sexta-feira, 14 de outubro de 2011

FAMÍLIA COUTINHO


Prezado Sr. Rocha,

Visito frequentemente o seu blog, mais exatamente desde que lhe pedi adição ao Facebook, pois, notícias de Manaus sempre me interessaram, sou neto de portugueses nascidos na região de Santa Quitéria, freguesia de Fontes, cidade Santa Marta de Penaguião, distrito Vila Real que chegaram a Manaus e Recife por volta de 1905.

Há tempos que procuro pelos descendentes de um casal de portugueses que desembarcou em Manaus, sendo primo legítimo de um do Recife (meu avô), eles mantiveram boa relação de amizade até meados de 1945, após esta data as famílias de Manaus e Recife parecem não mais terem se encontrado, cada um em seu trabalho ninguém procurou o outro. E os anos foram se passando eu sempre sabendo que tinha primos em Manaus. Aconteceu de no início de 2011, minha irmã arrumando o guarda roupa de minha tia, descobriu um pacote com fotos e documentos do povo de Manaus.

Então passei a andar na internet, procurando no Google e Telelistas, nada encontrei e nestas pesquisas, mas, conheci a sua página, muito interessante o tema e rica em fotos da Manaus da época, era exatamente o que eu procurava, começou um novo gosto por descobrir e conhecer meus parentes. Mas o que me motivou a aprofundar as pesquisas em sua página foi ter descoberto através dela que existe ou existiu em Manaus um logradouro chamado Silvério Nery (embora não apareça no Google Mapas, Telelistas e Correios).

Este é o início da família que procuro, ele Manuel Taveira Coutinho (nascido em 1879) chegou ao Brasil proveniente de Santa Quitéria, Freguesia de Fontes, Concelho de Santa Marta de Penaguião, Distrito: Vila Real; no ano de 1904, com 25 anos e já casado com Dona Virgínia ... Coutinho (tem um ou dois sobrenomes no meio, mas não sabemos) com dois filhos de nomes, Elisa Coutinho (portuguesa) e Isabel Coutinho (portuguesa) estabeleceram-se em Manaus, onde teve mais filhos e criou a numerosa família.

Seu primo João Guedes Coutinho (meu tio avô) era casado com Maria Emília da Cruz Coutinho, ambos portugueses também vieram para Manaus e em seus documentos encontramos dois endereços de residência: Em 23/06/1910 ele residia à Avenida Silvério Nery Nº 24 e em 04/04/1913; e na Avenida Joaquim Nabuco Nº 45, Manaus.

Algumas informações complementares:

Sabemos que o Sr. Manuel Taveira Coutinho e o José Guedes Coutinho eram amigos dos Srs. Antônio Ribeiro d'Andrade e Alberto Ribeiro d'Andrade, proprietários da indústria “Guaraná Andrade”.

Sua filha Celeste Coutinho, entre os anos de 1934 e 1937 passou um ano em Recife na casa de Manuel Guedes Coutinho, primo de Manuel Taveira Coutinho.

O Sr. Manuel Taveira Coutinho veio ao Brasil aos 02/01/1899 com 19 anos provavelmente para conhecer e arranjar em que trabalhar, e voltou com a família (esposa e duas filhas) aos 23/09/1904, já com 25 anos.

Nas fotos que possuímos algumas têm o nome de estúdios fotográficos marcados nos retratos: (Photo Bazar Sportivo Manaós), (Photografia Allemâ - Manáos), (Oliveira Pará), (Photo Lopes S. Lourenço, este não temos certeza se é de Manaus).

O Sr. Manuel Taveira Coutinho era comerciante, não sabemos qual o ramo.

O seu primo Manuel Guedes Coutinho no Recife, era fornecedor de gêneros alimentícios para navios.

João Guedes Coutinho casado com Maria Emília da Cruz Coutinho, (a esposa só veio em 1905) veio de Portugal aos 26/03/1897, era primo de Manuel Taveira Coutinho inicialmente foi empregado no comércio de Manaus, logo após tornou-se proprietário de seringal residindo na Avenida Silvério Nery, 24 Manaus - AM.

João Guedes Coutinho colocou em sua certidão de casamento no ano de 1913, que residia na Avenida Joaquim Nabuco, 45 - Manaus. Não sabemos se esse era o endereço dele ou de seu primo Manuel Taveira Coutinho.

