sábado, 31 de outubro de 2009

POETATU 4

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O lançamento do livro aconteceu no dia 25 do corrente, no Palacete Provincial, centro antigo de Manaus; a organização foi do poeta/livreiro Celestino Neto (sebo O Alienista, na Praça Heliodoro Balby) e do meu mano poeta Marco Gomes, com apoio cultural da Secretaria de Cultura do Estado do Amazonas e, da ONG Gens da Selva – In Memorian Anibal Beça, Marcos Figueira e Narciso Lobo; com a contribuição poética dos pesos pesados: Almir Graça, Anísio Mello, Carlos Araújo, Castro e Costa, Celestino Neto, Célio Cruz, Eliberto Barroncas, Felipe Wanderley, Henrique Mesquita, José Ribamar Mitoso, Jersey Nazareno, Marcileudo Barros, Marco Gomes, Simão Pessoa, Tenório Telles e Zemaria Pinto.

A capa é uma talha do artista plástico Roberto Cravo, dando forma a um desenho do Hanneman Bacellar (jovem pintor manauense, desaparecido tragicamente); a foto é do nosso lambe-lambe oficial Luiz Souza; o quadro faz parte do acervo da BICA e está exposto no Bar do Armando; a outra fotografia que ilustra o nosso post é do gaiato que vos escreve, mostra em primeiro plano a nossa eterna rainha Petrolina (Petrô para os íntimos) e ao fundo o poeta Frankenstein escrevendo os seus versos com a sua perna de piroca!

O Simão Pessoa, nosso querido poeta e escritor, foi o encarregado de fazer a apresentação do livro: No futuro do pretérito, essa antologia poética feita nas coxas será o livro narrativo mais instigante de 2014. O New York Times informará. Mistura de Win Wenders com Bouvard et Péchuchet, muitas vezes parece Bukowski. Sim, é um livro preguiçoso. Sim, é um livro engraçado, gostoso de ler. Um livro triste, angustiado. Um livro de crônicas. Um livro de poesia. Um livro de filosofia. Um livro de memórias travestido em ficção. Escritura sem afeto. Texto raiva-ternura. Chocante. Lindo. Poetatu. Poesia paca, bicho! Sim, há uma gota de sangue em cada poema. Ao alarme, prefiro o ladrão. Biscoitos finos para a massa. Poetatu já nasceu clássico. E não fosse isso seria aquilo. De leve.

MERCI, BERINHO – Marco Gomes (poeta, fotógrafo)
Bendito é o fruto
do português Manoel Pracinha
(embora vivo... muito vivo)
que em ti baixou.
Obrigado pela devolução
da Praça da Polícia
já estava até pensando
em acionar o MP
pedindo-a de volta.
Juro que dentre essa algazarra toda
de animados artistas
(ou seriam alegres?)
Não existe turma mais folgada
que a dos legítimos donos da praça
reunidos ali no canto.
Pedrosa, Pina, Piauí, Manuel Curupira,
Valério, ou seja, a fina flor
da Turma do Pau-mole
que volta a se concentrar
ou sua Catedral da Fé!
(do bicho, dama, fofoca...)

LIBRE – Jersey Nazareno (poeta, jornalista)

Há algum tempo,
não sei quanto,
Venho-me condenando,
por querer a liberdade.
Há algumas horas,
não sei quantas,
deixo de condenar-me,
por sentir-me livre.
Livre por saber
que sou um condenado
à liberdade.

DEZEMBRO/EPITÁFIO NO CRESPÚSCULO/TEMPO TEMPLO – Eliberto Barroncas (poeta, músico)

O tempo
tem passado ligeiro
já vem
mais um janeiro.

O tempo voa
com suas penas
nas águas do tempo
tudo nada.

Morte do dia
luto da noite
sina
o tempo assina o que ensina.

Isto foi apenas um aperitivo, uma degustação! Quer mais? Então passa um correio eletrônico para
sebo.oalienista@yahoo.com.br – será enviado um exemplar para qualquer cafundó-de-Judas do nosso Brasil, via canoa, batelão, taxi, sedex e até de asa dura, basta somente acertar uma módica contribuição de alguns reais! É isso ai Poetatu!

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