O Luso Sporting Club, uma agremiação luso-brasileira, sediada
em Manaus, capital do Estado do Amazonas, aclamou, por unanimidade de seus membros,
o senhor Flávio do Nascimento Grillo Filho, para dirigir os destinos da agremiação a
partir de março de 2020.
A comunidade luso-brasileira sediada em Manaus desejou as
boas-vidas ao ilustre empresário Grillo Filho: “Parabéns a nova diretoria do Luso e em especial ao presidente Grillo que está tendo a oportunidade de marcar
seu nome e sua gestão com trabalhos que venha acrescentar a todos pelo os que
lhe antecederam. Parabéns também pela equipe formada e que lhe dará sustentação
nos seus atos”.
Os manauaras, brasileiros e
portugueses em geral devem conhecer um pouco sobre o Luso Sporting Clube e o seu
novo presidente.
O Luso Sporting Club é uma agremiação de portugueses,
fundada em 1912, localizada na esquina das ruas
Monsenhor Coutinho e Tapajós, centro antigo de Manaus. Um bonito casarão
remanescente da Belle Époque. Pertencia ao seu fundador, o comerciante
português Francisco Gomes Rodrigues (segundo os historiadores, foi destruído
por um grande incêndio e, o atual, foi reconstruído em 1936).
Era de caráter desportivo, disputando o futebol amador
manauara, no Parque Amazonense, encerrando a sua participação futebolística em
1934, passando doravante, a exercer somente atividades sociais para os
portugueses radicados em Manaus.
Em 1917, iniciou uma atividade teatral, conhecidas como “As
Pastorinhas do Luso”, uma encenação representando o Auto do Natal, iniciava em
dezembro e ia até março do ano seguinte.
No início da minha adolescência, fui morar na Baixada da
Vila Paraíso, entre a Avenida Getúlio Vargas e Rua Tapajós, onde tive
a oportunidade de frequentar, regularmente, o Teatro Amazonas, Teatro Juvenil e
Luso Club.
Não tinha a menor vocação para a encenação teatral, mas,
fazia parte dos bastidores das “Pastorinhas do Luso”, na qualidade de ajudante
do “Cão do Luso”, fazendo um trabalho pesado, apesar de ser franzino.
Ajudava na alavanca que impulsionava os capetas na saída de
alçapão para entrarem em cena. Além de colaborar com o enchimento de um
cachimbão com pólvoras, onde eram jogados labaredas (língua de fogo) e, também,
batendo nos pratos de bateria. Era o momento mágico e aterrorizante para o
público infantil, que se assustava e se abraçava fortemente nos braços de seus
pais.
Segundo o livro “Manaus (1944-1968). Selda Vale da
Costa e Ediney Azancoth. – Manaus: Editora Valer/Governo do Amazonas, 2001”, em
agosto de 1917 o Teatro do Luso já apresentava as famosas “Pastorinhas”,
inclusive, construíram uma escola chamada “João de Deus”, onde era formada a
maioria dos artistas.
Um Folheto Informativo denominado “Movimento Luso 2000,
lançado em 1997”, publicado no citado livro, fazia o seguinte comentário:
"As Pastorinhas, ou Auto do Natal, do Luso, tomava conta do sentimento da cidade. Não havia uma só família que não levasse suas crianças para assistirem ao espetáculo. O anúncio das Pastorinhas era feito pelas próprias personagens que desfilavam pela pacata cidade em cima de um velho caminhão, todo enfeitado, como se fora um palco. As batidas dos pratos de metal despertavam atenção e alvoraçaram a população, mas a personagem que mais se destacava era Lúcifer. O famoso Cão do Luso, todo vermelho, com enorme garfo preto, fez muita criança correr em disparada buscando abrigo no colo dos adultos. Metia medo e sedução”.
