terça-feira, 7 de novembro de 2023

MANAUS - SECOS & MOLHADOS

DIA INTERNACIONAL DA PREGUIÇA

José Rocha

Hoje, sete de novembro, dia considerado mundialmente como "O Dia da Preguiça".

Não é do bicho preguiça, aquele que caminha bem devagarinho e dorme o dia inteiro, mas para o bicho homem comemorar.

Sabemos que a preguiça é condenado pela Bíblia como um dos setes pecados capitais, no entanto, esta data não é para ficar no ócio, mas para o homem moderno desacelerar e desestressar.

Logo hoje que amanheceu chovendo comemorar o dia da preguiça é bom demais.

No entanto, quem ainda trabalha como irá comemorar?

Sem chance de faltar ao trabalho, dormir até mais tarde, dar um cochilo e fazer yôga no trabalho.

Já pensou se um vereador propusesse um projeto de lei para instituir um feriado para o dia da preguiça?

A minha sugestão seria sempre numa segunda-feira, morreria de colar. É ou não é?

Deixando de lado a brincadeira, este dia possui o seu lado positivo, pois serve de reflexão para os estressados e os loucos por trabalho.

É um dia para o cidadão pensar em si mesmo, na sua saúde mental, em valorizar o descanso, o sono, as férias com a família, para passear e curtir a natureza.

Serve, também, para os aposentados estressados: vá caminhar, fazer a academia, curtir os netinhos, viajar, namorar. Vá fazer alguma coisa rapaz!

Eu sou aposentado, mas ainda trabalho e dou trabalho para os outros. Sou ativo, não espero a morte chegar, não!

No próximo ano, talvez, eu pare de uma vez por todas de trabalhar, é claro!

Vou aproveitar para viajar e terminar os meus livros e publica-los no peito e na marra.

Irei me preparar para dar palestras e continuar escrevendo as minhas asneiras até quando for possível.


GUERRA NA SELVA

José Rocha

O exército brasileiro está ensinando técnicas de guerra na selva para  centenas de soldados norte-americanos.

Todos nós sabemos que eles possuem um sede danada de invadir a Amazônia brasileira.

Aqui, num futuro próximo será o último lugar do mundo aonde os humanos poderão encontrar água doce em abundância, além de minérios estratégicos e muita terra para habitar.

Um dia eles voltarão para tomar o que é nosso, pois foram treinados pelos próprios brasileiros a guerrear na selva.

Vai ensinando!


Falta de humildade

José Rocha

É muito difícil eu assistir a um programa de auditório, no entanto, ontem, estava em casa a minha filha com o meu neto que gostam do Ruck da Globo.

Estava passando um quadro em que o camarada que respondesse todas as perguntas poderia ganhar até um milhão de reais.

Pois bem, o rapaz era formado em Harvard e foi o primeiro Negro brasileiro a fazer doutorado em Ciências da Computação, inclusive trabalhava numa Startup em Los Angeles.

O moço respondia a todas as perguntas e até explicava sobre as respostas e não pediu ajuda até então da plateia.

O cara demonstrou ser um gênio e o apresentador não cansava de elogiar o participante.

Na última pergunta para ganhar um milhão de reais, o jovem gênio não sabia a resposta e pediu mesmo a contra gosto ajuda da platéia.

Ele, simplesmente ignorou a ajuda e descartou (talvez achando que o povão é burro) e optou pela resposta errada.

Perdeu um milhão pela falta de humildade e por se achar mais inteligente do que as outras pessoas.

Mesmo assim, o camarada ganhou 300 mil e falou que irá investir nos Estados Unidos.

Pense.

SISTEMA DE TRATAMENTO DE ÁGUAS E ESGOTOS DE MANAUS

José Rocha 

A construção da rede de esgotos de Manaus, no início do século passado (1906), foi colocado nas mãos dos ingleses, através da empresa “multinacional” Manáos Improvements Limited Company, concessionária dos serviços de água e saneamento básico.

O prédio que abriga hoje o Teatro Chaminé, construído em 1910, na Rua Isabel, foi obra da engenharia inglesa e tinha como finalidade servir de estação de tratamento de esgotos da cidade.

Foram construídas galerias de esgotos nas principais vias da cidade, um sistema perfeito e funciona até hoje, apesar de todas as intervenções dos governantes.

No imaginário do povo, conta-se que nas galerias existe uma cobra grande (boiaçu) com o rabo no Roadoway e a cabeça próxima ao Largo de São Sebastião.

Estava indo tudo muito bem, mas a esperteza e a ganância dos gringos aflorou, começaram a cobrar um preço altamente salobro pelo fornecimento do líquido precioso, houve uma gritaria geral, a população resolveu não pagar e, também não deixaram os funcionários da companhia entrar em suas residências para efetuarem os cortes.

