O Governador Gilberto
Mestrinho todas as vezes que fazia os seus discursos políticos, iniciava assim:
Amazonenses! Pois bem, utilizei este mote para o título da postagem, pois, a
minha intenção é de homenagear alguns amigos, colegas ou conhecidos, colocando
a fotografia e escrevendo um pouco sobre eles – a ideia é fazer várias séries.
TIO PIMENTA – Morador antigo da Rua Costa Azevedo, descendente de
português e, por ter DNA de lusitano, conserva a tradição dos seus ancestrais
pelo comércio, apesar de ter sido bancário por muito tempo. Mora numa casa do
início do século passado, juntamente com a sua família. Ele já foi o dono do
“Hot Dog do Tio Pimenta”, com vários carros percorrendo as ruas do centro de
Manaus. Atualmente, atua no ramo de mercadinho, com a primeira loja aberta
em sua própria residência, mas, com o tempo terá que escolher um lugar mais
amplo, pois ele é do ramo e a tendência é de crescimento. É grande amigo dos
seus amigos, mas, por ser português, não pise no seu pé! Adora cozinhar, possui
um dom para a culinária, tanto que todos os finais de semana gosta de reunir os
amigos na “Confraria da Tia Nega” e, prepara pratos da melhor qualidade.
CORIOLANO
LINDOSO – este senhor já passou dos noventa anos de idade, mas, possui uma grande
vitalidade, além de um elevado senso de humor – boiou ano passado lá pelas
bandas do “Caldeira Bar” e, apesar de não ingerir bebidas alcoólicas, se
enturmou com a velha guarda da boêmia – gosta muito de tomar uma “Fanta
Laranja”, jogar conversa fora, dar gargalhadas e falar da atuação dos políticos
de antigamente – tornou-se uma história viva. Ele afirma que já foi um grande
político, inclusive, chegou a ser governador interino e, ser orgulha de ter
sido o responsável pela contratação do famoso “Delegado do Diabo”, um policial
temido pelos bandidos em decorrência dos seus métodos nada ortodoxos. Gosta de
entrar no clima da brincadeira e, assegura que, apesar da idade, ainda “dá no
couro!". Adora ficar olhando um painel onde constam vários boêmios que comemoravam
a visita do Vinícius de Moraes ao bar, se orgulha de esta vivo e, de ter enterrado toda aquela
turma.
LUIZINHO
– O cara é baixinho, magrinho, olhos grandes e, boa praça – já ralou muito na
vida, foi garçom e, atualmente, desempenha a função de fotógrafo profissional,
faz serviços em domicílios, cobrindo batizados, eventos, primeira comunhão, aniversários,
casamentos e até velórios – foi durante anos considerado o “lambe-lambe” oficial
da Banda Independente da Confraria do Armando (BICA). Ele adora passear na sua
potente motocicleta de 50 cilindradas, da afamada marca ShingLing, importada da
China. O mestre Palheta fez uma charge, onde o protagonista é o Luizinho, o
trabalho está em exposição no Bar Cinco Estrelas (ao lado da Academia do Sheik
Clube).
ULISSES
- Ulisses Marques, era um competentíssimo auditor do Banco do Estado do
Amazonas (BEA) e, após a aquisição pelo Bradesco, foi aproveitado pelo novo
patrão, pois eles tinham o maior interesse em obter as informações que ele
dispunha das agencias do interior do Estado - quando o Banco sentiu que ele não
era mais necessário, preferiu demiti-lo e colocar na sua função um jovem,
pagando um salário bem inferior – o Ulisses, atualmente, trabalha no Hospital
Santa Júlia, onde está crescendo profissionalmente - continua aprimorando os
seus estudos, tanto que já se formou em Ciências Contábeis e, estuda Direito na
faculdade Uninorte – morador antigo do bairro da Cachoeirinha, onde mora até
hoje – faz parte da confraria do Bar Caldeira, ele é fã incondicional saudoso
Nelson Gonçalves.
JERSEY
NAZA - Amazonense de Manaus, poeta, jornalista, produtor cultural funcionário
público municipal. Passou parte de sua juventude no Rio
de Janeiro, onde cursou os primeiros períodos de jornalismo – voltou para
Manaus onde concluiu os seus estudos. Ele é um torcedor roxo do clube de
futebol Fluminense, tanto que foi um dos fundadores da torcida “YoungFlu”. Faz
parte de um grupo de poetas que, anualmente lançam um livreto denominado “POETATU”
– um pequeno aperitivo das poesias do Naza:
CURTA-METRAGEM
A fogueira
dos meus olhos
não apaga
a cinza do amanhã
cunhã faceira
lava o rosto
à beira da lama.
A fogueira
dos meus olhos
não apaga
a cinza do amanhã
cunhã faceira
lava o rosto
à beira da lama.
CHARLHES
STONES – foi garçom do Bar Armando, o cara era elétrico, atendia rapidamente e,
chamava cariosamente os clientes de “5 estrelas” - em 1996 resolveu fazer seu
próprio bar, o “Cinco Estrelas”, situado na Avenida Getulio Vargas, ao lado do
Sheik Clube, onde há dezessete anos promove a “Banda do 5 Estrelas” – possui um
acervo muito grande de CD´s e DVD´s, onde o cliente pode pedir uma música para
ouvir e, em questão de segundos é atendido, apesar de não ter nenhum programa
de computador, pois ele sabe exatamente onde se encontra a mídia.
Na próxima semana teremos
mais “Amazonenses!”. É isso ai.
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