Foto: José Rocha
Um prédio histórico, situado na Rua Silva Ramos, 215, centro, inaugurado em 1925, conforme fotografia abaixo, tombado em 1988, como Patrimônio Histórico e Artístico do Amazonas, servindo até os dias atuais como escola de ensino fundamental, no entanto, encontra-se em péssimas condições de conservação.
Segundo o livro “Manaus,
entre o passado e o presente”, do escritor Durango Duarte, as obras de
construção foram iniciadas, em 1906, pelo governador Antônio Constantino Nery,
ficando vinte anos paralisados os trabalhos, sendo inaugurado em 15 de novembro
de 1925, com o nome Grupo Escolar Presidente Bernardes, bem como, da Praça
Presidente Bernardes, em homenagem ao Presidente da República e, em 1931, a denominação
passou para Grupo Escolar Ribeiro da Cunha.
Segundo o citado livro, o homenageado
chamava-se Manoel José Ribeiro da Cunha (1850-1925), um médico maranhense formado
na Bahia, que veio para Manaus, onde ingressou na então Academia Amazonense de
Letras e foi professor da Escola Normal IEA.
Existem duas fotografias
antigas mostrando os bondes passando pela Rua Silva Ramos, ou seja, a Escola
Ribeiro da Cunha tinha este privilégio de passar em sua frente este tipo de
transporte que rodou até o ano 1957
O jornalista Evaldo Ferreira
esteve, recentemente, no local, onde fez uma filmagem de três minutos,
publicado no Portal Único, conforme linque abaixo, mostrando a parte externa do
prédio.
No dia 20 de janeiro deste
ano, o amigo Ed Wilson, fez o seguinte pedido: “Gostaria de pedir a você,
que fizesse uma nota no seu blog sobre a escola Estadual Ribeiro da Cunha,
assim como muitos que cresceram na Rua Tapajós, fiz da 1° à 4° série nessa
escola, semana passada passei em frente e está uma tristeza o prédio antigo
completamente destruído, fiquei muito triste, pensei em fazer essa denúncia,
depois lembrei de você, que com certeza tem mais alcance!”
Atendendo ao pedido, estive,
hoje, no local, onde foi possível ver “in loco” a situação degradante do
prédio. Uma lástima, com as seis janelas frontais todas podres, infiltrações, fiações
danificadas, com ervas de passarinhos crescendo no frontispício, pinturas
deterioradas e muito mais. O portão principal estava fechado, no entanto, a porta
que dá acesso ao seu interior estava aberta e com um segurança lá dentro. Não
pedi permissão para entrar, mas depois me arrependi por não o ter feito.
Na grade existe uma faixa
colocada pela Seduc “Bora Estudar”, onde aparece uma criança sorrindo.
Meu Deus! Fico a pensar como encontra-se o interior, deve estar uma lástima!
Sem condições de receber as crianças e adolescentes. A Quadra Poliesportiva
está toda deteriorada, além de uma Pracinha suja e cheia de lixo por toda
parte.
Foto: IDD
Mesmo com todo este descaso
por parte do Governo Estadual, o prédio é muito bonito, vide a fotografia em
preto em branco para comparar como era na década de sessenta. As grades de
ferro e o portão principal são originais, a fachada continua a mesma de sua inauguração,
inclusive encontra-se no lado direito da porta de entrada uma placa de mármore com
seguinte “Director da Instituição Prof. Agnello Bittencourt. Executadas as
obras sob a Direção do Engenheiro Maximino Corrêa”.
Pelo visto, a Seduc não irá
revitalizar àquele prédio tão cedo, pois as aulas começarão no próximo dia 6 de
fevereiro e os alunos irão estudar num local inapropriado para os estudos. É
uma pena. Com a palavra a Secretaria Estadual de Educação e Desportos – SEDUC.
É isso ai.
Fontes:
https://portalunico.com/escola-tombada-pelo-patrimonio-historico-esta-abandonada/
livro Manaus, entre o passado e o presente do escritor
Durango Duarte.
Jornal
do Commercio
Portal
Único
Evaldo
Ferreira
Fotos: José Rocha