O SAPO CURUCU - Existe uma
ponte de concreto dentro do Conjunto dos Jornalistas, ela passa pelo Igarapé
dos Franceses, ligando dois blocos de apartamentos – ainda tenho um por lá,
onde moram a minha filha e a neta. Essa ponte já caiu várias vezes – na primeira
vez, demorou muito para a Prefeitura fazer outra e, provisoriamente, foi feita
uma de madeira. Certa vez, quando estava atravessando, um pedaço de tábua se
desprendeu e fez um rombo no assoalho do meu fusquinha 75. Num certo domingo,
estava me dirigindo à casa da minha sogra, no bairro da Glória, quando um
sapo-cururu escalou a perna da minha então esposa, que carregava no colo a
minha filha mais nova. Foi um “Deus nos Acuda”, pense num sufoco total, pois
mesmo ainda em movimento, a mulher abriu a porta do carro e se jogou na rua,
juntamente com a minha filha! E pior de tudo: o sapo cururu não queria sair de
lá, nem com nojo! Esse medo de sapo por parte da patroa foi passado para a
minha filha e, por tabela, para a minha neta – ela tem cinco anos e gosta de
remexer a minha mochila, mas quando falo que lá dentro tem um sapo-cururu, ela
para na hora!
A GALINHA VOADORA – Conheci uns
corretores de seguro que mantinham uma apólice com uma empresa em que trabalhei
tempos atrás. Certa vez, eles pegaram a Estrada AM-070 (Manaus-Manacapuru),
para fazer uma vistoria num sinistro. Pois bem, no meio da estrada, eles foram
surpreendidos com o baque no para-brisa de uma galinha, ela tinha pulado de um
barranco bem alto. O estrago foi grande, pois além de quebrar o vidro, bateu na
porta traseira, conseguindo abri-la, indo parar quilômetros atrás! O perito que
vinha no banco de trás do carro não morreu por puro milagre, pois o galináceo
passou rente a sua cabeça. Um objeto de dois quilos e meio quando bate num automóvel
que se desloca com oitenta km por hora, pesa mais de uma tonelada! Credo!
ACARI-BODÓ – Tenho um amigo,
ele é aposentado da Defensoria Pública – certa dia, resolveu passar lá na Feira
da Panair, para comprar alguns bodós, farinha de aurini, limões, cheiro verde,
tomates e pimenta de cheiro, pois estava a fim de matar a saudade de uma “Caldeirada de Bodó”. Na volta, resolveu
parar lá no antigo Bar Caldeira, para bebericar e jogar conversa fora com os
intelectuais. Papo vem, papo vai e, acabou esquecendo os bodós que estavam na
mala do carro. Para quem não sabe, os cascudos devem ser consumidos
imediatamente após a morte, devido ao rápido processo de deterioração e ao odor
insuportável que provoca. Depois de dois dias, ele resolveu sair com o carro,
quando sentiu o estrago feito – para ter uma ideia, até os pneus fediam –
lavou, escovou, passou aromatizante e, nada! Passou um mês sentindo fedor de
acari-bodo podre!
OS CARNEIRINHOS – Tenho um amigo, ele é Despachante
Aduaneiro e, gosta de frequentar os botecos de Manaus. Certa vez, foi tomar uns
goles num bairro distante (ainda não existia a lei seca), ele tinha mania de
comprar tudo o que lhe ofereciam em mesa bar. Apareceu um sujeito vendendo dois
carneirinhos e, resolveu comprá-los para presentear a sua esposa (que
presentão!). Depois de ficar de “saco cheio” de tanto os carneiros fazerem “mé”,
colocou os animais dentro do carro e rumou para a sua mansão. Colocou o som no
volume máximo, mas o “mé” dos carneirinhos ganhava. Soltou os bichos no jardim
e foi dormir, digo, tentou dormir, pois bichos passaram o resto da noite
fazendo “mé”, deixando acordado também a sua mulher, os filhos e até a
empregada! A mulher deu-lhe o ultimato: - Ficou doido, homem! Pode levar de
volta esses carneirinhos, agora mesmo, ou vou passar uns dias na casa da mamãe!
Ele passou toda a manhã à procura do vendedor, ao qual devolveu os carneirinhos
e não quis nem saber do dinheiro de volta!
É isso ai.
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