Marcileudo Barros, um amazonense polivalente, ele é poeta, escritor, compositor e artista plástico, vai ficar no berço amanhã, completará o seu 61º aniversário – o convite já foi distribuído pelo seu amigo dileto o Celestino Neto (Lé)
“Rochinha. Nesta quinta (16) vamos tomar umas “cervejotas” no Bar da Lior, na Avenida Castelo Branco com a Rua Barcelos, contamos com a tua presença a partir das 19 horas”.
Não dá para perder esse 0800 e dar um grande abraço no meu amigo.
O escritor e poeta Simão Pessoa escreveu o seguinte sobre
o seu amigo:
“O poeta e escritor Marcileudo Barros é meu amigo de infância. Conhecemos-nos quando eu morava na Rua Waupés (atual Castelo Branco), nos anos 60, e depois de um longo tempo sem notícias um do outro, voltamos a nos encontrar nos anos 90, durante a fundação do Sindicato de Escritores do Amazonas. Autor do imperdível “O Boteco”, onde ele narra histórias acontecidas no “Boteco da Zeza”, que resiste bravamente até hoje, Marcileudo Barros já publicou dez livros de poesia e possui mais de cinco mil poemas inéditos.
Parte deste material está sendo musicado pelo seu filho, Marcel Barros, um talentosíssimo instrumentista e também artista plástico.
Marcileudo Barros também é um exímio contador de causos hilariantes, mas tem se negado a participar de um show no Teatro Amazonas, que pretendo produzir, colocando em cena ele, Paulo Paixão (um fantástico imitador do sotaque interiorano) e João Rodrigues (outro excelente imitador de vozes, além de artista plástico de alto calibre)”.
“O poeta e escritor Marcileudo Barros é meu amigo de infância. Conhecemos-nos quando eu morava na Rua Waupés (atual Castelo Branco), nos anos 60, e depois de um longo tempo sem notícias um do outro, voltamos a nos encontrar nos anos 90, durante a fundação do Sindicato de Escritores do Amazonas. Autor do imperdível “O Boteco”, onde ele narra histórias acontecidas no “Boteco da Zeza”, que resiste bravamente até hoje, Marcileudo Barros já publicou dez livros de poesia e possui mais de cinco mil poemas inéditos.
Parte deste material está sendo musicado pelo seu filho, Marcel Barros, um talentosíssimo instrumentista e também artista plástico.
Marcileudo Barros também é um exímio contador de causos hilariantes, mas tem se negado a participar de um show no Teatro Amazonas, que pretendo produzir, colocando em cena ele, Paulo Paixão (um fantástico imitador do sotaque interiorano) e João Rodrigues (outro excelente imitador de vozes, além de artista plástico de alto calibre)”.
Alguns
poemas do nosso poeta amazonense:
Favela
Para Mário (do Fino da Bossa)
Favela é um
nome bonito
Pra tanta
tristeza
Um nome sem
atrito
pra tanta
rudeza
O que não
condiz
com a
aquela pobreza
Fá, uma
nota musical
Vela, algo
que ilumina
não podem
compor
o nome da
sina
que banha o
corpo
de quem
vive lá.
A impressão
que me dá
alguém quis disfarçar
com um nome
bonito
uma vida
levada
na base do
grito
Grito que
só é ouvido
A cada
carnaval
Guerra
Psicológica
Sérgio
Eduardo Gomes
Até
simplória
a estória
do macaco
que
paquerava
uma linda
bananeira
E do
cachorro
que vigiava
sem nunca
marcar bobeira.
Veio outra
safra
e a bananeira
se portava
linda e
altaneira
e de cachos
reluzentes
E se o
macaco mostrava a cara
Cachorro
mostrava os dentes
E o macaco
sem comer
e cachorro
sem dormir
e a
bananeira brotando
não estava
nem aí
de tudo
fica um lição
carregada
de beleza
guerra psicológica
não afeta a natureza
Nódoa
Quando não se tem um amor
é solidão
Quando se tem e se perde esse amor
é solidão mais dor
Nas escolha entre as duas
preferiria nenhuma
Pois solidão é imprópria
gruda na gente a dor
gruda na gente o amargor
feito nódoa
O famoso Boteco da Lió, onde será feito o
rega-bofe do nosso poeta, possui história, ele é tradição no bairro.