"As Pastorinhas, ou Auto do Natal, do Luso, tomava conta do sentimento da cidade. Não havia uma só família que não levasse suas crianças para assistirem ao espetáculo. O anúncio das Pastorinhas era feito pelas próprias personagens que desfilavam pela pacata cidade em cima de um velho caminhão, todo enfeitado, como se fora um palco. As batidas dos pratos de metal despertavam atenção e alvoraçaram a população, mas a personagem que mais se destacava era Lúcifer. O famoso Cão do Luso, todo vermelho, com enorme garfo preto, fez muita criança correr em disparada buscando abrigo no colo dos adultos. Metia medo e sedução”.
Conheci o Senhor Grillo faz seis anos, tornamos amigos,
gostamos de conversar sobre a nossa Manaus de outrora. Certa vez fiz uma postagem
neste espaço contanto um pouco sobre a sua história: “Tenho um amigo, ele é
coronel militar da reserva do exército brasileiro - apesar da sua formação rígida
na corporação, possui um alto astral, gozador nato e uma gargalhada peculiar. As
vezes grita, empoe a hierarquia e a voz de comando como ainda estivesse na
caserna. Selva, guerreiro! É, às vezes, um ranzinza, pois, possui o sangue
lusitano, o que lhe trouxe incompreensões por parte de algumas pessoas. No
fundo, possui um coração bom, amigo e compreensivo, chegando até a lacrimejar
quando fica emotivo. Não leva e, jamais levará desaforos para casa. Quando
alguém pisa nos seus calos, fala e descarrega na hora o que pensa e sente. Não
deixa para amanhã o que pode fazer agora. Vive o presente, com base no passado
e pensamento no futuro. Ralou feito um desgraçado, tentou de tudo para se firmar
em nossa terra. Nunca desistiu e, jamais, desistirá! Foi e, será, para sempre,
um persistente! Comeu o pão que o diabo amassou, sendo um dos pioneiros, junto
com os seus patrícios, na produção e comercialização de telhas e produtos de
panificação. Foi Tenente R/2, recebendo várias medalhas e condecorações pôr sua
bravura, destreza e cumpridor de sucesso de qualquer missão que lhe fosse
determinado pelos seus superiores. Exerceu atividades administrativas de
direção em empresas públicas, privadas, multinacionais e no executivo
municipal. Hoje, mesmo aposentado, toca a sua distribuidora de alimentos, em
parceria com o filho e a nora. É um empresário de sucesso! Foi locutor
esportivo na Rádio Difusora do Amazonas. Continua no rádio, na qualidade de
sócio minoritário de uma rádio que só toca flashback. Foi um dos primeiros
moradores do Conjunto Santos Dumont, onde é líder comunitário. Deu a sua
contribuição efetiva para a cultura da nossa cidade, onde será sempre lembrado.
A Fundação Villa Lobos que o diga! Os seus antepassados ficaram na história
pelo empreendedorismo, em Manaus e Iranduba. Sua família foi pioneira em
olarias, contribuindo para o progresso da nossa cidade, desde o inicio do
século vinte, na Belle Époque. Essa história está no Museu do Porto, em
Manaus, infelizmente, fechado pelos insensíveis administradores do Roadway.
A sua vida e da sua família vai ser contada em um livro, num futuro bem
próximo. O seu sangue lusitano de lutador, guerreiro e descobridor de novos
mares, jamais o deixará de ser um empreendedor e temente a um ser superior
(Deus), transmitindo esses conceitos e crenças para os seus filhos e netos. Os
seus filhos são empreendedores e doutores na área jurídica. Voltou a amar a
vida, juntamente com a sua bela e amada esposa Marfisa, com o nascimento do seu
primeiro netinho, um portuguesinho manauara, inteligentíssimo que levará para o
futuro o nome e a garra da sua família lusitana. Tem um mote: "Rapadura
é doce, mas, não é mole, não!".
Ele declarou recentemente a imprensa: “O Luso tem uma
belíssima história, em parte preservada em nosso museu. Fundado como clube de
futebol por doze portugueses, ao longo dos anos ofereceu a sociedade atividades
artísticas, culturais e abrigou uma escola regular. Ao urdir o nosso presente,
agradecendo a parceria com o grupo TV Lar e refrigerantes Magistral, estamos
compondo uma agenda cultural ao nosso Luso para servir a comunidade amazonense.
