terça-feira, 16 de julho de 2024

Café da Manhã dos Pobres de Antigamente

 Por José Rocha

Nas décadas de 50 e 60, apesar de já existirem cafés embalados, algumas famílias gostavam de comprar o café em grãos, torravam e pilavam o café, que era fervido em fogareiros de carvão.

No centro da cidade existiam as padarias Frankfour e Modelo, mas os pães também eram vendidos pelos padeiros que entregavam na porta dos clientes. Geralmente, eram pães caseiros, de meio quilo, com massa fina e doce.

O leite era in natura, vendido por leiteiros que passavam de porta em porta deixando o precioso líquido branco.

A manteiga regional, a mais gostosa, era vendida a retalho nas tabernas ou em latas de meio quilo, sendo a marca Aviação a mais preferida.

Queijos disponíveis eram apenas o Coalho e Manteiga, sendo o Bola reservado para os ricos.

Sucos somente de frutas regionais, mas eram difíceis nas mesas de pobre.

Quando a grana estava curta, o jeito era tomar o café sem leite e o pão sem manteiga, ou comer bolacha de motor.

Uma vez na vida e outra na morte, apareciam um cuscuz, tapioca com queijo ou um pé de moleque e bolo de macaxeira.