Tive uma relação muito grande com o Banco do Estado do Amazonas, apesar de nunca ter sido correntista - na realidade, possui e ainda possuo grandes amizades com antigos funcionários, em decorrência de ser irmão do bancário José Rocha Martins Filho e, por ter sido um frequentador assíduo do Clube BEASA.
Na onda de desestatização ocorrida em 2002, as ações do Banco foram parar nas mãos do governo federal, através do Banco Central, posteriormente, foi a leilão e sendo arrematado num único lance e ao preço mínimo, adquirido pelo Bradesco, no valor R$ 182.914.000,00 – dizem as más línguas que o então governador Amazonino Mendes, deu de mão beijada e a transação beneficiou somente uma meia dúzia de pessoas. Na época, o Banco possuía 85 agências e postos de atendimento e 185 mil clientes, era o único a atender todo o interior do Estado do Amazonas.
Foram milhares de amazonense para a rua da amargura, poucos foram aproveitados, pois a politica do Bradesco é formar do Office boy ao Diretor, pagando aquela "mereca" - para se ter uma ideia, o meu amigo Ulisses Marques, era um competentíssimo auditor, após a aquisição pelo Bradesco, foi aproveitado pelo novo patrão, pois eles tinham o maior interesse em obter as informações que ele dispunha das agencias do interior do Estado, quando o Banco sentiu que ele não era mais necessário, preferiu demiti-lo e colocar na sua função um jovem e pagando um salário bem inferior – o Ulisses, atualmente, trabalha no Hospital Santa Júlia, continua aprimorando os seus estudos na faculdade da Uninorte e pertence a nossa confraria do Bar do Armando, faz parte do meu círculo de amizade, uma vez e outra tomamos uma gelada ao som das músicas do Nelson Gonçalves.
Foram milhares de amazonense para a rua da amargura, poucos foram aproveitados, pois a politica do Bradesco é formar do Office boy ao Diretor, pagando aquela "mereca" - para se ter uma ideia, o meu amigo Ulisses Marques, era um competentíssimo auditor, após a aquisição pelo Bradesco, foi aproveitado pelo novo patrão, pois eles tinham o maior interesse em obter as informações que ele dispunha das agencias do interior do Estado, quando o Banco sentiu que ele não era mais necessário, preferiu demiti-lo e colocar na sua função um jovem e pagando um salário bem inferior – o Ulisses, atualmente, trabalha no Hospital Santa Júlia, continua aprimorando os seus estudos na faculdade da Uninorte e pertence a nossa confraria do Bar do Armando, faz parte do meu círculo de amizade, uma vez e outra tomamos uma gelada ao som das músicas do Nelson Gonçalves.
Frequentei assiduamente a famosa BEASA, sede social, localizada na Estrada Torquato Tapajós – apesar de ser um clube exclusivo para os funcionários do Banco, a minha entrada era liberada, mesmo quando não ia com o meu irmão, pois o porteiro Carlos Cesão era o meu peixe. A turma do meu irmão era composta pelo Pangaio (um cearense gaiato), Geraldo Jararaca, José Brito, Júlio Afonso, Alberto Sanzer , Humberto Pará, Regnier Lago, Jeovah (bancário e zagueiro do América Futebol Clube), Amandio Costa, Serafim Meireles, Jorge Nascimento, Nilton, Manuel compadre (o office boy da época), Fernando Moura, Ernando Moura e Vanilson Mansour.
O meu irmão trabalhou anos e anos no BEA, fez também parte dos quadros da Caixa de Assistência dos Funcionários do BEA e foi Diretor da BEASA, saiu muito antes da venda para o Bradesco, formado em Ciências Contábeis pela UFAM, atualmente, faz a “carreira solo” como Contador autônomo.
O professor Benedito, o famoso Bené ou Sonson, caboclo de Maués, foi caixa da agência do “Big BEA”, no Boulevard Amazonas – o funcionalismo público recebia por lá, o movimento era uma loucura nos finais de mês – Na época, o governador criou o cartão “Direito à Vida” – a fila dobrava o quarteirão para receber a “babita” – não sei como o Bené não ficou doido de tanto trabalhar. Certa vez, estava na fila um “cabocão” muito chato – passou o tempo todo berrando e perturbando o trabalho do Bené: - O Mazoca é que é o cara! Foi o único governador que olhou para os pobres! Viva o negão! Depois de receber a “bolada”, foi tomar umas geladas no Bar da Castanholeira, na Rua Tapajós, quando já estava na décima ampola e vendo a grana do “Direito à Vida” sumindo pelo ralo do miquitório, largou o verbo: - Mazoca, ladrão, safado, rouba um milhão e só dá trinta reais para os pobres! Negão escroto! Parecia com o Nezinho do Jegue, da novela da Globo “O Bem Amado” – aquele personagem que vivia puxando o saco do prefeito Odorico Paraguaçú, quando enchia a cara, virava a casaca, passava a xingar o prefeito, chamado-o de ladrão safado!
Com relação ao Clube BEASA aí vai a colaboração do meu irmão José Rocha Martins Filho “O Clube BEASA teve sua época áurea na década 80 (anos 80) e início de 90. As manhãs de domingo do BEASA, elas se estendiam pela tarde e início da noite com varios grupos musicais animando a moçada. Mas na segunda-feira todos estavam em seus postos de trabalho. Tempo bom da juventude! O Clube possuía um baile mensal na última sexta-feira do mês que era disputadíssimo pela população festeira de Manaus. A casa era cheia, e o sucesso só aumentava. Os grupos mais famosos da época eram contratados para animar o evento, tais como: Blue Byrds Band, Os Embaixadores, Carlinhos e Seu Teclado Mágico e sempre que possível era contratado um cantor ou cantora de nível nacional.Os diretores do clube sempre eram escolhidos em eleição direta, e os mais conhecidos e respeitados intelectualmente eram os escolhidos. Lembro dos seguintes nomes: Claudemiro Albuquerque, Serafim Meirelles, José Brito, Raimundo Silva, Milorad Oliveira, Nilo Dantas, Roberto Augusto, Geraldo Jararaca, Mauro Hermes e tantos outros. No carnaval as festas do BEASA também atraíam multidões, e os ingressos e mesas se esgotavam rapidamente! Mas também havia o lado negativo, pois a grande quantidade de frequentadores dessas festas carnavalescas, após consumirem bebidas exageradamente, sempre partiam para brigas inesquecíveis. Lembro de uma delas que não sobrou uma só mesa ou cadeira em condições de uso e milhares de garrafas de cervejas quebradas! Na última que assisti em meados dos anos 80 estava eu na portaria na qualidade de tesoureiro, arrecadando o dinheiro dos ingressos, mas quem guardava a grana era o presidente Geraldo Jararaca, em uma maleta preta. Na hora da briga, lá pelas 3 horas da madrugada, os brigões foram parar no estacionamento e na portaria, formando uma confusão generalizada. Após a briga, parecia que um furacão havia passado pelo local. Até a maleta preta com o dinheiro dos ingressos desapareceu, e até hoje estão procurando pela grana. ah, ah, ah, ah, ah”.
É isso aí rapaziada, tempos bons que não voltam mais – um abraço a todos os ex funcionários do BEA e aos frequentadores do Clube BEASA!
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