Tenho visitado com certa frequência
a Feira da Manaus Moderna e o Mercado Adolpho Lisboa, no beiradão do Rio Negro –
por lá tenho comprado algumas iguarias típicas da nossa Região Amazônia – uma delas
foi a “Farinha de Peixe”, conhecida pelos manos caboclos pelo nome indígena de “Piracui”
(pira = peixe + cuí = farinha) - motivado pelas dicas dos meus amigos Sebastião
Assante e Paulo Roberto.
Para quem não sabe, essa
farinha é constituída de proteínas e gorduras digeríveis, obtida de restos de
peixes sem interesse comercial (vísceras, cabeças, espinhas e restos dos
peixes), através da cozedura, trituração e secagem (para redução do teor de
água).
Pois bem, comprei 250
gramas, ao preço de cinco reais, somente para provar e aprovar o seu sabor –
segundo o jornalista Sebastião Assante, o bolinho frito de piracui é uma delícia
– o preparo é mais ou menos assim:
Cozinhar
a batata e amassar - numa outra panela, refogar com azeite, alho e cebola,
juntar o piracuí, colocar pimenta a gosto, salsinha e cebolinha e, adicionar a
batata amassada, mexer bem, checar o sal e desligar o fogo. Fazer bolinhos com
a massa, passar no leite, depois nos ovos batidos e finalmente na farinha de
rosca, fritar em óleo quente e escorrer em papel toalha- servir com limão ou
molho de pimenta.
A outra dica foi do meu
amigo Paulo Roberto, um paraense de Santarém, segundo ele, para quem adora uma
cerveja e está com aquela ressaca no dia seguinte, o melhor remédio é o “Caldo-de-Piracuí”,
o seu preparado é assim:
O
preferível é a farinha vinda lá de Santarém (PA), pois o Santareno (mocorongo)
faz somente de Acarí Bodó ou de Tamuatá,
peixes cascudos que fornecem um gosto todo especial.
O preparo é simples, basta colocar água numa panela, com cebola, pimentão, tomate, pimenta de cheiro, cebolinha, coentro, chicória, alfavaca, leito de coco, alguns pingos de limão, azeite, sal a gosto, um pouco de farinha branca para engrossar o caldo e acrescentar o famoso piracuí, deixar ferver e servir ainda quente.
O preparo é simples, basta colocar água numa panela, com cebola, pimentão, tomate, pimenta de cheiro, cebolinha, coentro, chicória, alfavaca, leito de coco, alguns pingos de limão, azeite, sal a gosto, um pouco de farinha branca para engrossar o caldo e acrescentar o famoso piracuí, deixar ferver e servir ainda quente.
Hoje, primeiro de Janeiro, Dia Internacional da Paz, também o dia da maior ressaca do mundo, caiu muito bem o caldo de piracuí! É isso ai.
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