Mais um dia festivo se aproxima, o dia do papai, o burro de carga da família, o motora da galera, o pagador das contas e tudo o mais; mais um dia para os comerciantes lavarem a burrinha, pois, no final das contas quem vai pagar tudo é o papai.
Essa invenção do dia dos pais no Brasil foi uma jogada comercial do publicitário Sylvio Bhering, na qual a partir da década de 50 a comemoração é marcada no segundo domingo do mês de agosto.
Antigamente, os pais participavam muito pouco da vida familiar. A função deles era trabalhar muito para sustentar os filhos e a esposa, mas a educação das crianças, a arrumação da casa e todos os outros problemas do lar eram resolvidos pela mãe.
A sociedade foi aos poucos se transformando e, a cada dia, mais mulheres começaram a trabalhar fora e a contribuir com o sustento do lar. Com isso, os homens também começaram a mudar e a dividir as responsabilidades da família com suas esposas. Isso foi muito bom, pois agora os pais estão muito mais próximos de seus filhos, têm mais tempo para ensinar o que sabem e compartilhar os bons momentos com as pessoas que amam.
Os pais de antigamente não recebiam muitos presentes, não havia todo este apelo consumista de agora; alguns recebiam apenas um Bolo, regado com guaraná e sucos; alguns até que recebiam um dos presentes, a seguir: cuecas samba-canção, suspensório, pijamas, toalhas de banho, lenços, carteiras porta cédulas, charutos, pentes Flamengo, sandália de couro, gravatas, loção de colônia, barbeador da Gillette, disco de vinil, rádio a válvulas, etc.
Os pais da atualidade recebem de presente equipamentos de última geração: notebook, tablet, relógios importados, MP 15, HD externo, celulares 20 em 1, roupas de grifes, máquina fotografica digital, Iphone, etc.
O meu paizão resolveu se mudar para o "Condomínio Parque Tarumã", o presente que ele adora receber é a própria presença dos filhos, vou visitá-lo, levarei bastantes flores e farei algumas orações.
No ano passado, o filho de um amigo meu chegou próximo ao velho, na maior cara dura fez o pedido: - Pai me empresta duzentos contos para comprar o teu presente? Ele se fez de mouco: - O quê? Tu não achas que cincoenta é muito, toma trinta e traz o troco! O moleque fez aquela cara de leso e, mandou ver: - Pô, pai! Então o senhor vai ganhar somente um cinto muito! Ai o velho detonou: - Porra, um filho passa nove meses na barriga da mãe e, o resto da vida no “toba” do pai!
Sou agora papai duas vezes (pai-avô), crio a filha da minha filha, tenho bastante motivo para comemorar o meu dia no próximo domingo, vou ter que abrir a carteira, com certeza!
Brincadeiras a parte, mas, se a grana está curta, basta apenas um abraço e um beijo no papai – o presente maior chama-se amor de filho para com o seu pai. É isso ai.
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