário da Noite, entre outros. Nas faculdades particulares o problema é bem maior. Os alunos só têm a parte teórica e quando chegam ao mercado de trabalho, são um total fracasso, não tem a mínima condição de permanecerem nas redações”.
O Deocleciano, Deco para os amigos, não chegou ainda a lançar nenhum livro, ao contrário do seu irmão Márcio Souza, um escritor consagrado nacionalmente – dizem que ele está escrevendo o seu primeiro livro, o título é “Por trás das Rotativas”, aguardado com muita expectativa pelos estudantes de jornalismo e profissionais do ramo.
Por ser fissurado por filmes, chegou a trabalhar na cenografia do filme “A Selva”, um longa-metragem de ficção lançado em 1972, foi uma adaptação para o cinema do romance homônimo de Ferreira de Castro. Este filme foi dirigido pelo seu irmão Márcio de Souza, tendo a participação do sei pai, o Jamaci Bentes.
Na sua residência, mantêm um pequeno cinema – o “Cine Yayá”, uma justa homenagem à proprietária do extinto Cine Avenida (atual Loja Bemol, da Avenida Eduardo Ribeiro).
O Deocleciano sairá em longas férias, fará um cruzeiro pela Europa e, chegará a tempo de organizar o mais famoso carnaval de Rua de Manaus, a “Banda da BICA”. Boas Férias Deco! É isso.
Fonte: Rogélio Casado - rogeliocasado.blogspot.com/
Fotos: Rogélio e Luiz
Um comentário:
Preciso contatar o Deco - Deocleciano de Souza, pode me dar os contatos dele pelo e-mail chicosantanna@hotmail.com?
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