Curti os
primeiros carnavais no Cube do Amazon Hotel, ficava na esquina da Rua dos
Andradas com a Rua Rocha dos Santos; o prédio resiste até hoje, ainda
bem!
O meu pai reunia toda a família, comprava as fantasias e levava toda a
turma para brincar a folia de momo.
Lembro muito bem, deveria ter uns dez anos de idade; o clube ficava no
segundo andar, gostava de brincar na escada de madeira que dava acesso ao salão
de danças; curtia também apanhar no chão os restos de confetes e serpentinas,
para jogar novamente nos pequenos foliões.
Lembro-me do papai tomando aquela cerveja genuinamente cabocla, a XPTO e,
eu e a molecada no Graphete e Baré Cola.
Lembro também das “Batalhas de Confetes” e dos desfiles dos "Blocos
de Sujos", na Avenida Eduardo Ribeiro; gostava de toda aquela
movimentação, adorava juntar tampinhas em miniaturas de refrigerantes que eram
jogadas pelos brincantes dos blocos.
Na minha adolescência, presenciei os desfiles dos primeiros blocos
carnavalescos, que seriam mais tarde as primeiras Escolas de Samba de Manaus - Unidos
da Selva, Unidos do Rio Negro e Barelândia.
A Avenida Eduardo Ribeiro não suportava mais tanto foliões e
espectadores, foi quando resolveram mudar o palco do carnaval para a Avenida
Djalma Batista, os desfiles ocorrem até o ano de 1990 e, depois para o
Sambódromo.
Os meus filhos estão chegando à casa dos trinta, quando eles eram crianças, adoravam ir aos bailes infantis que aconteciam no Sírio Libanês, Sheik Club e Bancrevia Clube – eu fazia a mesma coisa o que o meu pai fazia, ou seja, levava toda a petizada para brincarem os velhos carnavais.
Agora, já passei e muito dos cinquenta; faço parte da diretoria da banda
mais irreverente de Manaus "A Banda da Bica", frequento os ensaios da
Escola de Samba Aparecida, assisto todos os anos aos desfiles das Escolas no Sambódromo
de Manaus, ou seja, o carnaval corre nas minhas veias!
Mas, uma vez e outra, no período momesco, lembro com muitas saudades
dos velhos carnavais. É isso ai.
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