Depois de um dia árduo de
trabalho e/ou estudos, nada mais salutar do que encontrar com os amigos numa
mesa de bar e, bater um papo sobre temas leves, agradáveis e prazerosos, principalmente,
sobre assuntos e pessoas que nos fazem dar gargalhadas.
Num sábado quente de
Manaus, passei rapidamente no Bar Cipriano, na esquina da Rua Ferreira Pena com
a Rua Airão, onde tive a oportunidade de conversar com alguns amigos.
Este boteco é um dos mais
tradicionais de Manaus, com mais de 50 anos de estrada, famoso por servir uma
cerveja bem gelada, boa musica e petiscos deliciosos – um dos donos, o
Francisco Cipriano, conhecido como “Patico”, de 67 anos, sofreu ano passado um
AVC, mas, continua na labuta - ficou com sequelas na fala, não o
permitindo mais “jogar conversa fora” e dar gargalhadas com os fregueses.
Encontrei com os seguintes
colegas: Dr. Eliezer Gonzalez, um renomado advogado trabalhista e professor da
UFAM – Francisco Português, empresário do ramo de estética; ele já foi gerente
do Bar do Armando – Paulo Roberto, paraense de Santarém, comerciário e morador
do Bairro do Céu e Leandro Grande Circular, vendedor de discos, conhecidíssimo nos
botecos de Manaus.
Pois bem, nesse dia, o
Francisco Português, lembrou de algumas postagens engraçadas que publiquei no
blog – falei que gosto de escrever sobre coisas leves, onde carrego no amazonês, em gírias e até palavrões,
muito diferente quando faça algumas pesquisas sobre a nossa Manaus antiga, onde
procuro caprichar na escrita.
O Dr. Eliezer, falou um
pouco sobre o Charles Cinco Estrelas, proprietário do Bar 5 Estrelas, situado
na Avenida Getúlio Vargas – ele ficou famoso em tempos passados, por ter sido o
mais engraçado e esperto garçom do Bar do Armando.
Depois, comentamos sobre o
Paulo Mamulengo, um paraibano morador da Vila de Paricatuba, em Iranduba – ele é
polivalente, sendo o responsável pela confecção dos bonecos da Banda
Independente da Confraria do Armando (BICA), Banda Cinco Estrelas e da Malhação
de Judas do Bar Cipriano.
O Leandro Grande Circular,
lembrou da Dona Lourdes, viúva do Armando Soares, dono do Bar do Armando – essa
senhora tinha um jeito “todo especial” de atender aos clientes, motivos de muitas risadas - com a nova administração, ela ficou afastada do atendimento.
Por falar em Dona Lourdes,
lembrei de tempos passados, quando frequentava em peso o Bar do Armando. Certa
vez, ela me falou:
- Porra, Rochinha, o teu
pai era muito diferente de você, ele gostava de tomar umas cervejas no balcão,
era muito educado, não falava alto e somente conversava com quem puxava papo
com ele. Agora, o filho é doido, fala alto, conversa com todo mundo e fala um
monte de besteiras! Mas eu gosto de você, mesmo assim!
Pois é, muito tempo atrás,
eu gostava de “papo cabeça”, falava sobre o espaço sideral, psicologia, administração
e outros assuntos sérios. Eu era um chato de carteirinha, achava que sabia de tudo - até as gatinhas fugiam de mim com o meu papo quadrado.
Com o tempo, mudei da água para o vinho: passei a falar somente sobre amenidades em mesa de bar! É isso ai.
Com o tempo, mudei da água para o vinho: passei a falar somente sobre amenidades em mesa de bar! É isso ai.
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