Domingo a tarde em Manaus,
com um “Céu de Brigadeiro”, resolvi passear pelo abandonado “Parque do Mestre
Chico”, para assistir aos jovens soltando papagaio de papel – um local
considerado o “point” para a prática
da brincadeira.
Algumas décadas atrás, o local era invadido pela águas do Rio Negro, servindo para a prática de banhos de rio e passeios de barcos, depois, com o projeto “Manaus Moderna”, foi aterrado e construído uma grande avenida – recentemente, com o projeto “PROSAMIM”, foi instalado o Parque do Mestre Chico.
O referido Parque está abandonado pelo poder público, pois conservar o que foi feito não dá dinheiro para os bolsos dos homens que comandam o poder, no entanto, tornou-se o local ideal para a prática da brincadeira de soltar papagaio, pois toda a fiação elétrica é subterrânea, com uma imensa área entre a Ponte Benjamin Constant e a desembocadura do Igarapé do Quarenta, no Rio Negro.
Presenciei centenas de jovens reunidos naquele lugar, alguns, com o som bastante alto dos seus automóveis, alguns tomando uma geladinha e muita mulher bonita no pedaço – é uma festa!
Os papagaios utilizados são pequenos, na minha época eram chamados de “Carapeta”, com linhas coloridas e enroladas em grandes carretéis de plástico.
Na parte próxima ao rio, ficam dezenas de jovens com varas, para pegarem os papagaios “cortados”, alguns utilizam até canoas!
Apesar de todas as tecnologias que confinam os jovens em suas casas e nas “Lan House”, com jogos “online” na internet, mídias sociais, dentro outros – eles estão preferindo passar as tarde de domingo brincando ao ar livre, soltando papagaio de papel, coisa que fazíamos cinco décadas atrás.
Na década de 60, existia em Manaus um sujeito chamado pelo cognome de Russo, era exímio “fabricante” de Papagaio de Papel, além da melhor “maçaroca de cerol” do pedaço. O preço era bastante salgado, mas era o melhor da cidade, não era “penso” ou “cangula” e, dava para “trançar” e “cortar na mão” - quem não tinha a “babita”, era o meu caso, o jeito era se virar nos trinta, ou seja, conseguir uma vara bem grande e correr atrás dos papagaios que eram "cortados". Não sei quais as gírias utilizadas, atualmente, pelos jovens.
5 comentários:
Na minha época empinador de papagaio que se prezava não enrolava a linha em carretel de plástico. Nós tínhamos era maçaroca. Diniz Alexandre Pereira
Na minha época empinador de papagaio que se prezava não enrolava a linha em carretel de plástico. Nós tínhamos era maçaroca. Diniz Alexandre Pereira
Na minha época empinador de papagaio que se prezava não enrolava a linha em carretel de plástico. Nós tínhamos era maçaroca. Diniz Alexandre Pereira
Na minha época empinador de papagaio que se prezava não enrolava a linha em carretel de plástico. Nós tínhamos era maçaroca. Diniz Alexandre Pereira
Na minha época empinador de papagaio que se prezava não enrolava a linha em carretel de plástico. Nós tínhamos era maçaroca. Diniz Alexandre Pereira
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