A filha de João Guedes Coutinho, Ermelinda da Cruz Coutinho era afilhada do Sr. Alberto Ribeiro d’Andrade e passou 2 ou três anos em sua casa.

O Sr. Manuel Taveira Coutinho naquela época só era chamado pelos parentes e amigos de “Seu Coutinho”.

Graças a Ermelinda da Cruz Coutinho ter guardado fotos e documentos sem que ninguém soubesse e por todos esses anos; é que hoje podemos procurar o outro lado dessa história e manter esperança de que ainda podemos nos reencontrar.

Ermelinda da Cruz Coutinho, mora em Recife e esta com 101 anos.

Por estes motivos pergunto:

O Sr. Rocha, pode me ajudar a encontrar meus parentes?

Tenho bastantes fotos, todas (preto e branco) e em excelente estado de conservação.

Agradeço antecipadamente qualquer ajuda para localizar os parentes,

Jorge Nelson Regis

11/10/2011

Para contato, informações ou esclarecimentos:

Sou:

Jorge Nelson Coutinho Regis - Celular TIM (82) 9906-0659
Fone: (82) 3420-1919
Se me informar por e-mail um fone TIM ou um fone fixo eu ligo, é só marcar a hora.
Facebook: Jorge Nelson Coutinho Regis
Av. Vieira de Brito, 425 bairro São Cristóvão CEP 57601-100
Palmeira dos Índios - Alagoas

Prezado Sr. Jorge Nelson Regis,
Li atentamente o seu e-mail e a carta anexada - terei o enorme prazer em ajudá-lo a encontrar os seus parentes em Manaus. O blogdorocha, do qual sou o editor, recebe em torno de 600 visitas diárias, com 60% de Manaus. Irei publicar a carta juntamente com as fotografias enviadas. Um detalhe: não existe a Avenida Silvério Nery, mas sim, a Avenida Constantino Nery (o nome é em homenagem ao filho do Silvério Nery). Irei verificar se ainda existe alguma casa com numero 45 na Avenida Joaquim Nabuco, caso positivo, irei tirar uma fotografia e enviar para o senhor. Irei disponibilizar o seu e-mail na postagem para eventual comunicação com algum parente que por acaso leia o blogdorocha.
Abraços,
Rocha
Aparecem na fotocolagem: Manoel Taveira Coutinho/Dona Virginia Coutinho/Adail Coutinho/Odete filha de criação de Elisa Coutinho/João Guedes Coutinho/Maria Emília Cruz Coutinho/Ermelindo da Cruz Coutinho/Celeste Coutinho/Aurora Coutinho/Jorge Coutinho/Ficha de Inscrição Consular.



Prezado Sr. Rocha, espero que esteja bem. Peço-lhe que permita-me apresentar-me e lhe pedir uma informação. Sou Geraldo Pontes, filho da amazonense Maria da Conceição Machado Pontes.

Procurando origens familiares, a partir de referências de minha mãe, Maria da Conceição Machado Pontes, filha da Sra. Izabel da Silva Machado, amazonense de Manaus, e Marianno da Silva Machado, português, conforme registrado na certidão de nascimento de minha mãe (que foi farmacêutico em Manaus, onde casou-se com minha avó) encontrei, primeiramente, o blog do Sr. Jorge Velho, depois o seu. Simplesmente pela referência a minha bisavó, Virginia Taveira Coutinho, que aparece em fotos de sua montagem. A foto aqui anexa que traz no título do arquivo (IMG.01 Manuel...) me diz muita coisa. E também uma foto pequenina, de sua montagem (intitulada Família Coutinho...), traz minha mãe, criança, de pé, ao lado de minha avó Izabel, sentada - é a segunda de cima pra baixo no canto direito.

Pois bem, na foto IMG 01, a Sra. Virginia está identificada com sua família do segundo casamento, com o Sr. Manuel Coutinho, o único que minha mãe conheceu como avô. Seu avô biológico, primeiro esposo da minha bisavó, o português João Lopes Pereira, faleceu em Manaus segundo minha mãe.  

