Depois de longo e
tenebroso inverno, o Porto de Manaus (Roadway) está quase totalmente pronto
para ser entregue a população, mas, poucos sabem que grande parte dele já está
liberada para visitação pública – aproveitei essa brecha para fazer uma caminhada por lá e tirar fotografias.
Esse porto já sofreu muito
nas mãos de políticos safados – o Amazonino, na qualidade de governador do
Amazonas, aprontou mais uma das suas e, entregou “de mão beijada” para a
família Di Carli, que administrou por anos, destruindo parte das instalações
portuárias, além fechar por tempo indeterminado o Museu do Porto e demolir
prédios históricos do seu entorno.
Para completar, tentou de
todas as formas transformar o Porto de Manaus em um grande “Camelodrómo”, não
conseguindo tal intento por forças da brilhante atuação do Ministério Público.
Depois de muitas brigas, o
DNIT conseguiu reaver a administração do Roadway e, tentou implementar uma
revitalização e modernização, porém, o Tribunal de Contas da União (TCU)
encontrou um sobrepreço na ordem de 4 milhões de reais, forçando a construtora
J. Nasser a baixar de 75 milhões para 71 milhões de reais.
Em decorrência dessa
mutreta, houve um atraso no inicio das obras em um ano e, o que era para ser
entregue em junho, na Copa do Mundo, somente agora está sendo devolvido a
população.
Aliás, tem muita gente com
os bolsos cheios de reais, com as obras da Arena da Amazônia, Aeroporto
Internacional de Manaus, Porto de Manaus, Mobilidade Urbana e outras mais – são
os que eles chamam de “legado” da Copa do Mundo!
Voltando ao nosso Roadway –
houve um acompanhamento do IPHAN em todo o processo, com a retirada de uma passarela lateral, além da volta da “Praça dos Ingleses” de outrora.
Houve a abertura dos
tapumes que separavam a Casa de Leitura Thiago de Melo (antigo Tesouro do
Estado, onde nasceu Manaus), Píer (com os passáros mergulhões morando por lá) e o Armazém Quinze – essas obras se arrastam por anos e, foram
gastos mais de 10 milhões de reais, porém, a biblioteca com todo o acerco
comprado do nosso poeta maior (custou 1 milhão) ainda está fechado ao público.
Apesar de todos os
desacertos e roubalheiras, o lugar é muito bonito para passear – vamos esquecer
um pouco e curtir o novo Roadway. É isso ai.
Fotos: Rocha
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