Nascido em Manaus em 1952, Milton Hatoum ensinou literatura na Universidade do Amazonas e na Universidade da Califórnia em Berkeley. Estreou em 1989 com “Relato de um certo Oriente”, seguido de “Dois irmãos” (2000), ambos ganhadores do prêmio Jabuti de melhor romance e publicados em oito paises. Por “Cinzas do Norte” (2005) recebeu seu terceiro Jabuti e os prêmios Bravo!, APCA e Portugal Telecom de Literatura.
Está presta a lançar seu quarto romance, que sai no Brasil pela Companhia de Letras, intitulado “Órfãos do Eldorado”. O resultado é uma novela de 112 páginas em que Milton Hatoum explora o mito da cidade encantada do Eldorado, uma cidade perfeita no fundo do rio. “O mito é apenas um pretexto para contar uma história de amor, de conflitos no médio Amazonas, a cidade que eu inventei chama-se Vila Bela e foi inspirada em Parintins”, explicou o escritor.Fonte: jornal A Critica,edição de 27/02/2008
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
OS JOVENS TAMBÉM AMAM A NOSSA MANAUS ANTIGA
A paixão por Manaus, nossa cidade natal, não fica restrita apenas aos antigos moradores, mas também a um grupo seleto de jovens; fiquei surpreso ao encontrar o Marco Antonio Bezerra, acadêmico de Direto na Uninorte, ao declarar o seu amor a nossa taba.
Esse moço participa ativamente do nosso cenário cultural, através de peças teatrais, dirigidas pelo Márcio Souza; briga e dar sugestões às autoridades constituídas, quando o negócio é a revitalização dos prédios da nossa Manaus Antiga. As fotos publicadas abaixo, faz parte dos arquivos do Marco.
Esse moço participa ativamente do nosso cenário cultural, através de peças teatrais, dirigidas pelo Márcio Souza; briga e dar sugestões às autoridades constituídas, quando o negócio é a revitalização dos prédios da nossa Manaus Antiga. As fotos publicadas abaixo, faz parte dos arquivos do Marco.
domingo, 24 de fevereiro de 2008
FALHAS NAS EMBARCAÇÕES DA AMAZÔNIA
Em decorrência do naufrágio do barco “Almirante Monteiro”, em Itacoatiara, o jornal “A Crítica”, edição de 24 do corrente, trata das falhas nas embarcações; o principal problema está nos camarotes, são feitos de madeira e somente abrem para fora, para economizar espaço, quando ocorre uma colisão, os ocupantes ficam presos.
Outro problema, citado pela Alessandra Martins, presidente da Associação dos Armadores – “Nossos modelos de barco não oferecem segurança nem estabilidade. Mesmo assim, em caso de chuva o procedimento é baixar a lona. Num vento forte que leve o barco a tombar, aquela lona vira uma parede no rio que impede que as pessoas saiam da embarcação”.
• 40 mil barcos, entre recreios, regionais, de turismo e canoas, circulam pelos rios amazônicos
• 60 mil pessoas são transportadas por mês pelos rios amazônicos em barcos regionais, se expondo ao risco de acidente
Outro problema, citado pela Alessandra Martins, presidente da Associação dos Armadores – “Nossos modelos de barco não oferecem segurança nem estabilidade. Mesmo assim, em caso de chuva o procedimento é baixar a lona. Num vento forte que leve o barco a tombar, aquela lona vira uma parede no rio que impede que as pessoas saiam da embarcação”.
