O seu nome foi em
homenagem a um dos melhores governadores do Estado do Amazonas, o maranhense
Eduardo Ribeiro (1862-1900), para a sua construção foi necessário aterrar o
Igarapé do Espírito Santo - tinha trinta metros de largura e mil e sessenta
metros de comprimento, indo do Roadway (atual Porto de Manaus) até o Palácio do
Governo (atual Instituto de Educação do Amazonas – IEA).
O governador Eduardo
Ribeiro deixou a gestão do executivo estadual em 1896 e, a avenida deve ter
sido concluída em 1900, exatamente no ano da sua morte, - inicialmente, ela era
conhecida como Avenida do Palácio, mas, apesar de muita rasteira do seu sucessor,
o nome atual foi uma justa homenagem ao homem que trabalhou
incansavelmente para a sua construção.
Tornou-se o centro
comercial, cultural, econômico e viário da cidade, onde se instalaram os
principais armazéns de venda de produtos finos, hotéis, restaurantes, bares,
jornais, cinemas, bancos, etc. – por lá circulavam charretes, bondes elétricos,
automóveis e ônibus – a nata da sociedade manauara fazia daquele logradouro um
lugar da moda (point).
Na Praça Antônio
Bittencourt (atual Praça do Congresso) era uma das mais belas de Manaus, tendo
ao seu redor o Palacete Miranda Corrêa (atual edifício Maximino Corrêa), o
Ideal Clube, o Prédio da Saúde (atual Loja dos Correios), um Palacete (atual
biblioteca municipal) e várias residências em estilo de bom gosto.
Ao longo dos anos foram
construídas várias edificações, tais como, o Palácio da Justiça, os Cines Odeon
e Avenida, o Bar Americano, o Relógio Municipal, os Armazéns do empresário J.G.
Araújo, os Jornais do Arnaldo Archer Pinto, dentre outros.
Ainda está na memória de
muita gente o famoso “Canto do Fuxico”, a Lanchonete “A Gogô”, os desfiles de
carnaval, os desfiles militares e estudantis de Cinco e Sete de Setembro, festa
de abertura do campeonato “Peladão”, do restaurante “A Maranhense”, da loja
“4400”, dos bailes do “Moranguinho” e dos passeios de bondes.
Atualmente, está quase
toda descaracterizada; suja em toda a sua extensão, toda pichada, com muito
lixo, sem árvores; a violência impera, foi invadida pelos flanelinhas; com a
noite o local fica às escuras, com um ar triste e melancólico; os prédios
antigos estão com as suas fachadas tomadas por placas de mau gosto, com uma
enorme poluição visual.
Ainda bem que o Palácio da
Justiça foi preservado, virou um Centro Cultural; o Relógio Municipal resiste
ao tempo, apesar de não tocar mais aquela musica cativante; aos domingos a
avenida é fechada para dar lugar a “Feira do Artesanato”, tornando um lugar
mais humano, calmo, tranquilo onde as famílias manauaras e os turistas se
deleitam com o café regional e compras de artesanato.
Apesar do abandono, o
fluxo de automóveis e de pessoas é muito intenso, contando com muitas lojas de
roupas e calçados, supermercados, bancos, lanchonetes e lojas de eletroeletrônicos.
O projeto de revitalização
atinge toda a sua extensão, onde serão resgatados as pedras de Lioz e os paralelepípedos
que antes faziam parte da paisagem – como apenas algumas calçadas possuem esse
tipo de calçamento, sendo necessária a colocação em uma nova paginação, tipo
mosaico, onde serão assentadas pedras inteiras, em posições diferentes.
Os antigos trilhos dos
bondinhos serão resgatados e colocados de forma aparente na superfície da caixa
viária – o projeto prevê a incorporação à paisagem canteiros com árvores em
ambos os lados das calçadas, sendo os antigos preservados e recuperados – próximos
às esquinas serão adaptadas rampas e faixas para acessibilidade dos pedestres e
cadeirantes.
Os recursos já estão disponíveis
na Caixa Econômica Federal, porém, haverá um severo acompanhamento das obras,
sendo o dinheiro liberado conforme o andamento dos serviços por parte da
empresa vencedora do certame.
É isso ai.
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