Domingo, 11 de Agosto de
2013, comemoração do “Dia dos Pais”, nada melhor do que passear no calçadão da
praia com os filhos e netos – num dado momento voltei ao passado, entrei no
túnel do tempo e, parei em meados da década de 1960 – estava ali com o meu pai
- ele papeando com os amigos e detonando uns “gorós” e, eu um curumim, correndo
e pulando dentro da água gostosa do Rio Negro – era tudo de bom.
Depois de muita onda (ou
marola) na praia, íamos “forrar o bucho” no restaurante de palha que pertencia
ao Senhor Milton, um negão que mandava e desmandava na praia, botava moral em
que se atrevesse a vender bebidas ou qualquer tipo de alimentos, ele reinava
absoluto (se achava o dono praia, pode!) – era brabo, mas, era amigo do papai
e, nos tratava muito bem e servia um jaraqui com baião de dois da melhor
qualidade.
Ao completar dezoito anos,
comecei a frequentar a praia, sozinho ou em companhia dos meus amigos – a onda
era botar pra cima da mulherada, jogar voleibol e pelada, tocar violão, cantar
e tomar uma batida de “Leite de Tigre” ou o manjado “Cuba Libre”.
Passar o réveillon na
praia era obrigatório para a rapaziada, eu não perdia um – ficava amanhecido,
saindo de lá apenas quando o Sol estava a pino – voltava para casa todo sujo,
com arreia até na tampa, ressaca braba e com aquela cara de anteontem – pelo
menos nesse dia eu não levava bronca do meu velho, pois era ano novo, o dia da
paz mundial e, ele, respeitava - bom pra mim, é claro!
Certa vez, logo ao chegar à
praia, sai corrente em disparada e dei “salto mortal”, dei com a cabeça numa
pedra submersa, abrindo um rombo no meu couro cabeludo – fui colocado dentro de
um taxi, passei em casa, peguei grana e fui para o Pronto Socorro do Hospital
de Santa Casa de Misericórdia, perdi a conta de quantos pontos eu levei –
fiquei de molho por uns seis meses, depois, comecei tudo de novo! Eu, hein!
Tempo depois, comprei um
fusca de placa ZD-1307, safra 1975, era “inteirão” e, tudo mudou a partir de
então - foi muito onda, mano, pense! Ai se meu fusca falasse! A pedida era
passar a noite na “Prainha” (no início da Praia da Ponta Negra) com as gatinhas
tipo “Caboca Gasolina”.
Comecei a namorar para
casar, todos os finais de semana estava na praia com a amada, numa dessas,
avancei o sinal e, tive que casar as pressas, pois a mulher embuchou – acabou a
moleza e as ondas na Praia de Ponta Negra! Sem chance!
Pois é, mano velho, o
tempo passou rapidinho, acordei e voltei ao presente - o meu filho mais velho,
o Alexandre já está com 32 anos, a Adriana com 31 e, nos Dias dos Pais, reunimos
com os meus netos, o Victor, de três anos, a Duda, que vai fazer 4, no dia 7 de
Setembro (Dia da Pátria), para curtirmos em novo estilo, as três gerações de
manauaras, na nossa Praia da Ponta Negra! É isso ai.
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