Uns dos blogs de maior acesso de Manaus, com a temática cidade e politica, no endereço eletrônico http://www.blogdafloresta.com/ fez uma denúncia sobre uma decisão de um empresário amazonense em cortar uma árvore centenária que ficava em frente a sua loja, somente para dar mais visibilidade à vitrine do seu empreendimento comercial.
A referida loja fica na esquina da Rua Costa Azevedo com a Rua 24 de Maio, centro antigo de Manaus – após a denúncia, o advogado da empresa, conseguiu com base na lei, o direito de resposta, o que foi acatado pelos editores do blog. Uma das justificativas do casuístico foi de que a árvore já estava “morta” e que o corte tinha sido autorizado pelas autoridades competentes e, pasme, o empresário se propõem a plantar outra no mesmo lugar!
Passei por lá, fui ver “in loco” a árvore cortada, não sou especialista, porém, ainda deu para presenciar a seiva saindo do tronco “chorando de dor”, agora, sim, ela está morta! Onde estão os laudos que atestaram que a árvore já tinha completado o seu ciclo de vida? Onde estão as autorizações e quem foram as “autoridades” que autorizaram a morte prematura da árvore? Por que somente após a derrubada de uma árvore, com o clamor da sociedade civil, é que a pessoa que fez isso se compromete plantar outra no mesmo lugar?
O empresário pode até mostrar todos esses documentos, pode até acionar o seu advogado para ter o direito de resposta, mas, mesmo assim, não há justificativa para derrubar uma árvore, caso ela esteja doente, o dever é de cuidá-la, colocar escoras, mantê-la ao máximo em pé!
Uma árvore plantada agora, somente irá “impedir” a visibilidade da vitrine da loja comercial daqui a cem anos! Até lá a loja já foi para o espaço sideral! Não se pode mais chorar sobre o leite derramado, mas, fica aqui a lição para outros empresários amazonenses – o respeito é bom e todo mundo gosta, inclui o respeito também ao meio ambiente.
No século XXI as atenções se voltam para a preservação do meio ambiente, mesmo assim, o homem continua destruindo o planeta Terra – as matas estão ardendo de fogo, os rios estão secando, continuam com a dizimação da fauna e da flora. Com o andar da carruagem, estamos caminhando para a autodestruição, antes, teremos que viver num deserto em chamas, chamado por alguns de “inferno”.
Ainda bem que existem pessoas de bem! Pessoas preocupadas em preservar com o que restou na natureza e, acima de tudo, procuram conscientizar as pessoas sobre estas questões. Talvez o empresário amazonense que derrubou a árvore, que estava impedindo a visibilidade da vitrine da sua loja, não entenda a nossa preocupação por apenas uma árvore. Ele está equivocado, pois uma árvore faz toda a diferença! Além do mais, quem derruba uma árvore poderá derrubar centenas delas! Ele está preocupado com o retorno do seu capital investido, deseja obter lucros, enriquecer ainda mais de bens materiais, grana, muita grana - a árvore que morra!
É, mano velho, será que com este mau exemplo, iremos fazer a Copa de 2014, a intitulada Copa Verde? Claro que não! Manaus está dentro de um Estado com mais de quatro milhões quadrados de floresta preservada, no entanto, a cidade carece de arborização, de mais respeito por parte das autoridades e dos empresários – vamos mudar a nossa mentalidade, cada habitante deste torrão deve ser responsável pela preservação das árvores que ainda estão em pé e, principalmente, plantar pelo menos dez mudas por ano até a Copa de 2014 – agindo dessa forma, teremos, com certeza uma Copa Verde!
O lojista que tem uma árvore em frente da sua loja, deve se orgulhar, pois, faz um grande diferencial, existe sombra e ventilação, contribuindo para a diminuição do consumo de energia elétrica, tornando, sobretudo, a sua loja mais humanizada! Chega de maus exemplos! Viva as árvores, a Copa Verde e os homens de boa vontade!
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