Tive a honra de conhecê-lo
no antigo Bar Caldeira, na época da Dona Maria e do Adriano Cruz – ele fazia
parte de um grupo de servidores do Tribunal de Justiça, qyuando funcionava na Avenida
Eduardo Ribeiro - após o expediente, gostavam de bebericar e jogar conversa
fora nos botecos do entorno.
Ele se aposentou na função
de “Oficial de Justiça” (atual Analista Judiciário), um cargo um tanto
perigoso, pois é a pessoa que executa as determinações do juiz (citações, prisões,
penhoras e outras broncas mais).
Pois bem, o Belmiro tinha
uma coisa incomum: pai de 32 filhos, com diversas mulheres, porém, fez questão
absoluta de efetuar o registro de nascimento declarando a paternidade de todos eles - imagine
a bronca que ele passou com o pagamento de “pensão alimentícia”!
Certa vez, o encontrei na
Cidade Nova I – ele estava tocando um mercadinho, apesar de não precisar, pois
ganha mensalmente uma “bolada”, entre vinte e trinta mil reais.
O cara saiu com essa:
- Rochinha, tenho setenta e nove anos de
idade, ganho muito bem obrigado, estou nesse ramo de varejo somente para passar
o tempo, pois não bebo mais e não saio por ai como fazia antes, a única coisa
que nunca deixei foi de “pegar a mulherada”, sabe como é, tomo as minhas azuizinhas e,
dinheiro na mão, a calcinha no chão!
Perguntei:
- Você era considerado o maior reprodutor do TJ – a fábrica de fazer neném
foi fechada?
Ele respondeu:
- Pois é, chega de bronca, o meu mais novo está com dezoito anos e, todos os
anos nascem um porrada de netos e bisnetos!
É isso ai.
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