Não existe “de menor”, o correto é menor de idade, mas, quando é apelido, vai ficar para o resto da vida. Pois bem, conheci um sujeito que morava na Avenida Joaquim Nabuco, próximo ao Colégio Barão do Rio Branco – ele era baixinho e, acredito que em decorrência da sua estatura, pegou a alcunha de “De Menor”.
O que tinha de pequeno sobrava em esperteza e brabeza – o cara ficava exaltado quando tomava “umas e outras” no “Bar do Toscano e Seiça”, na esquina da Rua Huascar de Figueiredo – ele era inteligente, tinha um pensamento rápido, gesticulava e argumentava de uma forma que “derrubava até avião”, não gostava nem um pouco de ser contrariado e não levava desaforo para casa.
Ele tinha esse comportamento, mas era gente boa, todos gostavam muito dele, pois era um artista - vez e outra abria um sorriso e, adorava “dar um cotoco” para qualquer um – acho que se fosse advogado criminalista, com certeza, daria um show num tribunal de júri.
Certa vez, foi de barco até o Festival de Parintins – como não encontrou um local para atar a sua rede, pois estava “até o tucupi” de gente, resolveu coloca-la no passadiço, um local proibido pelas autoridades marítimas.
Quando o caboco estava “até o talo” de “manguaça”, deu uma deitada e começou a roncar – pela madrugada, o barco começou a balançar e, não deu outra, o De Menor caiu dentro do Rio Amazonas.
Algumas pessoas o viram cair e começaram a gritar para o Comandante parar a embarcação – foi alvoroço total – foi passado “um rádio” para outras embarcações que vinha no mesmo trajeto, comunicando sobre o ocorrido.
Depois de muitas buscas, encontraram o De Menor agarrado em uma “boia” (tora de madeira), rindo e dando cotoco para a galera. Pense numa fuleiragem!
Esse feito foi contado
centenas de vezes no boteco, com as mais fantasiosas possíveis - todos davam
gargalhadas das estripulias do De Menor.
Faz um tempão que não vejo o
De Menor - saudades dos papos e cotocos em mesa de boteco. É isso ai.
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