Marco Gomes, amazonense, escritor
escorpiano como Garrincha, uns dos criadores do Movimento Poetatu, poeta e livre
pensador – é assim que se define na contracapa do seu livro “Agora eu Conto...
retalhos do rebotalho”, lançado,
recentemente, no Bar Galvez e Bar do Armando, em Manaus.
O livro, em suas páginas
iniciais, faz uma homenagem aos amigos que já faleceram.
“In memoriam ao jornalista caboco
Orlando Farias, patrão e amigo. Poeta Marceleudo Barros, parceiro de sonhos. Ao
meu amigo Rogelio Casado. Meu querido poeta e jornalista Inácio Oliveira, cúmplice
de carne e fantasia. Meu primo Jornalista Deocleciano Bentes de Souza,
Presidente perpétuo da BICA. Meninos que partiram para a Terra do Nunca –
Eternas saudades”.
A palavra Rebotalho tem um
sentido pejorativo, significando ralé, refugo, restos – no entanto, o autor
reitera que a palavra funciona como recurso poético que além da liga, dá a rima
para Retalhos.
O autor é poeta, no entanto,
afirma que a poesia tirou o clima da rima, preferindo, agora, busca o dedo de
prosa, através de Contos e Crônicas.
O livro contem 23 Contos,
iniciando com uma homenagem ao seu saudoso amigo Alvimar de Souza Arantes,
conhecido como “Asa”.
Fez, também, uma bela homenagem
ao empresário José Azevedo, um português que veio ainda muito jovem para
Manaus, onde construiu um império comercial, o Grupo TV Lar – foi um grande
empreendedor; católico devoto ajudou muito nas obras das igrejas da nossa
cidade.
O Marco Gomes é um anarquista
assumido, não tem “papas na língua” (sem rodear, diz tudo o que sabe e pensa), fala e
escreve palavrão sem a menor cerimonia, tudo de uma forma irreverente e
engraçada.
Uma das passagens do livro:
No final da década de oitenta, escreveu uns
poemas (Apocalipse) para um concurso promovido pela Editora Shogum, da carioca
Regina Oiticica, da esposa do famoso escritor Paulo Coelho – foi vencedor do concurso,
sendo convidado para receber o premio na cidade do Rio de Janeiro.
Desprovido de proventos, foi ajudado pelos
amigos para viagem e estada no Rio. Foi barrado no baile, pois o convite exigia
o traje Passeio Elegante. Foi duro com o porteiro:
- Bem, a passeio eu estou, pois deixei Manaus e
a elegância eu a trago do berço! - argumentou
- O senhor pode ser elegante, mas de jeans e
casaco aqui na entra – berrou o porteiro.
- Porra que dizer que eu ganhei a merda deste
concurso, vim lá da casa do caralho e vou ser barrado nesse clube chinfrim! –
detonando o porteiro.
Foi salvo pela anfitriã, a Cristina Oiticica –
foi levado direto para a mesa onde se encontrava o famoso Paulo Coelho – depois
de terem tomado vários scotch, o Paulo o intimou:
- Daqui a pouco, quando a Sonia chamar, você sobe
no palco e declama teu poema.
- Eu não vou subir ao palco, muito menos
declamar minha poesia.
- Como não, e por quê?
- É que eu não sei de cor!
- Que merda de poeta é você que não lembra da própria
poesia?
Para saber da resposta do Marco Gomes ao Paulo
Coelho, tem de comprar e ler o livro “tintim por tintim” (com
todas as minúcias e particularidades).
O Marco Gomes é um dos diretores da banda
mais irreverente de Manaus, a Banda Independente do Armando – BICA, onde
promoveu vários shows musicais.
Recentemente, passou por uma delicada
cirurgia da próstata, pois foi diagnosticado com câncer.
Mesmo em fase de recuperação, buscou elevar a
sua autoestima - o que levou a publicar o seu primeiro livro; voltar a escrever
na mídias sociais, além de entrar pesado no lançamento do seu diário eletrônico "BLOGDOMARCOGOMES”, no endereço www.blogdomarcogomes.blogspot.com, em organização.
Para todos aqueles que desejarem colaborar
com o Marco Gomes, adquirindo o seu livro, ao preço de trinta reais, basta
entrar em contato através do Email: marcoantoniodacostagomes@gmail.com ou pelo Celular: (92) 99314-8887.
É isso ai
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