Trabalhei numa empresa comercial, conhecidíssima em nossa cidade – como estamos em plena semana de confraternização entre colegas de trabalho, lembrei-me dela e de um fato engraçado acontecido entre alguns funcionários.
Para confraternização de final de ano, o pessoal do depósito resolveu fazer uma cota entre eles, para detonarem um rodizio de carne, no Gaúcho´s Churrascaria, na Rua Teresina (bairro de Adrianópolis).
Acertaram os detalhes: ficar de jejum vinte e quatro horas; começar a comilança quando estiver verde de fome; evitar água, refrigerantes e cervejas, para não tomar espaço no bucho.
A turma era formada pelas seguintes figuras: Buxão, Zolhão, Negão, Fome Zero e mais dois “Acaba Rancho”.
Inicialmente, atacaram o balcão onde fica o buffet com saladas, pratos frios e quentes, massas, arroz, entre outros – essa é uma estratégia utilizada pelos donos de churrascaria para pegar os lesos, que enchem o prato, sobrando pouco espaço para o prato principal, a proteína (mais cara).
Os meus colegas detonaram uma travessa de saladas e outra de maionese, inteirinhas – o garçom deu uma olhada e começou a ficar surpreso – o bicho ia pegar!
Dizem que em restaurantes são apelidados carinhosamente de “Ogros”, aqueles que evitam distrações como buffet, comida japonesa e sobremesa, regulam a bebida, concentram-se na carne, fazem amizade com o garçom e só deixam o rodízio com a certeza de que não sobrou espaço nem para um pãozinho de alho.
Imaginem a situação, chegando ininterruptamente cerca de vinte a trinta tipos de carne, prontinhos à mesa, um atrás do outro – os ditos civilizados, que seguem as regras de etiqueta, escolhem um único tipo de entrada, comem somente até estarem satisfeitos e guardam um espacinho para a sobremesa.
A rapaziada detonou foi tudo – o papo era bem assim entre os garçons e a turma:
- Linguiça?
- Arrebenta!
- Picanha?
- Poe no toco!
- Alcatra?
- Ajumenta!
- Filé-mignon?
- Bota tudo!
- Lombinho?
- Poe tudo!
- Picanha Suína?
- Poe sem pena!
Por ai vai, não liberaram nada – comeram tudo até lamber os beiços!
No final, o gaúcho, dono do estabelecimento foi avisado pelo maitre (chefe dos garçons), foram os dois olhar aquele grupo de comilões, pois pegaram um baita de prejuízo!
Tempos bons das confraternizações entre meus ex-colegas de trabalho!
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