O luthier Rubens Gomes
veio para Manaus com a missão de fazer oficinas de lutheria no Centro de Artes
da Universidade Federal do Amazonas (CAUA) e, certa vez, fez uma visita ao meu
pai, o luthier Rochinha, os dois tornaram-se grandes amigos, afinal, militavam
na mesma profissão de confecção de instrumentos de cordas – no entanto, quando
se conheceram, o Rochinha já estava doente e não podia mais trabalhar - o
Rubens fez questão de fazer uma reforma no último violão do grande mestre e,
este fez uma visita a Escola de Lutheria do Amazonas (OELA), poucos anos antes
de falecer.
No meu velho automóvel da
marca Santana/VW acomodei o meu pai e a sua cadeira de rodas (ele teve um AVC e estava com sequelas), fomos até o
bairro do Japiim, onde já estava nos esperando o repórter fotógrafico Robervaldo
Zezinho e, rumamos para o bairro Zumbi II.
Era um sábado de manhã, o
Rubens convocou todos os estudantes da sua OELA para receberem a visita do respeitado luthier Rochinha – foi uma troca valiosa de informações, com o mestre sendo
reverenciado pelos jovens iniciantes na arte da luteria.
Segundo
o sitio da OELA www.oela.org.br
“Desde
1998, a OELA promove aos adolescentes, jovens e a comunidade da zona leste de
Manaus, bairro Zumbi II, o sonho de transformar vidas, incentivando a cidadania
e construindo ideias sustentáveis. Nos seus 15 anos de existência, a OELA
desenvolve ações voltadas para a educação profissionalizante, respeitando os
princípios da utilização racional e sustentável dos recursos naturais da
região, contribuindo para a formulação de políticas públicas que atendam aos
direitos e necessidades dos povos da Amazônia”.
Depois do encontro na
OELA, fomos almoçar um “galeto assado” e tomar algumas geladas – dias depois, o
Rochinha passou mal, teve que operar da próstata, vinda a faleceu alguns anos
depois.
Esta postagem é dedicada a
luthier Rubens Gomes, aos jovens estudantes da OELA e ao mestre Rochinha. É
isso ai.
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