terça-feira, 19 de junho de 2012

A PRIMEIRA PONTE - “ONTEM E HOJE”



ONTEM - Segundos os historiadores, ela foi construída em 1896, pelo engenheiro Miguel Ribas, no governo do Eduardo Gonçalves Ribeiro (1891-1896), com um vão de 230 metros e, tendo recebido o nome de “Ponte Floriano Peixoto”, uma homenagem ao segundo presidente do Brasil (1891-1894), um militar que falecera no ano anterior (1895). Quando foi inaugurada, a via pública chamava-se Rua Municipal. Depois, ficou conhecida como “Ponte Romana I”, em decorrência de ser construído com pedras, concretos e com arcos na sua estrutura básica, um belo trabalho aos moldes das pontes construídas pelos antigos romanos. Foi um projeto urbanístico para ligar as margens opostas do Igarapé de Manaus. No mesmo ano, o governador mandou construir outra igualzinha, no Igarapé do Bittencourt (um coronel donos de muitas terras no entorno), recebendo o primeiro nome de “Ponte Deodoro da Fonseca” (primeiro presidente republicano), depois, ficou conhecido como “Ponte Romana II”. Sem dúvida, a primeira ponte ficou mais famosa por está bem mais próximo ao “Palácio Rio Negro”, a sede do governo estadual. Ficou também muito conhecida em decorrência de abrigar a sede do “Clube do Remo” (antigo Manaus Ruder Klub, fundados pelos alemães), tinha sua garagem de zinco, com acesso pela “Ponte Cabral”. Na fotografia antiga, pode-se ver um bonde passando pela ponte, um belo jardim natural na vazante do rio  e pouquíssimas residências.

HOJE – É conhecida como “Primeira Ponte”, em decorrência de ser a primeira das três pontes existentes naquele lugar. A via atual é a Avenida Sete de Setembro, uma homenagem a data maior da nossa independência. O Igarapé de Manaus foi aterrado, passando somente uma lâmina de água pelo local, pois a nascente ainda está preservada (próximo a TV Cultura). Fizeram dois parques, o Desembargado Paulo Jacob e o Senador Jefferson Péres. Na fotografia atual, pode-se ver uma parte do segundo parque, com a ponte não mais unindo as duas margens do igarapé (perdeu esta função em decorrência do aterro), com muitos automóveis passando por lá (os bondes não circulam mais desde a década de 50) e, aparecendo ao fundo alguns espigões e faculdades. Por incrivel que pareça, a garagem do "Clube do Remo" sobreviveu ao longos dos tempos, está estacionado embaixo da "Ponte de Educandos". Um projeto chamado PROSAMIM mudou tudo, foram gastos milhões de reais na retirada das casas e na construção dos parques, infelizmente, estão abandonando aos poucos o que fora feito com grandes sacrifícios.  Passaram mais de cem anos e, apesar de todas as intervenções que fizeram ao longo do tempo, a ponte, tanto ontem, como hoje, permanece muito bonita e charmosa, afinal, ela é a primeira ponte da infância e adolescência da minha geração, a nossa eterna "Primeira Ponte". É isso ai.

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