ONTEM - Segundos os historiadores, ela foi construída em
1896, pelo engenheiro Miguel Ribas, no governo do Eduardo Gonçalves Ribeiro
(1891-1896), com um vão de 230 metros e, tendo recebido o nome de “Ponte
Floriano Peixoto”, uma homenagem ao segundo presidente do Brasil (1891-1894),
um militar que falecera no ano anterior (1895). Quando foi inaugurada, a via pública
chamava-se Rua Municipal. Depois, ficou conhecida como “Ponte Romana I”, em decorrência
de ser construído com pedras, concretos e com arcos na sua estrutura básica, um
belo trabalho aos moldes das pontes construídas pelos antigos romanos. Foi um
projeto urbanístico para ligar as margens opostas do Igarapé de Manaus. No
mesmo ano, o governador mandou construir outra igualzinha, no Igarapé do Bittencourt
(um coronel donos de muitas terras no entorno), recebendo o primeiro nome de “Ponte
Deodoro da Fonseca” (primeiro presidente republicano), depois, ficou conhecido como “Ponte Romana II”. Sem
dúvida, a primeira ponte ficou mais famosa por está bem mais próximo ao
“Palácio Rio Negro”, a sede do governo estadual. Ficou também muito conhecida
em decorrência de abrigar a sede do “Clube do Remo” (antigo Manaus Ruder Klub,
fundados pelos alemães), tinha sua garagem de zinco, com acesso pela “Ponte
Cabral”. Na fotografia antiga, pode-se ver um bonde passando pela ponte, um belo jardim
natural na vazante do rio e pouquíssimas residências.
HOJE – É conhecida como “Primeira Ponte”, em decorrência
de ser a primeira das três pontes existentes naquele lugar. A via atual é a
Avenida Sete de Setembro, uma homenagem a data maior da nossa independência. O
Igarapé de Manaus foi aterrado, passando somente uma lâmina de água pelo local,
pois a nascente ainda está preservada (próximo a TV Cultura). Fizeram dois
parques, o Desembargado Paulo Jacob e o Senador Jefferson Péres. Na fotografia atual, pode-se ver uma parte do segundo parque, com a ponte não mais unindo as duas
margens do igarapé (perdeu esta função em decorrência do aterro), com muitos automóveis
passando por lá (os bondes não circulam mais desde a década de 50) e, aparecendo ao fundo alguns espigões e faculdades. Por incrivel que pareça, a garagem do "Clube do Remo" sobreviveu ao longos dos tempos, está estacionado embaixo da "Ponte de Educandos". Um projeto
chamado PROSAMIM mudou tudo, foram gastos milhões de reais na retirada das
casas e na construção dos parques, infelizmente, estão abandonando aos poucos o que
fora feito com grandes sacrifícios. Passaram mais de cem anos e, apesar de todas as intervenções que fizeram ao longo do tempo, a ponte, tanto ontem, como hoje, permanece muito bonita e charmosa, afinal, ela é a primeira ponte da infância e adolescência da minha geração, a nossa eterna "Primeira Ponte". É isso ai.
Nenhum comentário:
Postar um comentário