• 40 mil barcos, entre recreios, regionais, de turismo e canoas, circulam pelos rios amazônicos
• 60 mil pessoas são transportadas por mês pelos rios amazônicos em barcos regionais, se expondo ao risco de acidente
sábado, 23 de fevereiro de 2008
domingo, 17 de fevereiro de 2008
SILVINO SANTOS - BIBLIOTECA VIRTUAL DO AMAZONAS
Silvino Santos (Flávio Araújo Lima Bittencourt)
Em 1969 realizou-se o I Festival Norte do Cinema Brasileiro. Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade, foi considerado o melhor filme. Na sessão de encerramento, um senhor de 82 anos, desconhecido pelos artistas que estavam em Manaus, subiu ao palco do cinema Odeon para receber um trófeu. Silvino Santos, o pioneiro do cine-documentário no Amazonas, estava sendo homenageado. Depois de longos anos de esquecimento, finalmente o grande fotógrafo e genial pioneiro do cinema passava a ser conhecido pelo jovem público brasileiro. Silvino Simões Santos Silva nasceu em Sernache de Bomjardim, pequena cidade portuguesa. Filho de Antônio Simões Santos Silva, um professor de música e de Vírginia Silva, Silvino Santos, ainda muito jovem, partiu para tentar a vida na lendária Amazônia. Chegando a Belém do Pará foi trabalhar no comércio. Aprendeu a fotografar nesta época já demonstrando enorme talento, foi descoberto por um dos mais poderosos seringalistas da Amazônia Peruana, o Sr. Júlio Cezar Araña. Araña era responsável pela Peruvian Amazon Co. e queria sensibilizar os acionistas ingleses, que estavam indignados pelas acusações de Hardenburg, um missionário americano. Hardenburg afirmava que no rio Putumayo, Aranã escravizava e assassinava indígenas. Este foi defender-se no Tribunal dos Comuns em Londres e percebeu que havia uma novidade sensacional que poderia servir como veículo de propaganda. Era o cinematógrafo. Araña financiou a viagem de Silvino a Paris. As usinas dos irmãos Pathé e os laboratórios dos Lumière eram diariamente freqüentados pelo rapaz que precisava de películas resistentes ao calor tropical. Retornando ao rio Putumayo, onde se havia estabelecido, Silvino rodou o filme que mostrava os seringais de Araña (1912). Em 1913, casou-se com Anna Maria Schermuly, descendente de alemães, que estava sendo tutelada por Araña. Em 1914, o filme rodado no Peru ia ser copiado nos Estados Unidos, mas submergiu, pois o navio onde se encontravam os negativos foi colocado a pique na I Guerra Mundial. Silvino Santos se estabeleceu em Manaus e seu segundo filme também se perdeu. Em 1918, o comerciante Manoel Gonçalves resolveu fundar a Amazônia Cine Film e foi realizada a película documental Amazonas, o Maior Rio do Mundo. O empresário Avelino Cardoso participava do empreendimento. O noivo de sua filha, Propércio Saraiva, a título de copiar o filme em Londres, desapareceu com os originais deixando o cineasta em difícil situacão financeira. A firma se dissolveu e o material cinematográfico foi arrematado pelo Comendador Joaquim Gonçalves de Araújo. Silvino iria conhecer o sucesso. Em 1921 filmou No Paiz das Amazonas, filme de rara beleza fotográfica, exibido no Cinema Pathé do Boulevard des Italiens, em Paris, e nos principais centros da Europa. O lançamento comercial no Rio de Janeiro, se deu em 02 de abril de 1923 no cinema Palais. O Jornal O Paiz comentou: “Chama-se No Paiz das Amazonas e é uma estupenda licão de coisas. Paisagens, maravilhas phisicas, riquezas naturaes, progressos economicos, typos, costumes, cidades, tudo se projecta nessa empolgante pellicula, que o Sr. Presidente da República teve ensejo de admirar, com todos os Ministros de Estado, no Palácio do Cattete e a que não poupou honrosos encomios”. Esse filme foi produzido incialmente para ser exibido na Exposicão Comemorativa do Centenário da Independência. No Rio de laneiro, Silvino filmou a Exposicão, na qual seu filme fez enorme sucesso, e rodou o documentário Terra Encantada, focalizando os mais variados aspectos da Capital Federal. Em 1924/25 realizou No Rasto do EI-Dorado, documentação cinematográfica da Expedicão Alexander Hamilton Rice, outro sucesso estrondoso. Produziu ainda Terra Portuguesa, focalizando aspectos de Portugal, onde permaneceu de 1925 a 1927 com a família Araújo. Trabalhou até o fim de sua vida na firma do Comendador Araújo. Teve um casal de filhos, Guilherme (1914) e Lilia (1916). Quando já não mais produzia longa-metragens, Silvino fazia “shorts” para serem exibidos na Fábrica de Cerveja e Gelo