sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

SECOS & MOLHADOS

PAPAI NOEL DO BAR DO ARMANDO
Natal de 2005, o Largo de São Sebastião tinha acabado de ser revitalizado, com a Secretaria de Cultura espalhando Papai Noel pelo lugar, todos em tamanho natural – naquela época, o pessoal da “BICA”, do Bar do Armando, chamava o largo de “Roberlândia”, mesmo assim, o Secretário de Cultura, o Robério Braga, autorizou a revitalização do referido bar, além de colaborar com a banda mais famosa de Manaus. Para surpresa de todos, ele mandou colocar um “Bom Velhinho” bem na entrada do boteco do Armando – ele ficava com as pernas cruzadas, com uma caneca de cerveja na mão e a cabeça em direção ao Teatro Amazonas. Turistas, transeuntes, boêmios, crianças, jovens e adultos e até convidados e noivos de casório na Igreja de São Sebastião, todos paravam para tirar uma fotografia com o folgado “Pai Natal”. Os gozadores de plantão do Bar do Armando (incluindo o escriba aqui), começaram a tirar onda com o boneco, vez e outra, colocavam cerveja no caneco do velho e, na Festa do Talco, uma tradição de final de ano dos biqueiros, sofreu mais do que sovaco de aleijado, deram banho de cerveja nele, pegava cascudo, era agarrado por trás e entrava no samba, pegou tanto talco e maisena que ficou branco da cabeça aos pés - o Armando ficava doido com tanta judiação que faziam com o boneco, pois o Robério Braga o deixou sob a sua guarda e proteção. No ano seguinte, o secretário mandou deixá-lo dentro do Bar, próximo ao “Home Theater”, exatamente no local onde a galera fazia toda aquela balburdia – tive pena do “bom velhinho”, toda noite ele tomava um porre “na marra”, sofreu tanto que a cabeça saiu do lugar! No terceiro ano, todos já estavam ficando acostumados com o Noel, mas, chegou até os ouvidos do Robério que os malucos da BICA faziam o diabo com o boneco e, foi vedado desde então, apesar dos protestos! Amanhã, publicarei uma fotografia minha com o referido Papai Noel do Bar do Armando.

Cara, gostei muito do comentário no face, do meu brother Carbajal Gomes:
"O Rochinha teve e tem uma participação muito importante em todo contesto da nova formação do novo Bar Caldeira "Oficial". Por exemplo, no domingo em uma feijoada na Escola de Samba Vitória Régia, foi lido um texto feito pelo Rochinha, tanto para Celestina quanto para a Rainha do rádio amazonense, a Katia Maria, as duas vieram as lagrimas e quase todos que ali estavam . Fizeram um homenagem ao Bar Caldeira pela sua tradicionalidade em Manaus e nada mais justo sendo bem representado pelas duas Divas com um texto belíssimo do irmão Rochinha .........Salve o Caldeira........Sarava".
É isso ai, fico feliz em ter colaborado com o Carbajal e por escrito postagens sobre a Kátia Maria e a Celestina Maria - fico ainda mais feliz, por ter sido lido na Escola de Samba Vitória Régia. Irei republicar as referidas postagens. Valeu!

