É isso mesmo, mano velho -
na realidade, existe uma enxurrada de leis em vigor, porém, a grande maioria
não possui serventia para nada e, as que têm, em grande parte, não são
cumpridas pelo Poder Público e, descumpridas pela grande maioria do nosso povo!
Um exemplo é o flagrante
da fotografia – no local existia um terreno baldio, onde os moradores da Rua
Tapajós colocam os seus automóveis e, servia também para alguns eventos sociais da comunidade - era a
moradia de um ilustre e querido “Pé de Cana”, o famoso Manoel Mormão.
Pois bem, ele morou no
local por mais de vinte anos, sem nunca ser incomodado pelo proprietário do
imóvel – juridicamente tinha até direito a usucapião (posse direto do imóvel com
a intenção de tornar-se proprietário), amparado pela Lei nº 10.406/2002 e pelo Código Civil “Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem
interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a
propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que
assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no
Cartório de Registro de Imóveis.”
O morador não requereu ao
juiz e, no ano passado, apareceu por lá um cidadão muito conhecido na nossa cidade,
o Tabosa (PP), um político que ganha eleição e, perde no tapetão, além de ter um
programa (suspenso) que utiliza a miséria do povo e a violência para ganhar
votos da parte mais sofrida de Manaus.
Ofereceu alguns reais para
o Manoel Mormão sair do local e, mandou derrubar a sua casa de madeira, além de pagar uma hora de
trator para detonar duas imensas árvores (protegidas por lei) e botar tudo ao
chão, sem dó, nem piedade!
O Mormão virou morador de
rua, sendo obrigado a dormir, de favor, dentro de uma Kombi, pertencente ao Zigomar, um antigo morador da Rua
Tapajós. Com o tempo, vivendo no relento e sem uma alimentação adequada, pegou uma tuberculose - foi resgatado pelo seu filho
mais velho, indo morar no interior do Estado.
O novo dono do imóvel
iniciou a construção de um prédio de quatro pavimentos, onde não consta placa de
autorização da Prefeitura de Manaus (IMPLURB), da fiscalização das obras de
engenharia civil (CREA-AM) e da Segurança no Trabalho (MTE).
Dizem os moradores que,
foram vistos fiscais da Prefeitura no local, mas as notificações foram rasgadas pelo mestre-de-obras a mando do proprietário. É mole ou quer mais?
Todo o material de construção
e entulhos fica na calçada, impedindo a passagens dos transeuntes, sendo a
grande maioria formada por estudantes secundaristas que, arriscam a suas vidas ao passar pelo
meio da rua, pois além da falta de respeito aos moradores, ao povo e a cidade por parte desse político, os universitários de várias faculdades da Uninorte (turno noturno), colocam os seus automóveis nos
dois lados da pista da Rua Tapajós, dificultando também a passagem das pessoas pelo local.
Como estamos no período de chuvas, toneladas de areia são levadas dessa construção para um bueiro da Rua Tapajós, entupindo e, provocando alagamentos numa comunidade denomina de Vila Paraíso.
E agora, José? Reclamar
para quem? Manaus é uma terra sem lei! É isso ai.
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