de Miranda Corrêa e Cia. Era um ambiente refinado onde a sociedade amazonense ia se admirar na tela do cinematógrafo. Em 1970, os cineastas Roberto Kahané, Domingos Demasi Filho e Paulo Sérgio Muniz realizaram o curta-metragem Silvino Santos, o Fim de um Pioneiro. Silvino Santos faleceu em Manaus a 14 de maio de 1970. Anna Maria faleceu em 1979. Em novembro e dezembro de 1981, realizou-se, na Galeria de Arte Afrânio de Castro em Manaus, uma exposição fotográfica comemorativa dos 95 anos de nascimento do cineasta. Como se vê, o cinema, arte de suporte material tecnológico, não foi introduzido no Amazonas sem a dose de poesia e criatividade característica das produções dos grandes artistas de nosso século. Filmografia1912 - Filme rodado no Rio Putumayo1918 - Amazonas, O Maior Rio do Mundo1921 - No Paiz das Amazonas1922 - Documentação cinematográfica da Exposição da Independência1923 - Terra Encantada1924 - Documentação cinematográfica da Intervenção Federal no Estado do Amazonas, no episódio do golpe de Ribeiro Júnior1924/25 - No Rasto do El-Dorado1925/27 - Terra PortuguesaFontes:1. ALENCAR, Miriam. Silvino Santos no Rastro das Amazonas. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 08 ago. 1970.2. BITTENCOURT, Agnello. Dicionário Amazonense de Biografias. Rio de Janeiro, Conquista, 1973.3. MONTEIRO, Mário Ypiranga. Um Jovem Cineasta, Jornal do Comércio, Manaus, 27 dez. 1975.4. RANGEL, Carlos. Um Herói à Antiga. O Cruzeiro, Rio de Janeiro, nº 50, 1969.5. RICE, Hamilton. Exploração da Guiana Brasileira. São Paulo, EDUSP, 1978.6. SOUZA, Márcio. A Expressão Amazonense. São Paulo, Alfa-Ômega, 1977.7. STEVENS, Albert W. Exploring the Valley of the Amazon in a Hidroplane. The National Geographic Magazine, nº 4, 1926
Silvino Santos,um genial pioneiro Durante a filmagem de No Rasto do El-Dorado (1924/25): “Santos, o cinegrafista, descobriu esta grande árvore, crescendo na margem do rio, onde a água estava à mão. Ele observou suas vantagens naturais e a converteu em laboratório. À noite, com um pedaço de lona amarrado ao redor das raízes para manter afastada a luz, poderia revelar os filmes. Entusiasta pelo seu trabalho, vinha pelo campo com a lanterna ou vela, com um pé ou dois de filme, mostrando a todos o que teve a sorte de conseguir. Se ele não aparecesse todos sabiam que o seu dia tinha sido um fracasso”. (Albert Stevens. Foto The National Geographic Magazine) .
Em 1969 realizou-se o I Festival Norte do Cinema Brasileiro. Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade, foi considerado o melhor filme. Na sessão de encerramento, um senhor de 82 anos, desconhecido pelos artistas que estavam em Manaus, subiu ao palco do cinema Odeon para receber um trófeu. Silvino Santos, o pioneiro do cine-documentário no Amazonas, estava sendo homenageado. Depois de longos anos de esquecimento, finalmente o grande fotógrafo e genial pioneiro do cinema passava a ser conhecido pelo jovem público brasileiro. Silvino Simões Santos Silva nasceu em Sernache de Bomjardim, pequena cidade portuguesa. Filho de Antônio Simões Santos Silva, um professor de música e de Vírginia Silva, Silvino Santos, ainda muito jovem, partiu para tentar a vida na lendária Amazônia. Chegando a Belém do Pará foi trabalhar no comércio. Aprendeu a fotografar nesta época já demonstrando enorme talento, foi descoberto por um dos mais poderosos seringalistas da Amazônia Peruana, o Sr. Júlio Cezar Araña. Araña era responsável pela Peruvian Amazon Co. e queria sensibilizar os acionistas ingleses, que estavam indignados pelas acusações de Hardenburg, um missionário americano. Hardenburg afirmava que no rio Putumayo, Aranã escravizava e assassinava indígenas. Este foi defender-se no Tribunal dos Comuns em Londres e percebeu que havia uma novidade sensacional que poderia servir como veículo de propaganda. Era o cinematógrafo. Araña financiou a viagem de Silvino a Paris. As usinas dos irmãos Pathé e os laboratórios dos Lumière eram diariamente freqüentados pelo rapaz que precisava de películas resistentes ao calor tropical. Retornando ao rio Putumayo, onde se havia estabelecido, Silvino rodou o filme que mostrava os seringais de Araña (1912). Em 1913, casou-se com Anna Maria Schermuly, descendente de alemães, que estava sendo tutelada por Araña. Em 1914, o filme rodado no Peru ia ser copiado nos Estados Unidos, mas submergiu, pois o navio onde se encontravam os negativos foi colocado a pique na I Guerra