Pacu, Aracu e Pirarucu são alguns dos peixes da Amazônia em que o nome termina
como “cu”, servindo de gozação para com os amazonenses, na realidade, refere-se
à cor vermelha, portanto, a tradução literal para o português será a seguinte:
peixe com manchas avermelhadas – simples, não?
Piracema (sair peixe) – é
a época de desova em que os grandes cardumes de peixes arribam para as
nascentes dos rios, existindo muita fartura, no entanto, o governo protege
muitas espécies, com a lei do defeso.
Piracuí (farinha de peixes)
– obtido a partir do peixe assado ou cozido, sendo desfiado e torrado no forno
-, o mais utilizado é o Acari-Bodó; servindo para fazer deliciosos bolinhos e, como
ingrediente para sopas, massas e farofas.
Piraíba (peixe que não
presta) – é o maior peixe de couro do Brasil, chegando a medir três metros e
pesar acima de 150 quilos – corre a lenda na Amazônia que ele come crianças e
ataca os adultos, além de provocar a hanseníase, por isso, os peixes de couro
não possuem valor para os ribeirinhos.
Piranha (corta a pele) -
conhecidos como carnívoros, extremamente vorazes, com dentes numerosos e
cortantes, demonstrando predileção especial por animais sangrentos, tornando
perigosos nos rios ou lagos onde vivem.
Piracicaba = (peixe
deslizando) - lugar que, tendo uma cachoeira ou qualquer outro acidente
natural, impede a passagem do peixe, sendo, assim, excelente pesqueiro.
Pirarucu (peixe vermelho)
- da bacia amazônica, com comprimento de até 2,5m e pesando até 80 kg, o maior peixe de escamas do Brasil, a língua
é usada para ralar o guaraná e a escama para lixar unhas; a carne fresca,
salgada ou seca, é muito apreciada, chamado de o “Bacalhau da Amazônia”.
E o pirão? Alguns podem achar
que é um peixe grande! Ledo engano – é uma papa obtida com a mistura da farinha
de mandioca e do caldo de peixe, serve como acompanhamento do prato principal
(ex. Caldeirada de Tambaqui).
O pira nosso de cada dia. É isso ai.
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