O autor Rogel Samuel cita numa das
passagens do seu livro romance “Teatro Amazonas” que, em 1900, em Manaus, um
dos personagens pega um “táxi” e, ordena que o motorista siga até a Praça de
São Sebastião – ora, sabemos que este termo foi utilizado a partir do momento
da criação do taxímetro (taxar, o preço, pela medida) e, este foi criado no início
do século XIX, pelo alemão Wilhelm Bruhn, portanto, faz sentido, mesmo sabendo
que em Manaus não se utilizava este termo naquela época - o livro não é de pura
história, mas, um romance, sendo assim, o autor pode narrar da forma que lhe
convier a sua criatividade.
Por falar em “Táxi”, os historiadores escrevem
que este tipo de serviço de transportar qualquer pessoa que o solicite é quase
tão antigo quanto a civilização – começou com o “Riquexó”, um carro de duas rodas e
puxado por um só homem, era exclusivo das elites.
Na Roma antiga, circulavam as “Liteiras”
transportadas por dois ou quatro escravos que levavam quem quer que os
solicitasse, desde que pagasse um preço previamente estipulado pelo seu amo –
eram os “taxis” romanos.
Na Idade Média, o transporte de pessoas era
realizado por carruagens de tração animal, sendo melhoradas no Renascimento,
depois, surgiu em Londres, o “Hachney”, a primeira carruagem de aluguel – em Paris,
eram os “Corbillards” e depois os “Sociables”; na Alemanha, os inovadores “Landau”;
na Inglaterra, os “Tribury”, finalmente, chegamos ao “Taxi”, um modo de transporte
público, com rota preestabelecida, tarifa alta em relação ao transporte de
massa.
Nos serviços de táxi utiliza-se geralmente
o taxímetro, um aparelho que calcula a tarifa a partir do somatório da “bandeirada”
(valor inicial) com a tarifa métrica [bandeira 1 (normal) ou 2 (ex. horário noturno/Natal)] ou horária (veiculo
em baixa velocidade ou parado).
Existem três segmentos muito comuns:
Pontos de Taxi – é utilizado o sistema
PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai), ou seja, na ordem de chegada ao
ponto de taxi;
Bandeirada – o motorista procura o cliente
nas ruas, alguns são apelidados de “Jacaré” – na realidade, todos os taxistas
utilizam este sistema quando estão “livres”;
Radio Táxi – é um sistema que tem mostrado
ser social e economicamente mais eficiente, onde os motoristas fazem uma
associação, tipo cooperativa, alugam um ponto, comunicando-se via rádio amador.
A utilização da “corrida” ainda é comum em muitas cidades, onde o preço é ajustado entre o motorista e o passageiro, independente do valor do taxímetro, geralmente, fica bem abaixo do preço normal. A corrida é muito utilizada para levar passageiros para os aeroportos e portos.
Em Manaus, a “corrida” ainda é muito utilizada na parte da noite, quando o movimento é bem menor. Existe também um sistema chamado de “Taxi Lotação”, onde o motorista estipula um destino certo, geralmente um bairro próximo do centro e, cobra um valor mínimo por pessoa, quando uma pessoa sai, outra entra para preencher a lotação (4 pessoas).
Alguns motoristas não se enquadram em nenhuma dos segmentos acima, eles fazem o "ponto" geralmente onde existe um grande afluxo de pessoas, fazendo daquele local a sua parada fixa por longos e longos anos, ficam conhecidos pelos moradores, empresários, empregados e frequentadores da área - conheço três deles, um é o Waldery, ele faz ponto no Bar Caldeira, conhece todos os frequentadores do bar, sabe onde moram e trabalham, conhece até as suas famílias, pois ganhou confiança de todos - o outro é o Jesus, um motora que faz ponto nos bares do Armando e Cinco Estrelas, ele é muito prestativo, inclusive faz até corrida para pagar semanalmente e, por último, o Zé Pagodinho, o cara é bom de papo, sendo também muito prestativo.