A situação virou caso de polícia, a Manáos Improvements pediu o apoio da Polícia Militar para entrar nos domicílios, foram destacados 50 soldados para acompanhar os cortadores de água; não cumpriram as ordens dos superiores, estavam também sofrendo no bolso. 

O povo revoltado depredou os escritórios da companhia inglesa. Os soldados amotinados foram fuzilados por tropas federais.

O caso teve uma grande repercussão nacional; a empresa voltou para a Inglaterra, foi encampada pelo governo estadual, porém, o povo pagou o pato, teve que arcar com o pagamento de pesadas indenizações.

Passados 113 anos ainda encontramos algumas tampas de esgotos no centro de Manaus.

A da foto está bem em frente ao Bar do Armando.

As galerias de esgotos ainda estão sendo utilizadas, além do Teatro Chaminé, uma obra prima da Belle Epoque.


DIA DE TODOS OS SANTOS

José Rocha

Hoje, primeiro de novembro, véspera do Dia dos Finados, comemora-se o Dia de Todos os Santos.

É uma homenagem dos santos e mártires, garantindo que aqueles que não têm uma data própria de festejo não sejam esquecidos.

Eu não sei quantos santos existem. Deve chegar a casa dos milhares.

Aliás, chega a bilhões, pois o homem é considerado santo, também, o famoso "Santinho" assim como é chamado por suas mulheres.

Imaginem a situação: São tantos santos que incluem nesta lista o Santo do Pau Oco, Santo das Causas Perdidas, Santo dos Endividados e São Nunca.

Na Bahia de Todos os Santos existem centenas de igrejas para homenagear cada santo!

Além dos Santos conhecidos que possuem um dia em sua homenagem a igreja católica incluem, também, os não muitos conhecidos pela comunidade católica e os   mártires, tudo junto e misturado no Dia de Todos os Santos.

Existem uns caras que serão considerados santos quando partirem desta para a pior:

Jair Messias

David Almeida

Lula Lá

Omar Kibe do Azize

Bispo Edir Macedo

Apóstolo Renê Terra Nova

Batara Anunciação

Ronaldo Arrancadentes

Estão em processo de canonização:

Amazonino Mente

Gilberto Botinho

Delegado do Diabo

Esses e outros irão engrossar a lista do Dia de Todos os Santos.


Made in Zona Franca de Manaus

José Rocha

Dia e noite somos bombardeados pela imprensa do sudeste e pelos empresários paulistas.

Motivo: inventivos fiscais para a Zona Franca de Manaus, principalmente, destinados ao Pólo Industrial de Manaus.

Uma coisa é certa: praticamente toda a produção de Televisores,  Duas Todas e Ar-condicionados estão aqui instalados.

Com a seca severa os navios de grande calado não puderam chegar até os nossos portos para trazerem insumos e levarem os produtos made in Zona Franca para os grandes centros consumidores do país.

Somando ainda a seca no Canal do Panamá que está dificultando a chegada de insumos vindos da Ásia, piorou ainda mais a situação.

Possivelmente, no final do mês a navegação fique normalizada, quando chegarão os insumos para entrarem nas linhas de produção.

Já imaginaram a quantidade elevada de componentes que ficaram estocados nas fábricas de São Paulo?

É muita coisa! 

Depois de produzidos levarão de 15 a 20 dias para chegarem no Sudeste.

Os produtos de  informática poderão ir de avião ✈️ com custos elevados.

As motocicletas, bicicletas, televisores, ar-condicionados, máquinas de lavar roupas e outros itens pesados somente de navios que levam e trazem em torno de 15 mil contêineres por mês 

O que vai pegar? O consumidor brasileiro poderá ficar sem televisores e ar-condicionado no Natal!

Moral da história: os camaradas que tanto criticaram a ZF-Manaus estão agora sentindo na pele o quanto ela é importante para o Brasil.

Doravante, os críticos do sudeste irão olhar com bons olhos os produtos Made in Zona Franca.


Festa da 🍉 

José Rocha

Hoje, no Jornal da Manhã da Rádio Difusora do Amazonas, ouvi uma "matéria paga" para lá de hilária, para não dizer trágica.

Uma comunidade do município de Iranduba convidou a todos os moradores dos arredores para a comemoração da Festa da Melancia.

Os visitantes não poderão levar bebidas e não serão aceitos pagamentos com PIX.

Bastou o Rio Solimões encher 14 centímetros para o caboclo já fazer festa!

Olha já!

Uma pergunta que não quer calar:

Com essa seca severa e sem um pingo de chuva será possível comprar uma Melancia na festa?

Água Mineral não têm, mas "água que passarinho não bebe" vai ter a vontade.

De barco 🛶 ou de canoa nem pensar, pois o caboclo têm de andar quilômetros a pé pela lama.