Mundial. Silvino Santos se estabeleceu em Manaus e seu segundo filme também se perdeu. Em 1918, o comerciante Manoel Gonçalves resolveu fundar a Amazônia Cine Film e foi realizada a película documental Amazonas, o Maior Rio do Mundo. O empresário Avelino Cardoso participava do empreendimento. O noivo de sua filha, Propércio Saraiva, a título de copiar o filme em Londres, desapareceu com os originais deixando o cineasta em difícil situacão financeira. A firma se dissolveu e o material cinematográfico foi arrematado pelo Comendador Joaquim Gonçalves de Araújo. Silvino iria conhecer o sucesso. Em 1921 filmou No Paiz das Amazonas, filme de rara beleza fotográfica, exibido no Cinema Pathé do Boulevard des Italiens, em Paris, e nos principais centros da Europa. O lançamento comercial no Rio de Janeiro, se deu em 02 de abril de 1923 no cinema Palais. O Jornal O Paiz comentou: “Chama-se No Paiz das Amazonas e é uma estupenda licão de coisas. Paisagens, maravilhas phisicas, riquezas naturaes, progressos economicos, typos, costumes, cidades, tudo se projecta nessa empolgante pellicula, que o Sr. Presidente da República teve ensejo de admirar, com todos os Ministros de Estado, no Palácio do Cattete e a que não poupou honrosos encomios”. Esse filme foi produzido incialmente para ser exibido na Exposicão Comemorativa do Centenário da Independência. No Rio de laneiro, Silvino filmou a Exposicão, na qual seu filme fez enorme sucesso, e rodou o documentário Terra Encantada, focalizando os mais variados aspectos da Capital Federal. Em 1924/25 realizou No Rasto do EI-Dorado, documentação cinematográfica da Expedicão Alexander Hamilton Rice, outro sucesso estrondoso. Produziu ainda Terra Portuguesa, focalizando aspectos de Portugal, onde permaneceu de 1925 a 1927 com a família Araújo. Trabalhou até o fim de sua vida na firma do Comendador Araújo. Teve um casal de filhos, Guilherme (1914) e Lilia (1916). Quando já não mais produzia longa-metragens, Silvino fazia “shorts” para serem exibidos na Fábrica de Cerveja e Gelo de Miranda Corrêa e Cia. Era um ambiente refinado onde a sociedade amazonense ia se admirar na tela do cinematógrafo. Em 1970, os cineastas Roberto Kahané, Domingos Demasi Filho e Paulo Sérgio Muniz realizaram o curta-metragem Silvino Santos, o Fim de um Pioneiro. Silvino Santos faleceu em Manaus a 14 de maio de 1970. Anna Maria faleceu em 1979. Em novembro e dezembro de 1981, realizou-se, na Galeria de Arte Afrânio de Castro em Manaus, uma exposição fotográfica comemorativa dos 95 anos de nascimento do cineasta. Como se vê, o cinema, arte de suporte material tecnológico, não foi introduzido no Amazonas sem a dose de poesia e criatividade característica das produções dos grandes artistas de nosso século. Filmografia1912 - Filme rodado no Rio Putumayo1918 - Amazonas, O Maior Rio do Mundo1921 - No Paiz das Amazonas1922 - Documentação cinematográfica da Exposição da Independência1923 - Terra Encantada1924 - Documentação cinematográfica da Intervenção Federal no Estado do Amazonas, no episódio do golpe de Ribeiro Júnior1924/25 - No Rasto do El-Dorado1925/27 - Terra PortuguesaFontes:1. ALENCAR, Miriam. Silvino Santos no Rastro das Amazonas. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 08 ago. 1970.2. BITTENCOURT, Agnello. Dicionário Amazonense de Biografias. Rio de Janeiro, Conquista, 1973.3. MONTEIRO, Mário Ypiranga. Um Jovem Cineasta, Jornal do Comércio, Manaus, 27 dez. 1975.4. RANGEL, Carlos. Um Herói à Antiga. O Cruzeiro, Rio de Janeiro, nº 50, 1969.5. RICE, Hamilton. Exploração da Guiana Brasileira. São Paulo, EDUSP, 1978.6. SOUZA, Márcio. A Expressão Amazonense. São Paulo, Alfa-Ômega, 1977.7. STEVENS, Albert W. Exploring the Valley of the Amazon in a Hidroplane. The National Geographic Magazine, nº 4, 1926
Silvino Santos,um genial pioneiro Durante a filmagem de No Rasto do El-Dorado (1924/25): “Santos, o cinegrafista, descobriu esta grande árvore, crescendo na margem do rio, onde a água estava à mão. Ele observou suas vantagens naturais e a converteu em laboratório. À noite, com um pedaço de lona amarrado ao redor das raízes para manter afastada a luz, poderia revelar os filmes. Entusiasta pelo seu trabalho, vinha pelo campo com a lanterna ou vela, com um pé ou dois de filme, mostrando a todos o que teve a sorte de conseguir. Se ele não aparecesse todos sabiam que o seu dia tinha sido um fracasso”. (Albert Stevens. Foto The National Geographic Magazine) .
