As redes sociais estão ai,
é uma realidade, ninguém pode fugir - esta conexão de pessoas proporciona uma grande comunicação, formando os laços sociais, muita coisa boa encontramos no dia-dia
e, também muitos assuntos emprestáveis são veiculadas – quando encontro alguma coisa
sobre a minha cidade Manaus, principalmente, sobre o nosso patrimônio cultural,
fico ligado e, gosto de interagir.
O assunto para a nossa
postagem de hoje, foi encontrado no Facebook,
partiu de uma fotografia do Bob Medina, mostrando um casarão antigo, situado
na Rua Quintino Bocaiúva, nº 626, onde aparecem duas placas, uma do Museu do
Homem do Norte e, outra da Junta do Serviço Militar de Manaus (034 da CSM) –
muitos internautas deram declarações bastante desencontradas.
Vamos lá:
Bob
Medina: - Junta Militar ou Museu do Homem do Norte?
Tiago
Araujo: - Área do antológico Bozo!
Acácia
Neves: Bob, lembro de um bar ai! Como era o nome?
Bob
Medina: - Era um espaço muito legal, mas, infelizmente não lembro o nome.
Magali
Martucci: - Não é o local onde agora funciona o Sindicato dos Jornalistas?
José
Rocha: - Este prédio foi transferido para a Prefeitura no governo do Serafim, o
Sebastião Assante fez de tudo para dotar de toda a infraestrutura o “Museu do
Homem do Norte”, chegando até ser aberto por algum tempo, porém, tudo o que foi
feito, o Negão Amazonino mandou desfazer. Está fechado, assim como, o Museu que
ficava na Avenida Joaquim Nabuco (antiga Sede dos Bombeiros), sem falar no
prédio histórico do Parque Dez, a filha do prefeito deixou os vândalos destruírem
tudo. Valeu Bob, estamos de olho!
Conceição
Toscano: - Zé, a respeito da fotografia do prédio do Museu ou Junta, ali a mais
ou menos 30 anos atrás, era a “Boate Piriquiton”. E o Museu do Homem do Norte,
era na Avenida 7 de Setembro, na antiga sede do Corpo de Bombeiros. Só para
lembrar!
Fui
buscar ajuda dos especialistas para dirimirem as dúvidas. Encontrei na
internet um artigo de 05/04/2010, assinado pela Lúcia Gaspar, Bibliotecária
da fundação Joaquim Nabuco:
|
“Quem
sabe contar o enredo de um boi-bumbá, como se pesca pirarucu ou como se faz um
tacacá, prato típico da região amazônica? Para dar essas e outras respostas ao
visitante, o Museu do Homem do Norte, que reabre na sexta-feira (16/5), em
Manaus, redimensionou seu acervo de modo a ampliar a visão do homem amazônico
para além do índio e do caboclo, destacando sua forte identidade cultural. O
museu fechou em fevereiro, com a mudança da administração federal para o
município, para ser repensado e reformado. Antes adaptado em uma sala de uma
antiga unidade do Corpo de Bombeiros, passa a ocupar um prédio histórico de
três andares na Rua Quintino Bocaiúva, nº 626, no centro da capital do
Amazonas. “Queremos que o museu exerça de maneira mais efetiva a função social
cabível às instituições musicológicas, disponibilizando um espaço de educação,
de lazer e de reflexão sobre a cultura do homem amazônico”, explicou Regina
Vasconcelos, chefe do núcleo de museus da Prefeitura de Manaus e diretora do
Museu do Homem do Norte. O acervo de mais de quatro mil peças foi herdado da
Fundação Joaquim Nabuco, à qual o museu esteve vinculado desde a fundação, em
1985. As coleções do acervo, que ficarão em exposição permanente, são compostas
por peças etnográficas e arqueológicas, implementos do extrativismo da borracha,
da castanha, do minério, do folclore e da medicina popular. As peças permitem
uma viagem histórica que passa pela cultura, religiosidade, diversidade e
herança cultural até chegar à sua interação dinâmica com o meio ambiente. “Nesta
nova montagem, o homem do Norte está sendo apresentado como um homem único, não
sendo classificado como índio ou caboclo, mas sim como homem com uma forte
identidade cultural”, disse Regina. Para reforçar a idéia de “encontro”
presente na nova fase, o museu também abrigará um salão de exposições
temporárias, que mostrará o que o homem do Norte desenvolve atualmente e
discutirá como ele se insere no mundo moderno. Os responsáveis pela Revitalização
também esperam que a implantação de um programa de ação educativa, com uso de
uma biblioteca temática interligada à internet e visitação de alunos de escolas
públicas, impulsione a retomada do local. “A biblioteca servirá de apoio à
temática principal, além de fundamentar outras atividades, como palestras e
filmes”, disse Regina. Segundo ela, além das escolas, o museu também investirá
em parcerias com empresas e instituições locais para se aproximar do público
amazonense e “desenvolver a educação patrimonial da população, reforçando
positivamente a compreensão da importância do patrimônio histórico”.Outra
estratégia para atrair o público ao Museu do Homem do Norte é o projeto Música
no Museu, com a participação de músicos da Orquestra Sinfônica de Manaus.Mais
informações sobre o museu podem ser obtidas na Secretaria de Cultura da Prefeitura
Municipal de Manaus: (92) 3635-3301.Por Michelle Portela ( Fapeam) / Agência
FAPESP”.
Conversei por telefone com a Diana Sá Peixoto Pinheiro, Gerente do Núcleo
de Museus, da Prefeitura de Manaus - sobre o Museu do Homem do Norte, ela falou
o seguinte:
“O projeto de implantação do Museu foi errado desde
o inicio, sendo um dos motivos para não dar certo. A Fundação Joaquim Nabuco,
detentora do acervo com mais duas mil peças, fez um contrato de Comodato (um
empréstimo gratuito de coisa não fungível, a qual deve ser restituída no tempo
convencionado) com a Prefeitura de Manaus, no término do contrato, a primeira
parte não quis fazer a devida renovação, o que tornou impossível manter o Museu
aberto ao público. Foi feito um trabalho de catalogação de todo o material, envolvendo
os técnicos da Prefeitura de Manaus, da Fundação Joaquim Nabuco e da Secretaria
de Cultura do Amazonas – todo o acervo foi encaminhado para o Centro Cultural
dos Povos da Amazônia, onde se encontra a disposição do público. O prédio onde
funcionava o Museu é alugado e, funciona a junta de alistamento militar. O
antigo prédio da Avenida Joaquim Nabuco vai ser reformado e implantado um novo
museu, assim como, no Paço da Liberdade será implantado o Museu da Cidade.
Maiores informações, ligar para o telefone 92 3646-1493”.
Bem, acho que muita coisa foi esclarecida, peço desculpas ao pessoal da
Prefeitura de Manaus, pois não sabia o que de fato tinha ocorrido. Mas, o
importante é a cidade cuidar com muito carinho dos nossos museus, não pode, de
forma alguma, deixá-los fechados. É isso ai.
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