São dois andares e um sub-solo de um edifício dos mais
importantes e bonitos da cidade de Manaus, pois no seu interior guarda uma
valiosíssima coleção pública (disponível a todos moradores e turistas) de
livros, documentos, jornais e congêneres, para leituras, estudos e
consultas que, serviu grandemente para as gerações pretéritas, servindo,
também, para as do presente e, servirá, com certeza, para as do futuro.
A foto original, em preto em branco, encontra-se disponível a
todos na internet – acredito que foi disponibilizada pelo Renato Araújo e, por ter mais de cem anos, fiz algumas modificações com a ajuda de um
programa antigo de computador.
Não sei qual foi a decisão primordial do governador a época (Antônio
Constantino Nery), em construir esse belo prédio, nas esquinas da Avenida Sete
de Setembro (antiga Rua Municipal) e da Rua Barroso, pois apesar do seu fabuloso
valor intrínseco (lugar da guarda eterna do saber), ficou um tanto “apagado” a
sua majestosa parte extrínseca (a maravilhosa parte externa do prédio).
Para os senhores terem uma ideia, a fachada desse prédio é
uma das mais bonitas de todas que existem em Manaus, perdendo somente para a do
nosso magnifico Teatro Amazonas (Opera House) e do espetacular Palácio Rio
Negro (antiga sede do governo do Amazonas).
A cidade de Manaus sempre teve um clima quente e úmido, em
decorrência de estarmos próximos a linha do equador e, pela influência da
imensidão da floresta amazônica.
Antes da descoberta da refrigeração dos ambientes internos,
as casas e os prédios públicos eram construídos de forma a evitar a incidência direta
dos raios solares e com amplas entradas do ar e dos ventos, para amenizar o
clima interno.
Como podem observar na fotografia da nossa amada Biblioteca
Pública, houve uma valorização do sub-solo (para refrigeração natural) com a
aberturas de pequenas janelas com grades de proteção, sendo seis laterais, duas
de quina, dez frontais e mais duas na entrada principal, perfazendo vinte.
No primeiro andar, foram construídas vinte janelas duplas com
para-peitos e uma imensa entrada principal, observando que as janelas das
quinas são bem maiores, estando todas elas abertas para entrada de ar.
No segundo andar, as janelas obedecem ao mesmo formato do
primeiro andar, porém, são bem maiores e com dez gradis de proteção cada uma -
todas aparecem fechadas na fotografia.
Na parte frontal do segundo andar aparece o mesmo formato das
duas janelas laterais e da porta principal do primeiro piso, porém trabalhadas
no formato de vitrais, além de dois óculos (abertura redonda para entrada de
ar) e, mais acima, culminando com o frontispício, aparecendo majestosamente o “Brasão” do Estado do Amazonas.
Na parte externa do teto, aparecem muretas bem trabalhadas, obedecendo aos desenhos e formas externas dos andares inferiores.
Na parte externa, pela Rua Barroso (toda de pedras
paralelepípedos = hexaedro) podemos observar três carrinhos de mãos, para
transportes de cargas leves, muito utilizados pelos carregadores do Roadway
(Porto de Manaus), uma barraquinha de venda guloseimas, postes de ferro de
energia elétrica, além de uma pessoa atravessando a rua.
Um pouco mais a direita, aparecem dois prédios que seriam
derrubados, no futuro, para darem lugar
a um banco e a um órgão da justiça trabalhista.
Pela Rua Municipal aparecem algumas árvores e a fachada de um
prédio de um jornal de grande circulação em Manaus, derrubado no futuro para
abrigar uma agência bancária, além de um guarda municipal para manter a ordem e
a segurança do lugar.
Na fotografia modificada aparecem a representação de alguns
astros luminosos (pequenas estrelas brancas) num céu azul escuro e, algumas
delas cintilando no prédio da biblioteca, tentando mostrar o quanto ele é um
paraíso do saber dos manauaras.
No canto inferior direito, aparece a fotografia sendo enrolada (deixando um fundo escuro), representando que este prédio é
histórico, sofreu um grande incêndio, porém, foi recuperado – ficou no
esquecimento por longos anos, sendo revitalizado e entregue a novas gerações - no
futuro, todo cuidado, será pouco.
A fotografia foi tirada do segundo andar do Grande Hotel (destruído
internamente por um grande incêndio, sendo revitalizado anos depois) –
aparecendo de uma lado a nossa Biblioteca Pública (a fonte do saber) e numa
esquina distante, o majestoso Teatro Amazonas (a fonte da cultura).
É isso ai.
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