O Curt Sachs (1881-1959) alemão e musicólogo, fundador da organologia (estudo dos instrumentos musicais), classificou o Contrabaixo como um Cordofone, instrumento que produz som pela vibração de uma ou mais cordas estendidas (exemplos: violino, guitarra, harpa, citara, etc.), faz parte da família da Bandolineta, Bandoleta , Bandola e do Bandolão.
Segundo a Wikipédia “O contrabaixo é um cordofone tocado ao friccionar um arco de crina contra as cordas ou ainda pinçando-as com os dedos (pizzicato). Dentre as cordas da orquesta, é o instrumento maior e de registro mais grave por isso situa-se mais comumente na lateral da orquestra e em quantidades razoáveis. Suas cordas, da mais aguda a mais grave, possuem a seguinte afinação: Sol2, Re2, La1, Mi1. Há também baixos de cinco cordas, possuindo uma corda mais grave afinada em Do1 (ou, mais raramente, Si-1). Na orquestra o contrabaixo, pelo seu registro extremamente grave, raramente possui uma função solística. Sua função é principalmente a de preenchimento dos graves e de dar coesão à harmonia. Muitas vezes, são dedicadas ao Baixo, melodias paralelas à melodia principal. No jazz seu uso rítmico é profundamente explorado, por exemplo, com o waljing bass”.
Na minha infância, conhecia este instrumento como “Rabecão”, por sinal, não gostava nem um pouco dele, pois o meu saudoso pai era Luthier e tinha um contrato com a Universidade do Amazonas, fazendo os reparos nos instrumentos de cordas da Faculdade de Música, situada na Avenida Joaquim Nabuco. Pois bem, era minha responsabilidade lixar aquele instrumento que tinha o dobro da minha altura, pior ainda, abraçava o instrumento e saía pelas ruas de Manaus, para entregá-lo na UA, o pessoal até paravam os carros para verem aquela cena engraçada, para eles, é claro! Para mim, era uma tortura, servir de gozação para os outros – se eu pudesse quebrar aquele Rabecão na hora, não hesitaria, mas, eram os ossos do ofício!
O tempo passa, o tempo voa... Numa bela noite quente de Manaus, passei pelo Largo de São Sebastião, no Tacacá na Bossa, estavam lá o Humberto Amorim e a banda amazonense “All That Jazz”, foi uma apresentação de primeiríssima qualidade, mas, o que mais me chamou atenção foi o Contrabaixo acústico, com o Roger Vargas fazendo um show à parte. Por falar no Roger, saiu uma matéria num jornal de Manaus sobre o “Rabecão” - o músico amazonense e a pianista russa Irina Kazak, estão fazendo um Recital de Contrabaixo e Piano, no Casarão de Ideias, com entrada franca – Segundo o músico “A intenção do recital é popularizar o instrumento, que raramente é usado como instrumento solista”. Os dois artistas já se apresentaram no Centro Cultural Palácio Rio Negro e Teatro Chaminé – são músicos efetivos da Amazonas Filarmônica e o Roger também faz parte da Orquestra de Câmara do Amazonas.
Passados todos esses anos, voltei a respeitar e a admirar o Contrabaixo Acústico, popularmente conhecido como “Rabecão”! É isso ai.
Um comentário:
Valeu! Rocha
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