O famosíssimo arquiteto
brasileiro Oscar Niemeyer, elaborou o seu primeiro projeto para a região norte,
chamado Memorial Encontro das Águas, um complexo com um mirante, um restaurante
e um museu em uma encosta, onde se poderá observar o encontro dos rios Negro e
Solimões.
Este projeto custou aos cofres
públicos a quantia de seiscentos mil reais, foi elaborado em 2005, a pedido do
então prefeito de Manaus Serafim Corrêa, infelizmente, o alcaide engavetou o
projeto, não deu o devido valor ao empreendimento.
A previsão da entrega seria para
2007, estava confirmada a presença do ilustre arquiteto, mas, o prefeito não
lançou nem sequer a pedra fundamental. Não conseguiu a sua reeleição e o seu
sucessor não quis nem ouvir falar no Mirante.
O Memorial deveria ser construído
em um terreno no bairro Colônia Antônio Aleixo, zona leste da capital, com uma
área verde de cerca de 20 hectares, o local pertencia à Embratel (as duas
torres permanecem no local) e foi cedido a Prefeitura de Manaus.
O complexo seria composto de dois
prédios, exposições e restaurante, em uma grande praça no topo de uma encosta.
O prédio de exposição consistiria
de um pavilhão com a forma aproximada de uma oca, com 35 metros de diâmetro na
base e altura de 7,20 metros, elevado em relação ao piso da praça. O pavimento
do subsolo, com igual área, teria uma abertura para o ambiente externo,
protegido por uma marquise.
O projeto previa ainda duas capas
de concreto, elevando-se 20,80 metros em relação ao piso térreo, duas capas de
concreto cobrindo setores de aproximadamente 120 graus. As duas capas,
diametralmente opostas. Uma delas reta, em amarelo, representando as águas
barrentas do Rio Solimões e a outra curva, em negro, representando as águas
escuras do rio Negro se encontrando no topo.
O prédio do restaurante ficaria
encravado em outro trecho da encosta, acompanhando na fachada, a sinuosidade
das curvas de nível. Uma rampa, protegida lateralmente por muro de arrimo,
daria acesso ao terraço e ao mirante.
O Oscar Niemeyer assim definiu o
seu projeto: “Tinha diante de mim as fotografias do espetáculo que é o encontro
das águas, e foi isso que dominou o projeto: as duas formas de concreto que
sobem e se encontram, o preto representando as águas escuras do rio negro e o
amarelo representando o rio Solimões, de águas claras”.
Agora, imaginem os senhores se
esta obra colossal tivesse sido construída, o benefício seria imenso para a
nossa cidade, o local seria transformado numa Meca para os ambientalistas e
turistas, além do mais, teríamos uma enorme força para barrar a construção do
Porto das Lajes (um mega projeto de destruição do Encontro das Águas).
A luta continua companheiros!
Estamos na guerra contra a destruição desse magnífico cartão postal de Manaus,
depois da nossa vitória, iremos incentivar o “desengavetamento” do Memorial
Encontro das Águas.
Sonhar não custa nada, mas
sonharemos com os olhos bem abertos! O bicho homem está se autodestruindo, mas
existe uma luz no fundo do túnel, ainda restam homens de boa vontade,
preocupados com o futuro da humanidade, estes sim, farão a diferença, os
outros, os maus, morrerão afogados na lama do seu dinheiro sujo!
Foto/Colagem: J Martins Rocha
Nenhum comentário:
Postar um comentário