PARA MATAR A SAUDADE DOS BONDES DE MANAUS!
COLÉGIO BARÃO DO RIO BRANCO
sábado, 9 de fevereiro de 2008
MARCHETERIA
Quem ainda não viu e se deleitou com a sutileza e criatividade daquelas caixinhas feitas com pedacinhos colados de madeira, metais, pedras, plásticos, marfim ou chifres de animais? Elas, hoje, ganharam as feiras e lojas de artesanato como souvenir turístico e produtos ornamentais. Parece até um trabalho de quebra-cabeça que nos leva a pensar no trabalho necessário para montá-las, como são feitas e qual o nome da técnica artística usada: a marchetaria.
Definida como a arte de incrustar, embutir ou aplicar peças recortadas de madeira, formando desenhos em obras, a marchetaria é uma técnica milenar, da qual o registro mais antigo data cinco mil anos. A técnica utiliza tiras de madeira, sementes e outros materiais que são colados e cortados, compondo uma mistura de cores e texturas, cujo resultado pode ser usado para fazer pingentes, pequenas caixas de madeira decoradas ou, até mesmo, aplicado como decoração em obras maiores de marcenaria (mesas, cadeiras, etc).
São três os processos de produção da marchetaria – utilizando folhas, lâminas ou blocos maciços de madeira. Seu objetivo principal não está na utilidade da peça produzida, mas fundamentalmente, na sua beleza decorativa.
A Marchetaria, que em francês quer dizer marqueter (embutir), como já foi dito, é uma arte ou técnica de ornamentar superfícies planas com aplicação de materiais diversos. É uma arte que remonta ao Egito antigo, que utilizou técnicas desenvolvidas do bronze, a partir das minas de cobre, produzindo lâminas dentadas usadas como serras. No túmulo do rei Tutankhamon (18ª Dinastia), o trono, a caixa, os cofres e quase todos os móveis são cobertos, literalmente, com embutimento de pedras preciosas, minúsculas telhas vitrificadas e ouro.
Um caixão de madeira da Dinastia Yin (1300 A.C. - 220 D.C.) mostra belos trabalhos de marchetaria chinesa; enquanto que, em Halicarnasso, cidade natal de Heródoto, na Turquia, foram encontrados objetos com técnica de imbutimento por volta de 350 A.C., no palácio do rei Mausole, cujas paredes haviam incrustações em mármore. O túmulo é considerado uma das sete Maravilhas do Mundo.
Na metade do século XVI, com o aprimoramento das serras e das técnicas, expandiram o embutimento ilustrado à marchetaria. As partes separadas de um retrato passaram a ser recortadas e folheadas a partir de um projeto artístico. Estas peças eram então juntadas e este conjunto inteiro era colado a um fundo contínuo, procedimento esse que tem uma longa história de nomes e que agora é chamado geralmente de marquetery, nos países de língua inglesa, ou seja, marchetaria, em português.
A marchetaria contemporânea – A primeira técnica utilizada, tarsia certosina, consistia no recorte de elementos do material a ser utilizado (pedra, madeira, metal, etc.) e a posterior incrustação nas cavidades
abertas nas superfícies maciças com o auxílio de formões ou ferramentas similares, utilizando cola para a fixação. Posteriormente, desenvolveram-se muitas outras técnicas, cujas principais são utilizadas atualmente: tarsia a toppo ou marquetery a bloc – marchetaria maciça, utilizada na fabricação de utilitários, bijuteria, filetes decorativos, esculturas. A tarsia geométrica – é o recorte de motivos geométricos para revestimento de móveis, lambris, caixas, painéis internos, mesas, cadeiras. Marqueterie de paille – marchetaria de palha (folhas de plantas desidratadas) tem as mesmas aplicações da tarsia geométrica. Já a tarsia a incastro ou technique boulle – usa o recorte simultâneo das partes a serem montadas. Outra aplicação é a procéde classique ou element par element, que quer dizer: o recorte separado das partes a serem montadas.
