No próximo dia 20 de
Novembro, será comemorado, em Manaus, o “Dia da Consciência Negra”, feriado
municipal. Nada mais justo do que homenagear o saudoso Nestor Nascimento,
considerado o maior líder negro da história do Amazonas, com uma marcante
defesa dos direitos civis.
Tive o privilégio de
conhecê-lo, inclusive foi meu professor de História e Literatura Portuguesa, no “Curso Dinâmico”, num
prédio demolido que ficava na Avenida Getúlio Vargas – fui preparado por ele
para o vestibular da antiga Universidade do Amazonas (UA), atual UFAM.
Para quem não sabe, ele
nasceu em 11 de Dezembro de 1947, fundador do “Movimento Alma Negra – MOAN” -
veio de uma família tradicional do Bairro da Praça 14, onde fundou a “Associação
dos Amigos e Moradores da 14” e da “Escola de Samba Vitória Régia”.
Formou-se em Direito pela
UA, exercendo vários cargos públicos, atuou também no jornalismo nas cidades do
Rio de Janeiro e Manaus.
Na qualidade de advogado,
atuava como “Pro Bono – para o bem do povo” – defendia as prostitutas, os
negros, os índios e todas as pessoas de baixa renda, sem nada cobrar pelos seus
serviços, pois exercia com amor, respeito e carinho ao próximo.
O seu trabalho foi
reconhecido nos Estados Unidos, onde foi entrevistado na “Voz da América”, sendo
considerado um dos mais ilustres defensores dos direitos civis do Brasil.
Ele era muito querido por
todos os frequentadores do Bar do Armando – amava a Banda Independente da Confraria do Bar
do Armando (BICA) – foi o local onde tive a oportunidade de bater muito papo
com ele e, por ter sido o seu aluno, sempre o reverenciava.
Fui visitá-lo quando
estava nos últimos dias da sua vida, em 2002, morava com um parente numa vila
situada na Avenida Constantino Nery – ele morreu pobre materialmente, mas, rico
espiritualmente!
Viva ao Nestor Nascimento!
Viva o dia da consciência negra! Viva ao fundador do Movimento Alma Negra no
Amazonas! Viva! É isso ai.
Fotos: arquivos do escritor e poeta Simão Pessoa.
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