A utilização da “corrida” ainda é comum em muitas cidades, onde o preço é ajustado entre o motorista e o passageiro, independente do valor do taxímetro, geralmente, fica bem abaixo do preço normal. A corrida é muito utilizada para levar passageiros para os aeroportos e portos.
Em Manaus, a “corrida” ainda é muito utilizada na parte da noite, quando o movimento é bem menor. Existe também um sistema chamado de “Taxi Lotação”, onde o motorista estipula um destino certo, geralmente um bairro próximo do centro e, cobra um valor mínimo por pessoa, quando uma pessoa sai, outra entra para preencher a lotação (4 pessoas).
Alguns motoristas não se enquadram em nenhuma dos segmentos acima, eles fazem o "ponto" geralmente onde existe um grande afluxo de pessoas, fazendo daquele local a sua parada fixa por longos e longos anos, ficam conhecidos pelos moradores, empresários, empregados e frequentadores da área - conheço três deles, um é o Waldery, ele faz ponto no Bar Caldeira, conhece todos os frequentadores do bar, sabe onde moram e trabalham, conhece até as suas famílias, pois ganhou confiança de todos - o outro é o Jesus, um motora que faz ponto nos bares do Armando e Cinco Estrelas, ele é muito prestativo, inclusive faz até corrida para pagar semanalmente e, por último, o Zé Pagodinho, o cara é bom de papo, sendo também muito prestativo.
Um dos filmes que marcou época chamou-se “Taxi
Diver”, segundo a Wikipédia “Travis Bickle (De Niro) é um jovem de 26 anos frustrado e alienado do
meio-oeste dos Estados Unidos, que alega ter sido recentemente dispensado do Corpo de Fuzileiros Navais. Ele
sofre de insônia e consequentemente arranja um emprego como taxista na cidade
de Nova Iorque,
oferecendo-se para trabalhar no turno da madrugada. Travis passa o seu tempo
livre assistindo a filmes pornográficos em cinemas imundos, dirigindo-se sem
rumo pela periferia de Manhattan.
Também observa Nova York de seu táxi e irrompe com violência contra o que julga
ser a escória que contamina a cidade”.
Um
problema sério que acontece em Manaus e, com certeza, existe em outras cidades,
é o sistema de aluguel de carro de taxi. O número de taxis é limitado pela
Prefeitura de Manaus, sendo assim, quem possui a sua placa utiliza para a sua sobrevivência,
porém, muitos deles trabalha durante o dia e, aluga para quem quer tirar o sustento
à noite, no entanto, existem alguns proprietários que possuem centenas de placas e fazem
disso um comércio milionário, na qual o pobre motorista trabalha no aluguel durante
cinco a dez anos e nunca terá a sua própria placa.
Um taxista ao comprar um
carro novo terá um desconto expressivo, pois o governo brasileiro prorrogou até
31 de dezembro de 2014 a isenção do IPI, bem como, os Estados promoveram a
isenção do ICMS – chega até 30%, por exemplo: um modelo Meriva 1.8 Expression,
bastante utilizado pelos taxistas, custa R$ 33.990 para eles. Já o consumidor
comum paga R$ 46.319. Uma diferença de 26,6%. O Zafira Expression 2.0 custa R$
49.900 com as isenções. Se o taxista tivesse que pagar o preço de tabela, iria
para R$ 59.216, um desconto de 15,7%.
Um bom negócio para quem
tem uma placa, sem falar para aqueles que possuem centenas delas (isto é um
maná!).
Infelizmente, a violência
está avançando numa progressão geométrica e, os taxistas estão sendo vitimados diariamente, o que está levando muitos a abandonarem a profissão ou investirem em
segurança, com a instalação de cabines blindadas e outros equipamentos sofisticados. É o taxi do futuro chegando.Táxi, táxi!
Fonte: Wikipédia
Fonte: Wikipédia
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