Quem conhece de montão o estabelecimento é o Simão Pessoa:
“No cruzamento das ruas Barcelos e Castelo Branco, na alta Cachoeirinha, existe um boteco no formato meia-água, que já estava no local quando eu nasci e provavelmente vai continuar lá depois que eu morrer. No meu tempo de criança ele se chamava “Boteco da Zeza”, apelido de dona Maria José, mãe do escritor Marcileudo Barros. Depois, cada vez que um dos filhos de dona Zeza começava a gerenciar o boteco, ele passava a incorporar o apelido do sujeito: “Boteco do Mundico” (aka Raimundo Arnaldo), “Boteco do Kid Márcio” (aka Márcio Barros), “Boteco do Leudo Brasinha” (aka Marcileudo Barros) e, atualmente, “Boteco da Lió” (aka Eleonora Barros). Desde que me conheço por gente, o boteco sempre vendeu cachaça, cervejas e refrigerantes. Só, somente só. Nos anos 70, o boteco era ponto de encontro dos boêmios daquela parte do bairro. Os verdadeiros pés inchados começavam a chegar ao covil assim que ele abria as portas, por volta das 6h da manhã. E haja Brandicana, Cocal, Correinha, Januária, Oncinha, Praianinha, Serra Grande, Tatuzinho, Pitu, Kokinho, Lobatinha, Chora Rita e Jurubeba Leão do Norte pra fazer frente à demanda, que o boteco era bem sortido”.
Quem conhece de montão o estabelecimento é o Simão Pessoa:
“No cruzamento das ruas Barcelos e Castelo Branco, na alta Cachoeirinha, existe um boteco no formato meia-água, que já estava no local quando eu nasci e provavelmente vai continuar lá depois que eu morrer. No meu tempo de criança ele se chamava “Boteco da Zeza”, apelido de dona Maria José, mãe do escritor Marcileudo Barros. Depois, cada vez que um dos filhos de dona Zeza começava a gerenciar o boteco, ele passava a incorporar o apelido do sujeito: “Boteco do Mundico” (aka Raimundo Arnaldo), “Boteco do Kid Márcio” (aka Márcio Barros), “Boteco do Leudo Brasinha” (aka Marcileudo Barros) e, atualmente, “Boteco da Lió” (aka Eleonora Barros). Desde que me conheço por gente, o boteco sempre vendeu cachaça, cervejas e refrigerantes. Só, somente só. Nos anos 70, o boteco era ponto de encontro dos boêmios daquela parte do bairro. Os verdadeiros pés inchados começavam a chegar ao covil assim que ele abria as portas, por volta das 6h da manhã. E haja Brandicana, Cocal, Correinha, Januária, Oncinha, Praianinha, Serra Grande, Tatuzinho, Pitu, Kokinho, Lobatinha, Chora Rita e Jurubeba Leão do Norte pra fazer frente à demanda, que o boteco era bem sortido”.
O Marcileudo
e seu amigo Celestino Neto participaram ano passado do projeto “Café com o
Escritor”, no Vanilla Caffé, uma empresa de gastronomia de Manaus, que teve uma
grande sacada em aproximar um poeta ou autor de relevância, com os
frequentadores do estabelecimento, com parceria da Editora Valer.
O Marcileudo escreveu
"O Boteco" e a trilogia "Meninas, Meninos e Esquinas". Ele também
é considerado o maior produtor de Haikai Pornô de Manaus (o haikai é uma forma
poética de origem japonesa, que valoriza a concisão e a objetividade), estou aguardando
com muito ansiedade o lançamento desse trabalho, aliás, já tive o privilegio de
ouvir alguns do próprio poeta.
Tênue
O amor tem várias formas
de engate
Às vezes um olhar, um gesto,
um toque indevido,
parte
Feliz aniversário, meu amigo Marcileudo! Saúde e vida longa!
Fotos: acervo do Simão Pessoa e Celestino - 1. Marcileudo e Celestino; 2. Marcel Barros e Marcileudo; 3. Simas,Marcileudo, um amigo e Simão Pessoa, aparecendo ao fundo, o famoso Bar da Lió).
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