O Mauro, um leitor do nosso blog, deixou uma mensagem que merece
registro “Quando morei em Manaus, nos anos 1970,
havia uma escola de samba chamada "Unidos da Selva". Não constou da
relação postado por você, caro Rocha. Desapareceu?Grato por quem der a
informação”.
Quem pode responder é o Daniel Sales, um pesquisador cultural que mais
conhece da história do nosso carnaval. Diga lá, Daniel!
“A
Unidos da Selva surgiu dentro do Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs),
do Exército brasileiro. Ora, como levas e levas de cariocas viam servir na
Amazônia, eis que vários deles faziam nos finais de semana suas batucadas, o
seu samba bem intimista.
Até que, em 10 de dezembro de 1970, resolveram estes militares criar uma escola de samba nos moldes do que era feito no Rio de Janeiro. O nome? Há! Tinha que ser algo diferenciado… E aí surgiu a Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Selva.
A princípio, a maioria dos integrantes era composta de cariocas, depois foi se abrindo para a entrada de todos os que serviam no CIGS e, no ano seguinte, 1972, de moradores do bairro São Jorge.
As suas cores: verde e branco.No primeiro desfile, a SELVA desceu a Avenida Eduardo Ribeiro com menos de 100 integrantes, mas, para a época, já era “muita gente”.
A Escola, que tinha como símbolo uma onça, desfilou até 1976. Nesses anos de glórias, nos desfiles na Avenida Eduardo Ribeiro, a Selva disputava com até três sambas de enredo, o que também era normal para Manaus.
Disputava os desfiles com as escolas Unidos da Cachoeirinha, Boulevard e São Francisco. O único embate, com a então nascente Vitória Régia, foi em 1976.
A Unidos da Selva ganhou os campeonatos de 1971/1972/1973/1974 (tetra) e 1976. Portanto, só perdeu o de 1975.
À época, tanto as escolas de samba do Rio de Janeiro como as de Manaus tinham outra estrutura de desfile. Os carros alegóricos eram pequenos e feitos de madeira. Havia diversos tripés e as fantasias dos brincantes eram muito simples. Na verdade, foi somente em 1974 que surgiram os tais carros.
A Selva desfilava com uma média de 250 componentes, a partir de 1973 – assim como as outras escolas de Manaus. No Rio, esse número crescia para até 800 pessoas (há um vídeo do desfile da Portela, de 1981, onde o narrador da TV se surpreende com o “gigantismo” da escola, que contava naquele ano, com cerca de 1.500 componentes).
A bateria da Unidos da Selva era composta em média por 50 batuqueiros. Jailton Sodré era um dos “puxadores”.
Em 1972 desfilaram na Eduardo Ribeiro as Escolas de Samba da Cachoeirinha e a Unidos da Selva. A Unidos da Selva levou para o asfalto, três sambas de enredo, já que naquele tempo podiam concorrer quantos sambas fossem compostos. Um deles era “exaltação à Manaus”, de Costinha e Cabo Gilson;
Até que, em 10 de dezembro de 1970, resolveram estes militares criar uma escola de samba nos moldes do que era feito no Rio de Janeiro. O nome? Há! Tinha que ser algo diferenciado… E aí surgiu a Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Selva.
A princípio, a maioria dos integrantes era composta de cariocas, depois foi se abrindo para a entrada de todos os que serviam no CIGS e, no ano seguinte, 1972, de moradores do bairro São Jorge.
As suas cores: verde e branco.No primeiro desfile, a SELVA desceu a Avenida Eduardo Ribeiro com menos de 100 integrantes, mas, para a época, já era “muita gente”.
A Escola, que tinha como símbolo uma onça, desfilou até 1976. Nesses anos de glórias, nos desfiles na Avenida Eduardo Ribeiro, a Selva disputava com até três sambas de enredo, o que também era normal para Manaus.
Disputava os desfiles com as escolas Unidos da Cachoeirinha, Boulevard e São Francisco. O único embate, com a então nascente Vitória Régia, foi em 1976.
A Unidos da Selva ganhou os campeonatos de 1971/1972/1973/1974 (tetra) e 1976. Portanto, só perdeu o de 1975.
À época, tanto as escolas de samba do Rio de Janeiro como as de Manaus tinham outra estrutura de desfile. Os carros alegóricos eram pequenos e feitos de madeira. Havia diversos tripés e as fantasias dos brincantes eram muito simples. Na verdade, foi somente em 1974 que surgiram os tais carros.
A Selva desfilava com uma média de 250 componentes, a partir de 1973 – assim como as outras escolas de Manaus. No Rio, esse número crescia para até 800 pessoas (há um vídeo do desfile da Portela, de 1981, onde o narrador da TV se surpreende com o “gigantismo” da escola, que contava naquele ano, com cerca de 1.500 componentes).
A bateria da Unidos da Selva era composta em média por 50 batuqueiros. Jailton Sodré era um dos “puxadores”.
Em 1972 desfilaram na Eduardo Ribeiro as Escolas de Samba da Cachoeirinha e a Unidos da Selva. A Unidos da Selva levou para o asfalto, três sambas de enredo, já que naquele tempo podiam concorrer quantos sambas fossem compostos. Um deles era “exaltação à Manaus”, de Costinha e Cabo Gilson;
Trecho
do samba:
“Desde
a legendária Fortaleza de São José do Rio Negro
Que
Manaus surgiu
E
tornou-se a “Maioral”
Nos
Tempos áureos da borracha
Esta
estrela magistral…”
Outro
tinha o título: “Nem vem meu amor”, de composição do sargento Sílvio, e o
terceiro samba da verde e branco, do soldado Ferreira, “Certo trecho da
história”.
Em 1976, devido a crises internas, a escola fez seu último desfile campeoníssimo.Vários dos militares daquela época participaram da agremiação, dentre eles o ex-prefeito de Manaus Jorge Teixeira e o sambista Jailto Sodré, que é cronometrista da AGEESMA”.
Em 1976, devido a crises internas, a escola fez seu último desfile campeoníssimo.Vários dos militares daquela época participaram da agremiação, dentre eles o ex-prefeito de Manaus Jorge Teixeira e o sambista Jailto Sodré, que é cronometrista da AGEESMA”.
Para finalizar, será importante frisar que os
militares cariocas tiveram uma importância fundamental na formação de novas
Escolas de Samba de Manaus. Valeu, Guerreiros do CIGS! Selva!
3 comentários:
Muito obrigado, Rocha e Daniel.
Mauro
o meu pai sodre foi um guerreiro,saudades
o meu pai foi um guereiro,o sambista sodre.saudades
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