Após o desmembramento do Império Romano, este meio de expressão artística esteve a ponto de perder-se. Entretanto, alguns poucos fizeram com que subsistisse na Itália, difundindo-se no início do século XIV, principalmente na região da Toscana. No século XV a marchetaria foi praticada, em particular, na cidade de Florença, tendo em Francesco di Giovanni di Mateo, fundador da Escola Florentina de Arte, seu principal expoente. Os mais célebres artesãos exerciam seu metier na região da Toscana. Nesta época foi criada a tarsia geométrica, que consiste em recobrir as superfícies com folhas de madeira em lugar das incrustações. Ainda neste mesmo período, inicia-se o tingimento das madeiras com o uso de óleos penetrantes, corantes diluídos em água aquecida e em ácidos. A areia aquecida era utilizada para o sombreamento das obras, cujos artistas eram geralmente contratados para decorar igrejas e palácios. Durante a Renascença foi criada a tarsia a toppo ou marchetaria maciça, cuja técnica é atualmente utilizada pelas indústrias de filetes decorativos. A arte da marchetaria seguiu evoluindo com os mestres italianos que retratam em suas obras os edifícios característicos de suas vilas, ruas, praças e paisagens.
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
OS MEUS CARNAVAIS EM MANAUS
Curti os primeiros carnavais no Cube do Amazon Hotel, ficava na esquina da Rua dos Andradas com a Rua Rocha dos Santos; o prédio ainda resiste até hoje, ainda bem! O meu pai reunia toda a família, comprava as fantasias e levava toda a turma para brincar a folia de momo.
Lembro muito bem, deveria ter uns dez anos de idade; o clube ficava no segundo andar, gostava de brincar na escada de madeira que dava acesso ao salão de danças; curtia também apanhar no chão, os restos de confetes e serpentinas, para jogar novamente nos pequenos foliões, lembro de papai tomando aquela cerveja genuinamente cabocla XPTO e, eu e a molecada no Graphete e Baré Cola.
Lembro também das “Batalhas de Confetes” e dos desfiles dos "Blocos de Sujos", na Avenida Eduardo Ribeiro; gostava de toda aquela movimentação, adorava juntar tampinhas em miniaturas de refrigerantes que eram jogadas pelos brincantes dos blocos.
Na minha adolescência, presenciei os desfiles dos primeiros blocos carnavalescos, que seriam mais tarde as primeiras Escolas de Samba de Manaus, lembro da Unidos da Selva, Unidos do Rio Negro e Barelândia.
A Avenida Eduardo Ribeiro não suportava mais tanto foliões e espectadores, foi quando resolveram mudar o palco do carnaval para a Avenida Djalma Batista, os desfiles ocorrem até o ano de 1990 e, depois para o Sambódromo.
Lembro muito bem, deveria ter uns dez anos de idade; o clube ficava no segundo andar, gostava de brincar na escada de madeira que dava acesso ao salão de danças; curtia também apanhar no chão, os restos de confetes e serpentinas, para jogar novamente nos pequenos foliões, lembro de papai tomando aquela cerveja genuinamente cabocla XPTO e, eu e a molecada no Graphete e Baré Cola.
Lembro também das “Batalhas de Confetes” e dos desfiles dos "Blocos de Sujos", na Avenida Eduardo Ribeiro; gostava de toda aquela movimentação, adorava juntar tampinhas em miniaturas de refrigerantes que eram jogadas pelos brincantes dos blocos.
Na minha adolescência, presenciei os desfiles dos primeiros blocos carnavalescos, que seriam mais tarde as primeiras Escolas de Samba de Manaus, lembro da Unidos da Selva, Unidos do Rio Negro e Barelândia.
A Avenida Eduardo Ribeiro não suportava mais tanto foliões e espectadores, foi quando resolveram mudar o palco do carnaval para a Avenida Djalma Batista, os desfiles ocorrem até o ano de 1990 e, depois para o Sambódromo.
Agora sou um cinquentão; faço parte da diretoria da banda mais irreverante de Manaus "A Banda da Bica", frequento os ensaios da Escola de Samba Aparecida, assisto todos os anos aos desfiles das Escolas no Sambodromo de Manaus, ou seja, o carnaval corre nas minhas veias!
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