Quem é de Manaus têm de levar grana, pois não aceitam débito nem crédito e muito menos PIX!

Isso é uma coisa hilária, povo na miséria, mas fazendo Festa!

Eu, heim.


O fumacê continua aí, gente!

José Rocha

Chora Cavaco!

Iranduba, 

Novo Airão,

Manacapuru,

Autazes,

Todos tocando fogo na mata

E matando a gente sufocada

Isso não é coisa de amadores

São os profissionais da madeira

Madeireiro

Grileiro

Fazendeiro

Fuleiro

Tem na parada muito dinheiro

E não adianta a ação dos Bombeiros

Defesa Civil

Satélites

Muito menos da Polícia 

Depois da destruição

Entra em ação

O gado

As pastagens

Venda de madeiras nobres

Venda de lotes de terras

Os pobres apenas tocam fogo nas folhas caídas e no pequeno roçado

E ainda levam a culpa

São os piabas

Enquanto os Peixes Graúdos

Estão tocando fogo e rindo da nossa cara.


Dando um rolé pels city

José Rocha


Hoje, 24 de outubro, aniversário de 354 anos da nossa cidade, nada mais justo comemorar dando uma caminhada pelo centro antigo.

Por onde passei, com as pessoas com quem falei e pelas serviços e obras que avistei, tudo e tudo foi somente reclamação.

Visti a minha camisa alusiva ao dia (Jornal do Commercio) e sai do meu conforto, pois a Manaus Energia interrompeu o fornecimento em pleno feriado da cidade.

Alguns vizinhos estavam na entrada da Vila Paraíso, olhando os funcionários da empresa mudando o transformador, todos, sem exceção, estavam reclamando: logo hoje!

Caminhei pela Avenida Getúlio Vargas, parei numa banca de revistas que fica em frente ao antigo Sheik Club, o proprietário ainda tinha vários kits do Jornal do Commercio, parece que o povo não está interessado ou sem dinheiro. 

Segui e parei para conversar com o livreiro Geraldo Cambalhota (comprei água e picolé), ele reclamou do prefeito atual que abandonou o centro, esqueceu da Getúlio que está precisando urgentemente de cuidados no canteiro central e nos meio-fios.

Lembrou que o último que fez alguma coisa foi o Manoel Ribeiro (o Pracinha), isso faz muito tempo.

Falou que nunca viu um vereador andando a pé pelo centro, muito menos o Prefeito.

Segui e parei para comprar dois pares de sandálias Havaianas Fanta (lojinha que fica entre dois hotéis da Getúlio).

Segui para o Salão Grajaú (estava fechado), fiquei sentado numa mureta e aguardei a chegada da minha filha Adriana e o meu neto Mateus.

O levei para cortar o cabelo no Salão Barbosa (Naldo, o cara), todos que estavam lá falavam que o centro está feio e abandonado.

Bem do lado do Bar Caldeira (prédio da Santa Casa de Misericórdia) tem um boeiro que faz muitos anos que está entupido e nunca a prefeitura esteve lá para desentupi-lo. 

As águas da última chuva ainda estão alagadas, um foco para insetos da dengue.

Caminhamos  rumo ao Largo de São Sebastião.

Passamos em frente a Casa Museu Eduardo Ribeiro e o neto gostou da réplica da carruagem do governador que fez o Teatro Amazonas.

Para minha surpresa o prédio da antiga agência da CEF está sendo restaurado (um projeto do), no entanto, ao lado pela Eduardo Ribeiro existem dezenas de moradores dormindo na calçada, juro que nunca vi nenhuma assistente social conversando com eles, muito levando-os para abrigos, onde teriam o mínimo de atenção e respeito.

Àqueles um milhão de reais que prefeitura pagou para um DJ se apresentar no Sou Manaus seria o suficiente para criar um abrigo e cuidar de pelo menos uns cem moradores de rua.

Na esquina do Largo com a Eduardo Ribeiro o governo estadual derrubou um belo prédio que era o Centro de Atendimento ao Turista, para fazer outro feio e de mal gosto ao preço de 500 mil reais, um ator que não lembro o seu nome estava estava achando aquilo um horror.

Seguimos pelo Largo e para minha surpresa encontrei o African House sendo restaurado, pena que o dono encerrou o contrato com o Moisés (filho do saudoso Joaquim Melo), para alugar para uma pessoa influente.

Segui pela rua da Calçada Alta, não deu para tira uma foto da Casa do Pimenta, pois tinha muitos carros na frente.

Falei com a Dona Edna (viúva do português Nogueira) ela falou: "Estou viva!", já está bem velinha, chamou o neto de bebê e ele não gostou, não: "Não sou mais bebê, tenho quatro anos!"

Pense.

