Os meus amigos Ademir Ramos
e Paulo Onofre, coordenadores do “Projeto Jaraqui” (um movimento popular, realizado
todos os sábados na Rotunda, da Praça da Polícia, que tem como bandeira a
“Limpeza Ética na Política”), resolveram fazer uma feijoada, com a finalidade
de arrecadar fundos para cobrir as despesas com o referido projeto.
O local escolhido foi a “Casa do Trabalhador do Amazonas (CTA)”, situado na Rua Marcílio Dias, 256, centro antigo de Manaus, uma instituição que tem como lema a “Paz, Trabalho, Pão e Liberdade”.
O local escolhido foi a “Casa do Trabalhador do Amazonas (CTA)”, situado na Rua Marcílio Dias, 256, centro antigo de Manaus, uma instituição que tem como lema a “Paz, Trabalho, Pão e Liberdade”.
Foi tudo do bom e do
melhor, pois a feijoada estava supimpa, sendo elogiada por todos os
participantes, além da música da melhor qualidade do Lúcio Bahia & Amigos
(Sacy da Pareca, Sandro e Giba) – todos estavam alegres e descontraídos, com
muitas pessoas se reencontrando e, lembrando-se dos velhos tempos da ditadura, onde
se reuniam naquele casarão antigo, para lutar contra aquele regime autoritário.
Tive a oportunidade de
conversar com o Senhor José Ferreira Lima, um trabalhador que fez história
naquele lugar, pois foram cinquenta anos trabalhando na CTA, sendo presidente
por diversas vezes, chegando até a se aposentar na condição de Juiz Classista –
o seu nome aparece numa placa de metal, datada de 1987 (o ano da reconstrução
daquela sede), ele mora, atualmente, em Porto Velho e, veio a Manaus, somente para
colaborar com as novas eleições que acontecerá em Agosto vindouro.
Ouvimos atentamente os
discursos descontraídos do Ademir Ramos (antropólogo e coordenador do Núcleo de
Cultura Política do Amazonas), Luiz Castro (Deputado Estadual pelo PPS) e do
Abel Alves (presidente do PSOL em Tefé).
Ficou acertado entre todos
que, haverá feijoada três vezes ao mês, bem como, será feita, na próxima piracema,
o primeiro “Festival do Jaraqui Frito de Manaus” e a instituição da “Banda do
Jaraqui”, nos moldes da Banda da Bica (somente com marchinhas de carnaval).
O que mais me chamou a
atenção foi o estado em que se encontra aquele casarão histórico - está
abandonado pelo poder público, apesar dele fazer parte da história de luta da nossa
classe trabalhadora, além de servir, atualmente, como abrigo para dezenas de
sindicatos, federações, comissões e associações dos trabalhadores do nosso
querido Estado do Amazonas.
No portão de ferro, na
entrada principal, consta o ano de 1885, com as iniciais “J A F”, deve ter sido uma residência de algum barão da borracha – encontrei também uma placa de
mármore, onde consta o seguinte: “1953 –
1954 – Escola de Alfabetização de Adultos Des. Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro
– homenagem da Casa do Trabalhador” – este senhor é o saudoso avô do
diplomata Arthur Virgílio Neto (candidato atual a prefeitura de Manaus).
Divulgarei, brevemente, as
datas das próximas feijoadas – todos devem prestigiar este evento, pois além de
ajudar ao “Projeto Jaraqui”, o povo de Manaus irá conhecer uma pouco mais sobre
a “Casa do Trabalhador do Amazonas” e, lutar pela sua revitalização. É isso ai.
Fotografias: J Martins Rocha
1. Feijoada na Casa do Trabalhador;
2. Giba, Sandro, Bahia e Sacy;
3. Amercir Souza, José Lima, Ademir Ramos e Assis Pinto;
4. Portão da Casa do Trabalhador.
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