Após a Conferencia de Estocolmo, ocorrida em 1972, ficou estabelecido que
no dia 05 de junho de cada ano, como a data para reflexão sobre os problemas
ambientais e da importância da preservação dos recursos naturais, considerado
tempos atrás como inesgotáveis – para não deixar passar em branco o dia de
hoje, farei algumas considerações.
Na minha infância, adolescência
e parte da adulta, em Manaus, não ouvia falar em poluição, desmatamentos,
efeito estufa, engarrafamentos de carros, esgotos a céu aberto, lixões, camada
de ozônio e outras mazelas comuns nos dias atuais.
Lembro-me das águas límpidas
e cristalinas dos balneários de Manaus, conhecidos como Ponte da Bolívia, Tarumã
e Tarumazinho, Cachoeira Alta, Parque Dez de Novembro e dos banhos no Igarapé
de Manaus e Mestre Chico – todos eles ficaram somente na lembrança, pois
viraram esgotos ou foram aterrados pelo progresso – ainda bem que a Praia da
Ponta Negra foi revitalizada, onde ainda tomo um banho aos domingos em
companhia da minha filha e neta.
A cidade do meu passado era calma,
tranquila, limpa, com pouca violência urbana – gostava de passear a pé ou de
bicicleta na maior tranquilidade, vez ou outra pegava um ônibus, apesar serem
de madeira, eram limpos e todos podiam ficar sentados, sem nenhum medo de arrastão,
aliás, esse termo eu conhecia naquele tempo como redes de pesca predatória,
totalmente diversa dos dias atuais.
Na minha juventude, passei
uma temporada no Rio de Janeiro, naquela época, os olhos dos brasileiros e do
resto do mundo ainda não estavam voltados para a Amazônia, pois achavam que era
apenas um lugar distante, onde possuía muita mata, bichos ferozes, caboclos e índios
– fui até discriminado por ter nascido aqui.
Com a realizada da Conferencia do Rio de Janeiro, conhecida
como Eco-92, tudo mudou, pois vários países
de reuniram para decidir que medidas tomar para conseguir diminuir a degradação
ambiental e garantir a existência de outras gerações – a partir de então, começaram
a se preocupar com a Amazônia e a respeitar um pouco os amazônidas.
Passados todos esses anos,
pouco ou nada foi feito para evitar o que está acontecendo com o nosso meio
ambiente – dizem alguns especialistas que, mesmo freando a emissão de gás carbônico,
com a diminuição por parte das indústrias e a utilização de combustíveis ecológicos
pelos automóveis, despoluição dos rios e igarapés, diminuição do desmatamento
da Amazônia, coleta seletiva de lixos e outras medidas corretivas, não dá mais
para evitar o desastre que começou a acontecer, com grandes enchentes/secas e
temperaturas elevadas. É isso ai.
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