Sou de tempos idos, nunca
esquecidos, da época da máquina de escrever, da calculadora manual, do papel
almaço e carbono, também dos slides e estêncis, além da “Enciclopédia Barsa” e
do monstro computador IBM/3, porém,
não tinha o hábito de escrever - um mister recente, por forças do “BLOGDOROCHA,” aonde utilizo de todos os
recursos tecnológicos disponíveis (ficando refém) – de repente, resolvi tentar
escrever “a moda antiga”, sem um computador e a internet.
Imaginem a situação: sem
um editor de textos, com o corretor ortográfico; plugado na internet e nada de fazer consultas
no sitio do “Google” e nas “redes sociais”, onde é possível tirar dúvidas com os
amigos virtuais.
Pois bem, fui à luta: peguei
folhas de papel A4, lápis no. 2, borracha de apagar, apontador (apara-lápis das
antigas), um empoeirado minidicionário Houaiss, contando, também, com a minha
pouca inspiração e, muito, transpiração, para tentar escrever alguma coisa para
o nosso blog.
Na realidade, escrevo de
forma amadora, pois não tenho compromisso com ninguém para publicar as minhas postagens,
pois tudo ocorre de forma espontânea e inspiradora.
Ao levar a frente essa
empreitada, senti que alguma coisa estava faltando, pois o meu sentido da visão
é o mais aguçado - preciso olhar imagens distintas, assistir a filmes e documentários,
ler livros, enfim, necessito captar através da retina, para uma parte do meu cérebro
disparar o poder da imaginação para escrever.
Fiquei a pensar sobre os
grandes cientistas, escritores e pensadores de antigamente – eles faziam as
suas experiências com equipamentos rudimentares e, com apenas uma pena, um
tinteiro e uma vela, deixaram um vasto conhecimento para a posterioridade, o
qual é impossível cursar, na atualidade, os primeiros anos da faculdade, sem
estudar esses visionários.
O tempo foi passando e,
fui escrevendo, mesmo sem inspiração. Voltando ao assunto, mas, qual assunto?
Lembrei: escrever sem utilizar o computador e a internet!
O lance foi o seguinte:
tive a maior dificuldade em entender o meu próprio manuscrito, por ter o hábito
de escrever somente em um editor de textos de um computador - terei de fazer,
urgentemente, um curso de caligrafia (será
que ainda existe por ai?). Sei lá!
Outra coisa: a tecnologia
venceu, pois tive que reescrever o que estava no papel A4, para um editor
de textos - fazer a correção “online” de algumas palavras, consultar o “Google”,
alem de entrar no “Blogspot”,
utilizando, é claro, o computador e a internet! Eu, hein! Sem chance!
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