Por José Rocha
Diariamente, observo pessoas que declaram
para o mundo saber que foram vítimas de golpes na internet. Agora, imaginem a
quantidade enorme que sente vergonha de vir a público falar que foram enganadas
em decorrência do “Olho Grande”, achando que iriam ganhar fortunas, ou que
caíram no ‘Papo Furado’ dos bandidos de plantão. Sentem-se como ‘Otários’ ou
infantis por terem caído em armadilhas que poderiam ser facilmente evitadas com
um pouco mais de cuidado.
Irei enumerar alguns deles, como
forma de alerta aos amigos leitores:
“Jogo do Tigrinho”:
Também conhecido como “Fortune Tiger”, foi desenvolvido pela empresa Pocket
Games Soft (PG Soft), que tem sua sede em Malta. Vocês sabem onde fica Malta?
Nunca ouvi falar, mas pesquisando no ‘Pai dos Burros’ descobri que é um pequeno
país localizado no sul da Europa, numa ilha próxima à Sicília, na Itália. Esse
jogo deve pertencer a mafiosos italianos.
Quem ganha com o jogo? Em
primeiro lugar, os ‘Operadores das Plataformas de Apostas’, que ganham com as
apostas dos jogadores que muitas vezes perdem fortunas para ganhar prêmios que
raramente são alcançados. Em segundo, os camaradas conhecidos no Brasil como
‘Influenciadores Digitais’, que possuem de 10 a 65 milhões de seguidores que
gostam do famoso ‘Besteirol’. Eles ganham de 5 a 15 mil reais por semana.
Esses camaradas são bandidos que têm
enganado sistematicamente muitas pessoas, desde um estudante que perde sua
mesada até grandes empresários que perdem fortunas, por várias razões:
promessas falsas de ganhos fáceis em dinheiro. Os bandidos utilizam ‘Promoção
por Influenciadores’ que mostram uma vida de luxo e ganhos aparentes, dando uma
falsa sensação de legitimidade e sucesso.
O jogo utiliza gráficos coloridos e
infantis, atraindo o público mais jovem e menos experiente para identificar
fraudes. Pasmem, pessoas ricas e inteligentes caem na armadilha. Os bandidos
utilizam perfis falsos no Instagram e outras redes sociais com promoções do
jogo, como forma de aumentar a visibilidade e atrair mais vítimas. Ainda bem
que a polícia tem feito investigações e prendido alguns dos responsáveis por
promover e operar esses esquemas.
‘Golpe do PIX’: Os
golpistas enviam mensagens se passando por bancos, informando sobre transações
suspeitas e pedindo para a vítima entrar em contato com uma suposta central de
atendimento. Durante a ligação, eles solicitam dados pessoais ou induzem a
vítima a fazer uma transferência. Eu, particularmente, não atendo ligação que
não está na minha agenda, muito menos com DDD de outros estados com maior
densidade populacional e atividade econômica, por exemplo, do Rio de Janeiro,
São Paulo e Minas Gerais.
‘Golpe da Falsa Central de Atendimento’:
Criminosos se passam por funcionários de bancos ou empresas, alegando problemas
como clonagem de cartão, pedindo dados pessoais e bancários para “resolver” o
problema, mas na verdade usam essas informações para fraudes.
‘Golpe da Tarefa’:
Prometem pagamentos por tarefas simples, como curtir publicações ou seguir
perfis, pedindo um pequeno investimento inicial ou dados bancários, mas o
pagamento prometido nunca é enviado.
‘Golpe do Boleto Falso’:
Os bandidos enviam boletos falsos por e-mail ou aplicativos de mensagens, que
parecem ser de empresas legítimas. Quando a vítima paga, o dinheiro vai para a
conta dos criminosos. Uma forma rápida de saber se o boleto é falso é verificar
a numeração que aparece em todo boleto. Os três primeiros números devem ser do
banco que aparece ao lado, por exemplo: BB 001, CEF 104, Bradesco 237, Itaú 341
e Santander 033. Caso comece com outro número, é falso. Os últimos números
devem ser exatamente o valor a pagar, por exemplo, R$ 744,50, os últimos
números serão 74450. Caso o cidadão de bem não observe esses detalhes e for ao
banco ou tentar pagar pelo aplicativo do seu banco em seu celular, ao aponta a
câmera para ler o ‘Código de Barras’, ele apresenta uma falha bem no meio e
pede para a pessoa digitar aquela série de 45 números. É golpe! Perdeu, mané!
‘Ransomware’: É um ‘Malware’
(um software malicioso) que sequestra os dados do usuário e cobra um valor de
resgate para liberá-los. É uma forma de extorsão digital. Tenha muito cuidado,
não clique em links que te mandam pela internet.
‘Criptomoedas’: É
uma moeda digital descentralizada, criada e gerida por meio de tecnologia de ‘Blockchain’
(tecnologia segura) e sistemas avançados de criptografia. Existem muitos golpes
relacionados a Criptomoedas, como esquemas de pirâmide e fraudes de ICO (Oferta
Inicial de Moeda). Muitas pessoas perdem dinheiro por falta de conhecimento,
podem perder suas reservas para os ‘Hackers’ (uma pessoa com habilidades
avançadas de informáticas usada para o mal) e também pelos preços que sobem e
podem descer drasticamente. O megainvestidor brasileiro Luiz Barsi, um senhor
com um patrimônio de 4 bilhões de reais, falou numa entrevista que já pegou em
Real, Dólar Americano, Euro, Ouro, Prata, Diamante, Joias e já visitou a sede
do Banco do Brasil e da Petrobras e da empresa Klabin, mas nunca na vida viu
uma ‘Criptomoedas’, pois ela é uma invenção do homem, não existe no
plano físico. Dessa forma, jamais investirá numa coisa irreal.
Para se proteger, é importante
desconfiar de mensagens e ligações suspeitas, nunca fornecer dados pessoais ou
bancários sem verificar a autenticidade da solicitação, e manter seus
dispositivos protegidos com antivírus e atualizações de segurança.
E acima de tudo, deixe de ilusões que
será fácil ganhar dinheiro em sites que prometem ganhos acima da média e que
vendem produtos abaixo do preço de mercado. Exemplo recente: Site do famoso ‘Big
Brother Brasil 2021 ‘Nego Di’. É golpe dos ladrões da internet!
Fonte: IA Copilot da Microsoft