Entramos na Saldanha Marinho, a minha filha falou: "Que prédio é esse que está abandonado?" respondi que era um Colégio e agora é do Hemoam que nada fez para recupera-lo.

Parei na loja do Ulisses e esposa e apresentei o meu neto, ele fala com todo mundo parecendo um político em busca de votos.

Voltamos a lojinha para trocar as sandálias e compramos picolés no Geraldo Cambalhota, ele ofertou um livro para o meu neto, que o chamou de "meu amiguinho".

Na volta, pela Saldanha fiquei a admirar algumas casas, o A2 que está com uma placa de aluga-se, a casa do Empedocles Antony, uma casa antiga que estão retirando os mosaicos portugueses e uma casa antiga que ficou muito bonita para ser uma loja de bolsas de griffes.

Na Eduardo Ribeiro a infeliz da Manaus Energia estava pelando e não podando as árvores onde os fios passam.

Fizemos algumas compras no DB, tudo caro e verduras de péssima qualidade. 

Não tinha outro por perto, o jeito foi comprar.

Nos despedimos e a minha filha e o meu neto seguiram para o Conjunto dos Jornalistas.

Segui a pé pela Eduardo Ribeiro, tem um prédio antigo da família dos Loureiros que está muito bonito e um outro mais bonito ainda (ao lado) que é um hotel.

Parabéns aos donos.

Parei na Banda da Dona Maria e comprei um bolo de macaxeira para matar a vontade, o Tacacá ainda não estava pronto. Pena.

Conversei com os vizinhos da Tapajós, falei que tinha uma reportagem no jornal de hoje sobre a minha infância e também sobre a Casa Sereno.

Voltei para o meu barraco para me embalar na minha rede  e escrever sobre o meu rolé e  curtir o feriado do aniversário de Manaus.


PELADEIROS DO COLÉGIO ESTADUAL

José Rocha

Jorge Pacífico


Sábado passado estive na Praça da Polícia pela parte da manhã, local aonde a turma da melhor idade se encontra na Rotunda e Café do Pina para jogar dominó e ouvir músicas das antigas.


Por lá encontrei o Jorge Pacífico, morador da Vila Ventania, na Rua Major Gabriel.


Ele era boleiro do Colégio Estadual e relatou uma parada: 


Certa vez, chegou por lá um senhor e pediu para falar com ele, o Osmar Ceroto e o Edson Trombada, falou que era empresário de futebol e queria leva-los para jogarem no time Fluminense.


Eles ficaram empolgados, pois eram os melhores jogadores e que seria uma felicidade jogar no Fluminense do Rio de Janeiro.

Por serem menores de idade precisavam da autorização dos pais.

Depois de tudo acertado ficaram sabendo que o time era o Fluminense de Santarém do Pará.

Égua! Aí foi prá acabar.

Pedi a ele que informasse os nomes dos Peladeiros do Estadual:

"Virgílio, Osmar Bode, Dário, Chico Lasmar, Osmar Cerôto, Édson Trombada, Mauro Índio, Luizinho, Jorginho e Gilmar Maia (Carioca), Dorval e Willard Vieira, Afonso Toscano, Albany Mota, Carlinhos Amato, Edivaldo, Mug, Giordane, Jorginho Pacífico, Augusto Pacú, Herbert, Robertinho Rabêlo, Roberto e Ramayana Henriques, Valdemir, Tadeu e Gilberto Cordeiro, Júlio Papagaio, Clodoaldo Bode, Sapo, Leal, Barroso, Marcílio, Betinho Cabral, Betinho Garcia, Raniere, Lauro e Afonso Goiaba, Sabará, Orlando Vovô, Aloísio Gatinho, Severino e Carlinhos Assis, Nílton Nakamura, Zé Ricardo Trindade, Olavo, Fernando Carcaça e Fernando Carcacinha, Ítalo, Toinho, Alfredo, Augusto Cacareco. Goleiros: Jorge Tapioca, Moisés, Leandro Lobão,  Germano Pipa, Paulo Jaú, Alberci, Dr. Gonzaga e muitos outros craques! 

E tinha o time dos Professores comandados pelo Diretor Maneca: Felício, Maurício Lourenço, Júnior, Reinaldo Thompson, Calderaro e outros mais. O Estadual foi um celeiro de craques, nas peladas de sábado dava uns 10 times, e só acabava quando o finado Senhor Henrique que morava lá dentro do Colégio ameaçava furar a bola e aparecia lombrado com o revólver em punho, aí era nêgo na correria varando pelas grades e atravessando para a Praça da Polícia! 

Bons tem Rochinha, Esqueci do grande goleiro do Igarapé de Manaus Divaldo Jacaré, Judico, Rubinho, Tico e Chiquinho Prego".

Tempos bons, né?

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