Queremos cada vez nos misturar mais para nos sentirmos tanto portugueses como
amazônidas”.
Em conversa comigo declarou as suas principais metas junto a
direção Luso:
1.
Voltar a cores originais da parte externa do
Luso. Para tanto acionará o seu departamento jurídico para por fim a uma antiga pendenga
jurídica envolvendo a Faculdade UNINORTE e o seu antigo dono, o Waldery Areosa
Ferreira, que determinou a pintura externa do prédio do Luso, na época em que
foi alugada para a referida faculdade, contrariando a todos a tudo, sem interferência
do IPHAN, pois pintar pedra não é recomendado, muito menos de um prédio
histórico e tombado pelo patrimônio publico;
2.
Reverter junto a Prefeitura de Manaus a cobrança
indevida dos valores astronômicos do IPTU cobrando da Sede Campestre, situado
na Quilômetro Dois, da Estrada BR-174, onde se localiza a Sede Campestre do
Luso Sporting Club. Por determinação de antigo prefeito, o local foi considerado o
valor venal como fosse um imóvel de luxo da Ponta Negra, por estar dentro do perímetro do
bairro do Tarumã. Antigamente era considerado da área rural;
3.
Buscar parceria junto ao Governo do Estado do
Amazonas, para que o “Programa Carrossel da Saudade” seja apresentado na quadra
do Luso Sporting Club, no centro de Manaus. É desejo do presidente em reativar
a parte social do clube, com a utilização do belíssimo salão de festas, para
voltar os grandes bailes e encontros da comunidade luso-brasileira, além da
volta das “Pastorinhas do Luso”;
4.
Reabrir o “Museu do Luso”, incentivando o acesso aos
estudantes, historiadores e a comunidade em geral.
A nova Diretoria Administrativa do LUSO eleitos para o
Biênio 2020/2022:
CONSELHO DELIBERATIVO
Presidente: Guilherme Garcia D’ Almeida
Vice-Presidente: José de Souza Leite
1º Secretário: Antônio Maria dos S. Silva Azevedo
2º Secretário: Rusbeval Neves Lobo
DIRETORIA
Presidente: Flávio do Nascimento Grillo Filho
Vice-Presidente: Johnny Yuma Azevedo Amazonas
Diretor Secretário: Antônio Humberto de Matos Figueiredo
Diretor Tesoureiro: Flávio Vilhena Gonçalo da Silva
Diretor Social: José Maria dos Santos Silva Azevedo
Diretor Patrimônio: Vitor Vilhena Gonçalo da Silva
Diretor Artístico Cultural: Antônio Augusto Rocha de Souza
Leite
Diretor Assuntos Internos: Francisco Rodrigues Lobo
Diretor de Esportes: Antônio Carlos Oliveira Alves Magalhães
Dir. Rel. Públicas e Publicidade: Sócrates Bomfim Neto
ADJUNTOS
Alcides Guedes Lemos
Antônio Martins
Carlos Antônio Teixeira Bento
Ivan Lúcio Pires Pinheiro
Ivone Rocha de Souza Leite
Jose Augusto Rocha de Souza Leite
Rafael Lúcio Reis Pinheiro
Raul Peixoto de Oliveira
Vera Lúcia Pires Pinheiro
Victor Pereira dos Reis
CONSELHO FISCAL
MEMBROS EFETIVOS MEMBROS SUPLENTES
1º Lúcio Flávio Vilhena da Silva 1º José Fonseca Moura
2º Antônio Dias da Costa Neto 2º José Elísio da Costa
Rodrigues
3º Eduardo Manarte Gonçalo 3º Simão Marques Gomes
Parabéns ao Senhor Flávio do Nascimento Grillo Filho e a sua nova diretoria. Sucesso. Selva!
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