Na foto, identifico, com a ajuda de minha mãe antes de falecida, da esquerda para direita, de pé:
o "vovô" Coutinho, como minha mãe dizia; a seu lado, não sabemos quem seria o rapaz de terno preto; em seguida, os irmãos do segundo matrimônio da bisavó: Adail, Aurora, Celeste e Alcides Coutinho; em seguida, o rapaz de rosto mais fino de terno preto, o tio Jorge, filho do primeiro matrimônio (eu o conheci porque trabalhava aqui no Rio de Janeiro; e também conheci aqui as tias Aurora e Celeste, além da tia bisavó Custódia); o último de pé, à direita, é meu avô Marianno da Silva Machado, conhecido em Manaus como Seu Machadinho. Igualmente pai de meu tio José Almir da Silva Machado, que não está na foto, evidentemente, pois creio que ainda não nascido - parece que ele era de 1931, mas sei que faleceu em janeiro (ou fevereiro) de 2009.

Ainda na foto, sentadas, agora da direita para a esquerda, minha avó Izabel (Lopes Pereira, de nome de solteira), minha tia bisavó Custódia Rosa Pereira (creio que irmã de João Lopes Pereira), a criança que não sei se era sua filha (ela teria tido uma filha que faleceu aos 15 anos, segundo minha mãe) ou filha adotiva da tia Elisa que, creio, seria a moça sentada de branco, ao lado da criança e antes da última mulher, do lado esquerdo, que era minha bisavó Virgínia.

Mas escrevo-lhe para perguntar se saberia me dar alguma informação sobre o falecimento de meu avô materno, um homem popular em Manaus, falecido em julho, se não estiver enganado, de 1975 ou 1976. Quando conheci sua cidade, em 1989, meu tio mostrou-me foto da missa de sétimo dia de seu falecimento, com a nave lotada. Meu avô era muito querido. Era um imigrante português que chegou jovem em Manaus durante a primeira guerra, estudou odontologia, segundo minha mãe, mas atendeu a muitos pacientes da gripe espanhola. E acabou atuando como farmacêutico, junto a um sócio chamado Abdon, sempre segundo minha mãe.

Estive com meu tio apenas uma vez, em 1989, e novamente com minha prima, que já conhecia daqui, mas com a qual não me relaciono mais. 

O que eu gostaria de saber é a referência do sepultamento de meu avô para que, junto ao cemitério, pudesse obter dados sobre sua origem. Algo encontrado aqui no Rio de Janeiro é muito controverso quanto a ele ser de fato português - minimamente, se correto, não teria nascido em Portugal, supostamente em Aguiar da Beira, como dizia minha mãe. Por mais que possa haver homonímia, há um registro de nascimento, a princípio seu, datado de 18/02/1896 (a data de aniversário é a mesma que minha mãe conhecia) e constam do registro os mesmos nomes de pai e mãe dele, portugueses, que constam da certidão de nascimento de minha mãe como seus avós paternos.

Não estou em busca de cidadania portuguesa. Tenho 58 anos, sou funcionário público do magistério universitário, já mais para próximo da aposentadoria e não pretendo viver na Europa. Tenho como me sustentar com o que ganho. Mas gostaria de elucidar este mistério. Afinal, o velho Machadinho tinha nacionalidade portuguesa? Sabe-se que era conhecido como português e, sem dúvida, era descendente. Até mesmo, fosse ele na verdade brasileiro, eu nem teria direito a solicitar cidadania.

E se tomo muito aqui seu tempo para saber se teria notícia de jornal do falecimento dele, algo assim. Não sei em que jornal poderia procurar. Sei que não pretendo mais, desde o falecimento de meu tio, entrar em contato com minha prima, que não sei sequer se está viva nem como se encontra.

Espero não ter lhe pedido algo inconveniente e anexo ainda aqui o tal registro encontrado em que constam os dados de meu avô. 
 
Muito grato por sua atenção.

Geraldo Pontes

2 comentários:

Cynara disse...

Fiquei muito emocionada com a carta.Linda.

Gimy Edu disse...

Muito boa essa carta....belíssima....também sou da família Coutinho, me chamo Gimyson Eduardo Rodrigues Coutinho, sou de Recife e tenho mais 5 irmãos. Meu Pai também mora aqui (Gimison de Bulhões Coutinho) e o meu avô, Eduardo Correia Coutinho Filho, infelizmente falecido, está enterrado aqui, em Recife. sempre é muito bom saber mais sobre nossa família. caso precisem de alguma informação, meu e-mail é: gimyedu@gmail.com. A, outra coincidência é que a minha tia, irmão do meu pai, casou-se com um da família Rocha (tb português), tendo em seu nome Coutinho Rocha.
abraço fraternal a todos