O Senador Fábio Lucena é considerado o top, o melhor senador amazonense, o mais polêmico, o orador nato, o melhor amigo do reino da Escócia, o campeão de votos, além de ser o mais perseguido pela ditadura.
Nasceu em Manaus, no Amazonas, no dia 11 de julho de 1940, foi registrado como Fábio Pereira de Lucena Bittencout, filho de Antônio de Lucena Bittencout e Otília Pereira Bittencout, faleceu no dia 14 de junho de 1987.
Foi bancário e jornalista, exerceu a vereança de 1973 a 1983 e senador da república no período de 1983 a 1987. Escreveu: - Angústia Amazônica/ O Campeão das cassações : Jarbas Passarinho foi o ministro que mais assinou decretos de cassação durante a fade do AI-5/ Desacato do STM ao STF/ Defesa da Zona Franca de Manaus/ Deus e a constituição/ Explosão do Riocentro - Fraudes e mentiras oficiais/ Hediondos fabricantes de inflação/. Todos os trabalhos citados, foram publicados pelo Centro Gráfico do Senado Federal.
O homem era realmente um campeão de votos, para se ter uma idéia o quanto era querido e admirado no Amazonas, foi eleito em 1982, concorreu novamente à eleição de Senador, em 1986, sendo novamente eleito, foi diplomado e assumiu este mandado, renuncinando o mandato de 1982, com a vaga aberta o Sr. Leopoldo Peres, assumiu o Senado. Alguns meses depois o Senador Fabio Lucena cometeu suicídio, deixando vago também o mandato de 86, assumido pelo seu suplente o Sr. Áureo Mello.
O político Mário Frota, conseguia ganhar todas as eleições que disputava no passado, era conhecido como “filho político” do Senador Fábio Lucena; atualmente é edil, e, se considera como uma espécie de “herdeiro” do saudoso senador.
Dizem que o homem era chegado a um malte escorces, tinha o hábito de passar o tempo, nos aviões, com um copo de uísque nas mãos – talvez para disfarçar o medo de voar. Em 1984, estava num comício em Belém (PA) com o Tancredo Neves, quando um repórter perguntou:- Senador, quantas horas são mesmo de avião entre Brasília e Manaus?- Quantas horas, eu não sei. Só sei que são cinco doses de uísque.
Na ditadura (1964/1986), considerado o período negro da história brasileira, o senador deu muita dor de cabeça para os militares; foi processado diversas vezes; com a assistência jurídica do advogado criminalista Felix Valois, ganhou todas no Tribunal Militar, sediado em Belém/PA.
Num domingo de sol, um tiro ecoa em um apartamento funcional na SQS 309, em Brasília. É o prédio residencial dos senadores. Morre o senador Fábio Lucena, 47 anos, suicida-se após uma crise depressiva. Naquele dia, discutia-se na Constituinte o capitulo sobre comunicações, este assunto envolvia muita grana, os parlamentares e lobistas, nervosos, faziam os cálculos dos votos, quando alguém chega e avisa: “Morreu o senador Fábio Lucena”. A pergunta que se ouviu foi: “Ele era do nosso grupo?” Quando a resposta foi negativa, todos, aliviados, disseram: “Ainda bem”. E continuaram ali, indiferentes à morte de um homem, ao luto da família e a perda do país.
O Fábio Lucena até hoje é admirado pelos amazonenses; o seu nome foi escolhido para a Ponte que liga os bairros de Aparecida a São Raimundo, para inúmeras Escolas Municipais e Estaduais, Ruas e Becos do Amazonas. Este cidadão faz parte daquela pequena parcela de pessoas que, com o seu belo trabalho em prol do desenvolvimento da sociedade, ficará com o seu nome lembrado para o todo e sempre! Valeu Senador!