DELFIM SÁ – Ele foi meu vizinho por longos anos, morávamos na Rua Tapajós, na entrada da Vila Paraíso. A nossa família é muita grata a ele, pois foi a pessoa que levou o Arthur Neto, então candidato a Prefeito (1988), na presença do meu saudoso pai, na época o meu velho estava bastante enfermo, ganhando apenas um Salário Mínimo e, o quando o Arthur ganhou a eleição, mandou uma mensagem para a CMM solicitando uma aposentadoria digna para o Luthier Rochinha – ele começou a ganhar 5 SM por “Mérito Cultural”.
Voltando ao Delfim, ele desfilava sempre na Escola de Samba Vitória Régia, da Praça 14 de Janeiro, a verde rosa que tem como madrinha a Mangueira, do Rio de Janeiro - certo ano, resolveram fazer um carro Abre-alas homenageando uma Balsa da travessia de Iranduba-Manaus, era chamada de “Boto Navegador”, uma alusão ao governador Gilberto Mestrinho – o Delfim estava tomando um Johnnie Walker, um puro “dezoito anos” com gelo de água de coco, além de uns petiscos de primeira qualidade. Fui convidado pelo amigo para tomar umas pequenas doses, pois ele iria desfrutar de tal regalia no carro principal e, estava fantasiado de Almirante – quando a empilhadeira chegou, ele ficou cheio de pose, subiu uns cinco metros, acenava para todo mundo, era o próprio "bicho da Goiaba branca", - ficou acomodado lá dentro da cabine do Comandante, no entanto, ele cometeu um erro fatal: esqueceu do uísque 18 aninhos em minhas mãos, com o gelo e aqueles petiscos maravilhosos! Ai foi graça - quando ele deu falta, gritava que nem um maluco, eu não dava a mínima, ainda coloquei uma dose tamanho marítima com bastante gelo, levantava para ele ver e tomava numa boa, suavemente, ele babava de raiva e chamava palavrões. Não dava pra fazer mais nada, ainda tentei convencer o empilhador para levar o “Reino da Escócia” até o Delfim, mas, o cara não dava à mínima e, ainda teve a cara-de-pau de pedir uma dose para ele e outra para o seu amigo.
Onde nos encontramos, ele gosta de contar deste ocorrido, fala que desceu na maior secura, pior de tudo, de tão puto que estava, leu errado a “Carta Náutica”, ao invés de ir para Iranduba, foi parar no Careiro de Várzea! Ele mudou de casaca, pois desfilou nos últimos anos na Escola de Samba da Aparecida, não sei de já voltou para a sua Escola do Coração!
O nosso querido Delfim (irmão do Julinho Sá da Receita) teve um problema de saúde, mas, já se encontra em sua casa em recuperação. Saúde e vida longa ao meu amigo Delfim Sá!.


O Michel Jackson não morreu, pelo menos em Manaus!
O Michel quando estava vivo, jamais imaginou que existia um cover seu, da melhor qualidade na Amazônia, pois bem, o nosso pop star da selva é de Parintins, no médio Rio Amazonas – aos catorze anos de idade veio de mala e cuia para Manaus.
Quando houve aquela explosão do sucesso com os álbuns “Off the Wall” (1979), “Thriller” (1982), “Bad” (1987) e “Dangerous” (1991), milhões de dólares foram arrecadados no mundo inteiro pelo cantor original e, muitos trocados de reais caem até hoje no chapéu do Wanilson de Souza Tavares, o nosso Michael Jackson Jaraqui de Manaus.


ANIVERSÁRIO DE POBRE – Ontem, passei pela Rua Tapajós, centro de Manaus, somente para colocar o papo em dias com os meus colegas de rua. Fui convidado pelo Manoel Mormão, para uma festa “do arromba”, no próximo dia 21, quando ele estará complemento “eras”. O convite foi assim: - Prefeito, no dia 21 vai ter aquela feijoada no meu aniversário, não se esquece de trazer uma caixinha de gelada e alguns trocados, pois vou passar o chapéu! O aniversário de pobre sempre foi assim: Muita comida, com vatapá, arroz, caruru, maionese, farofa, salpicão, macarronada, espetinho de gato, feijoada e Ete cetara e tal. Agora, na hora do “pega prá capar”, o aniversariante passa o chapéu para comprar mais geladas! Ainda não participei de nenhum "niver" em que o cara pague todas no seu aniversário. Sempre passando chapéu! Aliás, por eu ser um pobre mortal, nunca fui a um aniversário de rico. Será que eles passam também o chapéu discretamente? Sei, não!

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