sábado, 7 de fevereiro de 2009

PIRANHA

Segundo estudo realizado por cientistas franceses e latino-americanos em Paris pelo Instituto de Pesquisas para o Desenvolvimento (IRD), as piranhas do rio Amazonas são resultado de uma incursão do mar no rio brasileiro. Baseando-se em exames genéticos das espécies encontradas em diferentes pontos no leito do rio, principalmente na Bolívia, no Brasil e na Venezuela, e no estudo de restos geológicos do passado, os cientistas, coordenados por Nicolas Hubert, do IRD, chegaram à conclusão de que as atuais espécies se formaram há quatro milhões de anos. No texto publicado pelo IRD, o aumento do nível do mar na época teria provocado o isolamento de pequenas populações de piranhas, que vivem apenas nas águas doces da América do Sul, na parte alta dos rios. Quando a água do oceano Atlântico saiu, a espécie teria invadido a parte baixa das águas. Até hoje, alguns cientistas sugeriam a hipótese de que as piranhas teriam nascido na parte baixa dos rios e se reproduziram posteriormente na parte alta. Entretanto, o estudo de fósseis de forma muito semelhante à das piranhas atuais “nos faz pensar que esta subfamília de peixes já estava presente nos rios da América do Sul há 25 milhões de anos”, segundo a equipe do IRD responsável pela pesquisa.
Fonte: Diário do Amazonas

Piranha-vermelha-da-amazônia

Estado de conservação: Pouco preocupante
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Actinopterygii
Ordem: Characiformes
Família: Characidae
Género: Pygocentrus
Espécie: P. nattereri
Nome binomial: ''Pygocentrus nattereri''
Sinónimos: Serrasalmus nattereri
Fonte: Wikipédia

Essas tão mal faladas piranhas

As piranhas ganharam má fama internacional depois de alguns filmes de horror em que foram as principais protagonistas. Num desses filmes, piranhas carnívoras são acidentalmente soltas num rio de uma região de veraneio e fazem dos convidados sua refeição predileta. São criadas em aquários em vários lugares do mundo, constituindo-se em verdadeiros bichos de estimação!
Você deve conhecer, sem dúvida, a expressão “servir de boi de piranha”, quando se fala de alguém que paga pelas culpas dos outros. A expressão estaria ligada ao seguinte: os fazendeiros do Pantanal, quando atravessam os rios com seu gado, sacrificam um animal, às vezes doente ou ferido, deixando as piranhas devorá-lo. Dessa forma, estaria garantida a passagem segura dos demais componentes do rebanho.
O que há de verdadeiro quanto às piranhas, e até que ponto é justificado o pavor que elas causam? Conhecem-se muitas espécies de piranhas na região amazônica e no Pantanal Mato-grossense. Esses animais têm um tamanho entre 20 e 60 cm. A maioria das espécies é vegetariana; algumas se alimentam de restos de animais e vegetais. No entanto, as mais conhecidas piranhas são as carnívoras. Assim mesmo, nem todas as piranhas carnívoras representam um verdadeiro perigo para o ser humano; considera-se que apenas quatro espécies podem ser perigosas.
O temor às piranhas deve-se principalmente às suas poderosas mandíbulas, armadas de dentes extremamente afiados, adaptados a cortar a carne das presas. Elas se alimentam de outros peixes, de anfíbios, de aves e até de mamíferos de porte maior. Levadas pela fome, elas atacam-se umas às outras. É bastante freqüente, mesmo em aquários, perceber mordidas nas suas nadadeiras, causadas pelas companheiras. As piranhas carnívoras são atraídas pela agitação na água, como aquela produzida por um animal ferido; também percebem com facilidade o cheiro de sangue. Uma vez estimuladas a atacar, são capazes de reduzir com rapidez um mamífero de grande porte a um esqueleto, embora esses incidentes sejam relativamente raros.
Na realidade, as piranhas nos últimos anos têm se constituído num perigo maior, já que estão proliferando de forma preocupante. Isso, sem dúvida, é reflexo do desequilíbrio ecológico que o ser humano provocou nas regiões em que elas vivem. Um fator importante tem sido a matança descontrolada de jacarés, que funcionam normalmente como predadores das piranhas, nas cadeias alimentares. Por terem diminuído, os jacarés têm deixado de controlar as populações de piranhas da região, que dessa forma sofrem uma verdadeira explosão populacional.
Pesquisa e autoria dos professores César, Sezar e Bedaque(agosto de 1997)

Sopa de Piranha

Tipo de Culinária: Norte
Categoria: Entradas
Subcategorias: Sopas
Rendimento: 6 porções
Receita indicada pelo livro Sabores da Cozinha Brasileira. Autores: Bruna Trevisani, Neusa de Mattos, Regina Helena de Paiva Ramos, Tereza Maria Barbosa. (Editora Melhoramentos, 2004).

6 unidade(s) de piranha limpa(s)
2 unidade(s) de suco de limão
6 dente(s) de alho amassado(s)
3 colher(es) (sopa) de azeite de oliva
2 unidade(s) de cebola picada(s)
3 unidade(s) de tomate picado(s)
1 unidade(s) de pimentão vermelho picado(s)
1 maço(s) de salsinha picado(s)
1 maço(s) de coentro picado(s)
2 colher(es) (sopa) de farinha de mandioca crua

1º passo: Tempere os peixes com o suco de limão, sal e o alho e deixe tomar gosto por 30 minutos.
2º passo: Depois desse tempo, coloque o peixe com o tempero numa panela, cubra com água e deixe cozinhar até ficar macio. Retire do fogo, espere esfriar um pouco e bata no liquidificador. Passe por uma peneira fina.
3º passo: Na mesma panela em que cozinhou o peixe, aqueça o óleo e frite a cebola. Junte o tomate, o pimentão e os temperos verdes picados e refogue.
4º passo: Adicione o caldo coado e a farinha de mandioca e ferva por alguns minutos.
Sirva quente.